domingo, 22 de novembro de 2009

MANIFESTANTES PRÓ-FLÁVIA GALDINO DÃO SINAL, NA CÂMARA, DA ESPETACULARIZAÇÃO QUE PODERÁ ESTAR POR VIR

A grotesca cena desenrola-se na Galeria da Câmara Municipal de Piancó, na manhã do dia sete deste mês de novembro de 2009, véspera do aniversário dos 261 anos de Piancó. Importa muito (especialmente aos que mourejam pelo bem de Piancó) repetir isso enfaticamente: VÉSPERA DO ANIVERSÁRIO DOS 261 ANOS DE PIANCÓ!...

A Galeria está repleta de ocupantes. A maior parte deles não é assídua àquele ambiente parlamentar. Alguns provavelmente ali estão pela primeira vez, e poucos são os que vieram interessados em compenetrar-se da lisura e empenho dos vereadores e vereadoras em prol do bem comum de Piancó.
Muitos, no entanto, agrupadamente, demonstram ter vindo àquele parlamento mirim tão só com um único e exclusivo intento: vaiar, ridicularizar, desconcertar o vereador Antônio de Pádua Pereira Leite (PT), eleito pela Coligação “Piancó cada vez melhor”, da prefeita Flávia Serra Galdino (PP), e, hoje, ironicamente, convertido no maior opositor político dela.

Ostensivo e irreverente, o grupo manifestante pró-Flávia Galdino destaca-se facilmente (dentre as demais pessoas presentes na Galeria da Câmara) pela exteriorização de sua extravagância psicológica, pela impulsiva revelação de sua anarquia interior, pelo ridículo evidenciamento de seu desequilíbrio comportamental, pela cínica demonstração de seu servilismo e bajulação...

A cada enunciação hesitante, reticente ou corretiva do vereador Pádua, irrompe do grupo, uníssonamente, ensurdecedoramente, a vaia histérica e ululante. E, cumulando o absurdo, silvos estridentes de apitos!...
Silvos estridentes de apitos na Galeria da Câmara Municipal de Piancó, num momento em que não vem ao caso tal espécie de manifestação: a mais reveladora e vergonhosa comprovação do descompasso a que chegou nosso Legislativo!... O apitaço do descomedimento, do despropósito, da ridicularização...

Lotada, nas primeiras sessões do início deste ano (muito mais ainda em virtude da expectativa de muitas pessoas em torno da ação parlamentar do vereador Pádua), a Galeria da Câmara acabou por praticamente esvaziar-se, à medida que se foi consolidando a mesmice dos pronunciamentos dos parlamentares daquela Casa.

E a tanto chegou a indiferença da população pelas sessões da Câmara, que o vereador Pádua e seus demais pares da bancada de oposição à prefeita Flávia se viram compelidos a instituir a Campanha Participa, Cidadão, consistente de sorteio de brindes entre os que permanecessem na Galeria até o fim das sessões ordinárias.

Ainda assim, contudo, o público da Galeria não voltou a atingir o número de presentes das primeiras sessões deste ano. A presença premiada não foi atrativo suficiente para fazer o povo voltar a frequentar massiçamente a Galeria da Câmara.

Mas, em sendo assim, por que então a Galeria da Câmara estava abarrotada de gente na manhã daquele dia sete? Algum projeto, por acaso, extremamente relevante para Piancó iria ser debatido pelo Plenário, e, portanto, conviria a participação da coletividade para inteirar-se da importância da matéria em discussão? Ou estariam todos os presentes visando unicamente a concorrer ao brinde da Campanha Participa, Cidadão?
E por que aquele grupo predestinado a chasquear o vereador Pádua? Que grupo especial seria aquele, e quem o teria enviado à Galeria da Câmara para externar anarquia e perturbação?

Dentre essas dúvidas, desponta uma certeza: o grupo era pró-Flávia Galdino. Outra certeza: Flávia tem-se deixado levar pela algazarra de grupos agitadores, que a seguem obsessivamente naquelas situações em que ela precisa demonstrar a preponderância de sua imagem e de seu poder.

Flávia já demonstrou isso plenamente na Câmara, quando, ao defender-se de algo que lá lhe fosse imputado, ou ao tentar influenciar a votação de matérias de seu interesse, trazia manifestantes seus, que transformavam a Galeria num verdadeiro pandemônio.

Na sessão daquele dia sete, uma proposição de autoria do vereador Antônio de Pádua chamava a atenção não só dos membros da Câmara, mas também da população: uma representação com pedido de afastamento do vereador Antônio Leite (PT) da Presidência da Câmara.

Obviamente, a deliberação daquela matéria dependeria tão só da convicção de cada um dos vereadores e vereadoras. E o bom senso mostrava que de nada adiantaria ao público da Galeria da Câmara tentar persuadir os parlamentares pró ou contra o afastamento do vereador Antônio Leite da direção da Mesa Diretora daquela Casa.

E qual, pois, a razão daquele grupo agitador pró-Flávia na Galeria da Câmara? Qual o motivo do frenético apitaço? A resposta foi dada (e muito bem dada) pelo próprio grupo: RIDICULARIZAR O VEREADOR ANTÔNIO DE PÁDUA. Por quê? Por ser ele o autor da aludida representação contra o presidente Antônio Leite.


Logo após aquela sessão (em que o presidente Antônio Leite não foi afastado), sobreveio um conflito de membros da Câmara entre si e com terceiros, conflito que enodoou ainda mais
a negativa imagem de nosso Legislativo, já tão desacreditado por nossa sociedade.

Vergonhosamente para todo o Piancó, tal conflito e o apitaço da Galeria só serviram para confirmar a insensatez dos que os praticaram. Só serviram para corroborar a insistência da bancada situacionista em persistir dissimulando seus deslizes político-parlamentares, sua irredutibilidade em obedecer cegamente à prefeita Flávia Galdino, sem levar em conta que os interesses do Município se sobrepõem aos interesses dos governantes e ao suborno político.

Os motivos que levaram o vereador Pádua a pleitear o afastamento do vereador Antônio Leite da Presidência da Câmara falam por si sós. Toda a população sabe: são pertinentes, procedentes, inquestionáveis, e, por conseguinte, a ardilosa tentativa de camuflá-los só contribui para pô-los ainda mais em evidência, e ainda mais afrontar a inteligência da coletividade piancoense. Afrontar especialmente a lucidez das pessoas determinadas a coibir esse deplorável e sombrio estado de coisas. Esse delito contra Piancó, consequente da inescrupulosidade dos que renitem em admitir que estejam certos no erro da dissimulação, e em não aceitar de forma alguma a crítica dos que lhes pareçam estar errados no acerto da contestação.

Ousar esconder que, em virtude de sua cega e obstinada submissão a Flávia e ao jogo de interesses, não esteja a bancada situacionista a transgredir seu compromisso e responsabilidade de representar com seriedade o povo de Piancó, seria tão extravagante quanto querer negar a evidência da luz.
E ninguém melhor do que o presidente Antônio Leite tem consciência de tudo isso. Consciência que bem pode levá-lo a uma crise de consciência...

É irretorquível que a prefeita Flávia Galdino, tendo a seu mando a direção de nosso Legislativo, vem impondo aos membros de sua bancada o tolhimento da ação parlamentar da bancada oposicionista. E tem sido exatamente o presidente Antônio Leite o eixo dessa imposição de Flávia a seus obedientes subordinados.

Antônio Leite realmente bem pode vir a ter uma crise de consciência, porque ele sabe quanto lhe pode custar (principalmente à sua projeção política e à imagem de sua família) ficar, tal qual uma marionete, sem autonomia alguma, refém de transitórios favorecimentos, meramente à mercê da manipulação de Flávia.
Antônio sabe que essa sua atitude de submissão subverte frontalmente sua identidade de vereador eleito para representar o povo de Piancó e pugnar pelo bem comum do Município, independentemente de qualquer interesse político-partidário.

E bem que Antônio Leite já foi admoestado e aconselhado pelo vereador Pádua (e demais membros da bancada parlamentar oposicionista) a cumprir escrupulosamente seu papel de presidente da Câmara, sem o jugo da prefeita Flávia. Aliás, independentemente de política, todos os integrantes da bancada oposicionista estimam e admiram Antônio Leite, e, verdade seja dita, deprimem-se por ver as potencialidades políticas de Antônio Leite aprisionadas pelo controle e domínio de Flávia.

Mas Antônio persiste fiel e obediente (dizendo melhor, cegamente fiel e obediente) a Flávia. Dizem alguns que é por causa de cargos por ela concedidos a familiares dele; afirmam outros que Antônio tem de fazer o que Flávia quer porque foi graças a ela que ele se elegeu vereador; atribuem outros a obediência irrestrita de Antônio Leite a Flávia em virtude de seu vínculo partidário com ela.

Seja, contudo, como for, importa considerar que, por ser Antônio Leite correligionário de Flávia, não implica ter ele de avassalar-se a ela, seguindo-lhe, a torto e a direito, todas as ordens e caprichos. E, pior: transformando a Câmara num instrumento de malversação de Flávia. Quem tiver o descaramento de negar isso é nojentamente um canalha.

Passou o tempo, em Piancó, em que prefeitos conservadores e entranhados no fisiologismo se valiam (sem contestação por parte de ninguém) de sua maioria de vereadores na Câmara para assenhorearem-se totalmente do Executivo e do Legislativo, como suporte para sua dominação política.

Mas Flávia ainda persiste teimosamente nessa condenável prática política, sustendo-se no fisiologismo e clientelismo de seu governo, e não admitindo contestação a tal procedimento.

Mas os tempos mudaram, como tudo muda nesta vida, e surgiram (embora bem poucos) os que não admitem o conservadorismo e autoritarismo governamental de Flávia, tanto porque ela ainda não dispõe de uma escritura de posse de Piancó, passada em cartório, como patrimônio exclusivo seu.
Ela pode até deter o domínio e a subjugação de traidores de Piancó, mas (subordinada à sua obrigação de prestar contas de seus atos administrativos à população) tem forçosamente (gostando ou não) de suportar a contradição dos defensores da moralidade pública de Piancó...

Não só para tornar mais clara a transparência pública de Flávia e de sua bancada parlamentar, mas também para justificar o ardoroso empenho, naquela supracitada sessão, para manter Antônio Leite na Presidência da Câmara, seria conveniente, a bem da verdade, que Flávia e sua bancada provassem à população o contrário disto que afirmou o vereador Pádua:

“Por que afastar Antônio Leite ?
Muitas pessoas têm me questionado sobre os reais motivos do afastamento do vereador Antônio Leite. (...)
A bem da verdade, o que a Bancada Parlamentar da Oposição está fazendo é não deixar que a Câmara Municipal de Piancó esteja a serviço do Poder Executivo, eis que a prefeita Flávia Galdino insiste em boicotar o regular funcionamento daquela Casa Legislativa, utilizando-se das ações ou omissões do presidente daquela Casa, Antônio Leite, (...)

A Representação, proposta por mim contra o presidente daquela Câmara Municipal, denuncia a prática dos crimes de responsabilidade, improbidade administrativa, prevaricação e conduta incompatível com o decoro parlamentar perpetrados pelo presidente Antônio Leite, entre os quais destacamos:

1) Esvaziamento das Sessões: quando a prefeita Flávia Galdino tinha maioria na Câmara, ela orientava a sua bancada a não comparecer às sessões para votar projetos de lei de interesse da população. O presidente Antônio Leite, que não poderia faltar por ser presidente da Casa e ser obrigado a abrir os trabalhos parlamentares, que completava o quórum para deliberação simplesmente não aparecia. (...)

2) Processo das Contas rejeitadas da prefeita Flávia Galdino/2005: o Tribunal de Contas do Estado rejeitou a prestação de contas da prefeita Flávia Serra Galdino, referente ao ano de 2005. Esgotado o prazo para recurso, o TCE remeteu os 19 volumes do referido processo para a Câmara Municipal de Piancó deliberar sobre a rejeição. A prefeita precisaria de 2/3 dos vereadores para derrubar a decisão do TCE. Não conseguiu. O presidente, Antônio Leite, deveria remeter desde o dia 06 de junho de 2009, o processo ao Ministério Público Estadual para processar judicialmente a prefeita Flávia Galdino pelos desmandos administrativos que deram causa à rejeição de suas contas. Não o fez. Preferiu ele, presidente, arquivar os 19 volumes da prestação de contas.

3) Publicação de Leis Aprovadas pela Câmara: o vereador Pádua Leite (PT) apresentou o Projeto-de-Lei nº 009/2009, que obriga o poder público a convocar os aprovados em concurso público. O referido projeto foi aprovado por 2/3 dos vereadores. Não vetado pela prefeita nem sacionado, o referido projeto-de-lei deveria ser promulgado e publicado pelo presidente da Câmara para se transformar em lei. O que fez o presidente? Simplesmente arquivou o projeto-de-lei.

4) Repasses do Duodécimos: A prefeita de Piancó é obrigada a repassar à Câmara Municipal, todo dia 20 de cada mês, o duodécimo, que representa a importância de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais). Tendo o vereador Antônio Leite, a prefeita não repassa o valor total e quase sempre faz o repasse depois do dia 20, causando transtorno ao funcionamento da Câmara Municipal. O presidente, Antônio Leite, deveria, na condição de representante legal da Câmara Municipal, tomar as providências jurídicas para defender os interesses da Casa. O que ele faz. Simplesmente se omite e deixa a prefeita fazer o que bem quiser.

Vale salientar, que o próprio presidente da Câmara Municipal não esconde a sua subserviência à prefeita Flávia Galdino quando já disse em público que "tocaria fogo na Câmara se a prefeita mandasse.". Agora, está sendo processado criminalmente pelos inúmeros crimes praticados para atender os interesses da administração corrupta da prefeita Flávia Galdino.”

É lamentável, extremamente lamentável, sim, para a política piancoense a submissão de Antônio Leite a Flávia, em detrimento da projeção política dele.

Por que então é lamentável? Porque Antônio Leite dispõe de pelo menos dois requisitos politicamente significativos, que poderão levá-lo a uma posição mais autônoma e autêntica na esfera pública: a expressão verbal fluente e o tino político.

Quem detém esses dois predicados só se subordina politicamente a alguém se quiser. Bem ao revés disso, quem é dotado dessas qualidades impõe-se politicamente como líder, como ícone, como símbolo. Basta querer, e saber conquistar a população. Basta saber arrastar as massas. E qual o instrumento mais eficaz para arrastar as massas? A PALAVRA!...

E aqui cabe uma segunda asseveração: quem tem expressão verbal fluente, tino político e é capaz de arrastar as massas não se subordina politicamente a ninguém... E pode tornar-se um líder, um ícone, um símbolo político... Piancó tem um exemplo imortal disso: PADRE ARISTIDES FERREIRA DA CRUZ!... Foi exatamente pela sua expressão verbal fluente, tino político e capacidade de arrastar as massas que ele derrubou uma oligarquia praticamente imbatível, e tornou-se um líder, um ícone, um símbolo político em Piancó...

Tino político e submissão política de Antônio Leite. Qual dos dois lhe será mais promissor e a Piancó? O futuro há de dizer.

Recrudescerão, na Câmara, ou em outros lugares, apitaços e tumultos como aqueles do dia sete deste mês? A quem estiver convicto da degeneração política de Piancó talvez não seja preciso o futuro dizer...

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

PRECONCEITO E PERSEGUIÇÃO NO GOVERNO DE FLÁVIA: DUPLA DE DESGASTE DO RESGATE POLÍTICO DE GIL

Além da sistemática e inflexível PERSEGUIÇÃO POLÍTICA, entre outros procedimentos que, no assimétrico governo de Flávia Galdino, subvertem a equidade, um sobressai talvez como o mais detestável de todos, e bem patenteia o lado arrogante, discriminatório e repressor desse governo: o PRECONCEITO.

Sobressai talvez como o pior de todos, porque o PRECONCEITO menospreza, deprecia, desabona, humilha, e, conseguintemente, torna-se danoso e deprimente para o espírito. Às vezes até irremediavelmente. Pode provocar aversão e ressentimentos permanentes. Pode deixar na subjetividade profundas marcas para sempre.

Aos aliados de Flávia e a ela própria poderá, porventura, até causar perplexidade tal afirmação, mas – à luz do bom senso e da razão – indignação certamente é que não lhes há de causar, porque é a verdade, a meridiana verdade, a cuja soberania e ao julgamento da opinião pública, tanto eles quanto Flávia, de bom grado ou não, têm de submeter-se. É a verdade, sim: há PRECONCEITO no governo de Flávia...

Impositivamente, por subserviência ou fanatismo, têm alguns comandados de Flávia tomado (se bem que alguns deles a contragosto) o PRECONCEITO como arma de aniquilação da imagem dos opositores dela. Opositores que, no entanto, com fundamentadas razões e direito de causa, censuram e criticam falhas de ordem política e administrativa de Flávia e de vários dos que lhe seguem as determinações.

Como se já não bastasse a PERSEGUIÇÃO POLÍTICA, que a Gil Galdino tantos problemas tem rendido, ante o eleitorado dele, vêm, ainda por cima, contrariar Gil consequências do PRECONCEITO na administração de Flávia. PRECONCEITO que se confunde com indiferença, com incompreensão, com rancor, com retaliação, e até com ingratidão...

Implícito, sorrateiro, velado, em certos casos; explícito, manifesto, escancarado, em outros; tem o PRECONCEITO no governo de Flávia deixado, no íntimo dos que dele são vítimas, estigmas penetrantes, talvez não menos lancinantes que os deixados pelos açoites do carrasco no lombo do escravo...

Mas ainda bem que os espíritos altivos de Piancó são imunes a esse abominável PRECONCEITO, e não declinam de opor-se a ele com as armas mais eficazes para combatê-lo: a DIGNIDADE e a RESISTÊNCIA...

A esta altura, estas considerações bem já suscitam a indagação sobre a que propósito vem estar eu aqui a enfocar o PRECONCEITO no governo de Flávia.

Pois bem que tenho eu indiscutíveis motivos e razões para aludir ao PRECONCEITO no governo de Flávia. E, ao demais, por vir esse procedimento ocorrendo no contexto político-administrativo, torna-se ele objeto de julgamento público.

De tal PRECONCEITO fui eu vítima tanto por parte de Flávia quanto de súditos seus (ou melhor, fui alvo, porque meu brio e altivez me colocam entre os que não se curvam jamais a tão sórdida atitude).

E por que esse PRECONCEITO? Porque simplesmente usei de minha prerrogativa cidadã de questionar senões administrativos de Flávia e de alguns de seus seguidores. E como se manifestou esse PRECONCEITO? E quantos mais foram atingidos por ele? Ver-se-á isso oportunamente.

Quanto à PERSEGUIÇÃO POLÍTICA no governo de Flávia, um exemplo de acentuada repercussão em Piancó confirma muito bem a extensão da insensatez dessa atitude: A RETALIAÇÃO DE FLÁVIA CONTRA O EX-VEREADOR SÉRGIO LACERDA, indubitavelmente um dos mais fiéis e sinceros aliados de Gil Galdino... Piancó inteiro sabe (e Flávia muito mais ainda) que Sérgio não merecia tamanha INGRATIDÃO...

Por enquanto, essas alusões ao PRECONCEITO e à PERSEGUIÇÃO POLÍTICA no governo de Flávia se restringem apenas aos reflexos que eles podem ter nas ações de Gil Galdino num dos dois caminhos que a população supõe haver ele de seguir: ou permanecer politicamente com Flávia, ou apoiar André Galdino, sobrinho dele.

Em qualquer uma dessas hipóteses, o PRECONCEITO e a PERSEGUIÇÃO POLÍTICA no governo de Flávia trarão a Gil consequências preocupantes e talvez desastrosas...

Se apoiar Flávia, que dirá Gil às vítimas e aos alvos do PRECONCEITO no governo dela?... Se apoiar André, que também lhes dirá Gil?...

Isso porque já corre por aí afora que, se Gil apoiar André e ele eleger-se prefeito de Piancó, Flávia (nada mais nada menos do que filha de Gil) passará a ter forte ingerência na gestão André Galdino, notadamente na área da saúde (afinal, ela trouxe o SAMU...), e – triste dedução – o PRECONCEITO e a PERSEGUIÇÃO poderão recrudescer...

Não há talvez (muito menos ainda na esfera política) quem já tenha ousado responder por que Flávia se tem comportado assim tão estranhamente e tão à vontade na sua compulsiva intolerância com seja lá quem for que a contrarie ou se lhe oponha, até – incrível! – com seus próprios aliados mais íntimos, mais diletos, mais queridos...

Entretanto, quanto a isso, certas perguntas bem podem suscitar respostas certas... Principalmente por parte dos que têm consciência de que Flávia, como gestora pública – gostando ou não, retaliando ou não – tem de curvar-se ao crivo popular. Ela não está acima do povo. Ela não tem poder nenhum de calar o povo. Ela não pode ir contra o povo...

Por que o PRECONCEITO e a PERSEGUIÇÃO no governo de Flávia, o qual, nesse aspecto, já se converte em um dos piores da história de Piancó?

Por que Flávia não suporta nem tolera ser contrariada ou criticada política e administrativamente, por razões públicas e notórias, das quais não pode ela eximir-se?

Por que Flávia, ao ser contrariada, mesmo pelos aliados mais diletos, seus ou de Gil (como é o espantoso caso de Sérgio Lacerda), pune-os implacavelmente, rancorosamente, com espantosa prontidão, sem nem sequer ponderar a gratidão e o respeito que lhes deveria ter?

Por que essa obsessiva e rancorosa compulsão de Flávia pela retaliação, pela PERSEGUIÇÃO POLÍTICA, pela perpetração do PRECONCEITO?

Enfim, por que tudo isso? Simplesmente porque os que são vítimas disso (e se calam) são covardes... Deixam a estrada totalmente livre para Flávia transitar nela a seu bel-prazer, sem haver quem lhe ponha placas de sinalização nem redutores de velocidade...

Flávia sabe que sua liberdade de ação político-administrativa em Piancó é plena... Ela faz o que bem quer... Já provou isso... Aqui não lhe importa o "Libertas quae sera tamen" dos inconfidentes...

As críticas dos opositores não passam para Flávia de ridícula ostentação... E o mais irônico de tudo isso é que foi exatamente Flávia a responsável pela indução desse conceito na cabeça de muita gente em Piancó. É que várias pessoas, por verem a oposição debatendo-se para se fazer ouvir, passaram a dizer (inerentemente às ações dos oposicionistas de Flávia) que nossa Câmara Municipal virou um circo.

Flávia simplesmente impôs à sua bancada boicotar o mais possível as ações parlamentares da bancada oposicionista, e o resultado (para não ir mais longe) foi a oposição valer-se da inusitada “Campanha Participa, Cidadão”, que consiste no sorteio de brindes entre os que permanecerem na galeria da Câmara até o final das sessões ordinárias.

Flávia conhece, por experiência própria e por intuição, a subserviência e o grau de mediocridade e covardia dessas submissas criaturas. Conhece o preço delas (viu isso muito bem nas campanhas para sua eleição e reeleição). Sabe quando e como comprá-las, e a um valor bem insignificante, porque sabe que elas valem muito pouco. Flávia sabe que elas não têm compromisso coletivo algum com Piancó. Recebam elas algum favorecimento, e Piancó pode sucumbir.

Flávia sabe que muitos de seus adversários, que permanecem calados diante de tantos desatinos político-administrativos que ela comete, assim procedem porque vislumbram uma possibilidade de serem chamados por ela... Flávia sabe que muitos dos que alardeiam lutar por Piancó, na estrita verdade, lutam apenas por manobras e favorecimentos políticos. Deem-se-lhes cargos, posição de relevo, status, enfim, espaço no fisiologismo, e eles terão mil e um argumentos para justificar sua adesão a Flávia...

Flávia (inteligente como é) evidentemente conhece a venalidade política e a cobiça dos que não têm compromisso algum com a coletividade de Piancó, e sabe que uma das características da covardia deles é o silêncio...

Calam-se uns, por terem o estereotipado “problema de barriga” (destituídos que são da “solução de dignidade” de se contentarem com um bocado seco e, com ele, a honra, a vergonha, o caráter); calam-se outros, pelo nojento servilismo político, que os converte em verdadeiros capachos, superlativamente subservientes e bajuladores; calam-se vários, enfim, pelo imoral fisiologismo, que os privilegia e favorece como se fossem eles os únicos responsáveis pela elegibilidade de seus protetores, ou melhor, de seus sócios no repasto do dinheiro público... Silêncio dos malditos!... Vil omissão dos traidores de Piancó!...

No tocante a estas considerações sobre PRECONCEITO e PERSEGUIÇÃO no governo de Flávia, convém, e muito, ver alguns pontos da matéria “Piancó vive um dos piores momentos administrativos”, da edição de nº 158, de 7 a 27/10/2009, do jornal A Folha do Vale:

“Uma gestão que começou com pompas e paetês, mas chega ao seu quinto ano mal falada e desacreditada. Mulher de verbo manso e convincente diante de um microfone, embora nos bastidores do poder carregue a fama de rancorosa e intolerante, conforme alguns dos seus ex-aliados, a prefeita Flávia Galdino (PP), quando iniciou seu governo, parecia, inevitavelmente, destinada ao estrelato político regional, mas o brilho de algumas boas ações suas foi aos poucos sendo ofuscado por outras tantas desastrosas.
[...]
“A prefeita teve as contas de 2005, primeiro ano de sua gestão, reprovadas pelo Tribunal de Contas e não deliberadas pela Câmara Municipal, o que torna Flávia inelegível, e responde a vários processos por improbidade administrativa, além da Ação Cível Pública contra o Município por irregularidades na realização de um segundo concurso público e o não chamamento de grande parte dos aprovados no primeiro certame [...] ausência da prefeita e, muitas vezes, o que é pior, sua incomunicabilidade até com os próprios aliados. “Eu não tenho dúvida de que essa é uma das piores gestões do Município, porque os prefeitos anteriores também atravessaram crises, mas viviam aqui, junto com o povo, recebendo as pessoas e as entidades, mas a prefeita vive fora e, quando chega em Piancó, ela se esconde, e seu contato é apenas com um grupinho muito pequeno de pessoas”, lamenta o vereador Sousinha.
[...]
“As ingerências administrativas internas e a dificuldade da prefeita em ouvir e atender a alguns de seus aliados têm levado Flávia a perder companheiros históricos e importantes, a exemplo do ex-vereador Joca Brasilino, do vereador Sousinha, do empresário André Galdino, fundamental na eleição e reeleição da Doutora; e da vereadora Cotil, que, na sessão da Câmara do último sábado, anunciou seu rompimento com a prefeita, depois de décadas integrada ao grupo Galdino. Sem contar os insatisfeitos, entre os quais o próprio pai de Flávia, o ex-prefeito Gil Galdino, que não esconde sua insatisfação com os rumos atuais da administração municipal.
[...]
“Além dos inúmeros problemas administrativos já existentes, entre os quais denúncias de irregularidades em todos os setores, contas rejeitadas, concurso público anulado, atraso de salário, demissão de prestadores de serviço, inclusive garis, abandono da zona rural e nenhuma obra com recursos próprios [...] suspensão de alguns serviços básicos do Município, entre os quais o transporte de estudantes universitários para Patos, a Cozinha Comunitária, o Centro de Inclusão Produtiva, o Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas), o Centro de Convivência com o Idoso e as repartições terapêuticas e psiquiátricas.”

Sei (estou entre os que melhor sabem) que os favorecidos do fisiologismo do governo de Flávia encolerizam-se, ao lerem este texto, e são cinicamente capazes de assegurar que tudo o que aqui ficou explanado é falso. Espero, contudo, que também não o faça Flávia, a não ser que abdique do veredicto de sua consciência...

Gil, por sua vez, contrariadamente sabe quanto tudo isso que aqui ficou dito lhe custará para o resgate de sua proeminência política em Piancó, prejudicada pelo PRECONCEITO e PERSEGUIÇÃO no governo de Flávia...

Quanto a mim, eu não sabia que todo o meu empenho de lutar em Piancó contra a injustiça social, a opressão e exploração dos pobres, a desagregação familiar, a perseguição política, a improbidade pública, a corrupção, o fisiologismo, o cerceamento da liberdade de expressão, o preconceito elitista, iria levar-me a alvo do PRECONCEITO e da PERSEGUIÇÃO no governo de Flávia!...
Eu não sabia que esse governo pagava tão bem aos que lutam irredutivelmente pela liberdade de Piancó!...

sábado, 10 de outubro de 2009

GIL EM DESENCANTO POLÍTICO COM FLÁVIA: A BRISA TOLHIDA PELA TEMPESTADE

Tem ficado, por vezes, estranhamente provado que nem sempre se justifica o aforismo Tal pai, tal filho. Principalmente em política. E muito mais ainda em Piancó.

Sim, em Piancó, porque aqui, onde tantos absurdos políticos acontecem, já não causa espanto ocorrer também o politicamente incrível.

E ocorreu! Ocorreu justamente com uma personalidade que, melhor do que ninguém, bem podia prever os potenciais absurdos políticos de Piancó, menos, porém, os que, incrivelmente, viriam a acontecer consigo mesmo: GIL GALDINO.

Jamais chegaria GIL a pensar que haveria de receber a maior contrariedade política de sua vida pública exatamente por aquela a quem, como sua filha e sucessora, ele lhe transferira a preservação e continuação de seu patrimônio político: FLÁVIA GALDINO.

Inacreditável, mas pura verdade: Foi justamente FLÁVIA a responsável pela maior contrariedade política da vida pública de GIL!... E 2008 foi para GIL o pior ano de sua carreira política. O ano em que lhe advieram contrariedades e desgostos de tal sorte que ele se sentiu como que anulado em seu protagonismo político em Piancó.

Sinal dos tempos!... O fatídico "FILHO CONTRA PAI" da Profecia!...


Esconder isso seria como querer tapar o Sol com uma peneira. Piancó todo o sabe. E as pessoas de bem de Piancó já não toleram subterfúgios, artimanhas, logro em esconder o óbvio, o evidente. Passou o tempo de tolerar a mentira capciosa aqui. Só os covardes devem prevalecer nela, porque não são dignos da luz da verdade. Seu lugar certo é exatamente nas trevas da falsidade, da fraude, da impostura, da conspiração contra Piancó.

Indiscutível: FLÁVIA tanto transtornou politicamente GIL como frustrou muitos seguidores de GIL que nela votaram. Que seguidores? Os que confiaram na asseguração de GIL de que FLÁVIA corresponderia às expectativas dos que, por intermédio dela, esperavam uma nova perspectiva na política de Piancó.

Quem se atreve a questionar isso? Quem ousa dizer que FLÁVIA não descumpriu compromissos de campanha endossados por GIL, restando a este a vergonha e a decepção de sua palavra de honra haver sido maculada? Quem é suficientemente cínico para assegurar que FLÁVIA, ao cometer certas atitudes incompatíveis com a linearidade política de GIL, não tenha maculado o prestígio público dele? Principalmente ante amigos e correligionários a quem ele, na campanha eleitoral de FLÁVIA, empenhou a sinceridade político-administrativa dela?

Por enquanto, apenas dois pontos bastam para confirmar que FLÁVIA, inquestionavelmente, cometeu censuráveis atitudes incompatíveis com a compostura política de GIL: SUA FALTA DE DIÁLOGO COM A POPULAÇÃO E SEU PENDOR PARA A PERSEGUIÇÃO POLÍTICA.

À assiduidade de GIL na Prefeitura contrapõe-se a constante ausência de FLÁVIA àquela casa. Na gestão de GIL, onde era mais fácil encontrá-lo? Na Prefeitura. Na gestão de FLÁVIA, onde é mais difícil encontrá-la? Na Prefeitura.

Na Prefeitura sempre estava GIL, em permanente intimidade com a população. Sabia-lhe as necessidades, os problemas, as angústias... Ouvia-lhe as queixas, as reclamações, as críticas, os desabafos... e também os elogios, as manifestações de amizade...

GIL simplesmente convivia com o povo. Não só era prefeito, senão também confidente, conselheiro, íntimo... Ouvia o clamor dos necessitados, inteirava-se da sorte deles, e, contrariado, sentia as limitações de não poder ajudá-los suficientemente. Era, às vezes, incompreendido por isso. Muitos protestavam contra sua franqueza, mas protestavam cara a cara com ele, no local onde todos sabiam que poderiam encontrá-lo: na Prefeitura.

Havia um elo presencial entre GIL e a população. Um via o outro, um dizia ao outro, um ouvia o outro, um sentia o outro... E esse ver, e esse dizer, e esse ouvir, e esse sentir tinham seus efeitos socialmente coesivos: estabeleciam entre GIL e o povo estreitos laços de aproximação, de convivência, de apego emocional, tão típicos da gente sertaneja... Ali estava GIL na Prefeitura, no sim e no não para o povo...

Diametralmente oposta a GIL, adotou FLÁVIA o incongruente princípio administrativo de que não lhe adiantava estar na Prefeitura a dizer não aos que a procurassem com problemas que ela não lhes pudesse resolver.

Fundamentada nisso, por certo não ocorreu a FLÁVIA ver que, por outro lado, bem convinha que ela se fizesse presente na Prefeitura para atender ao povo nos assuntos que ela pudesse resolver. E também para dizer não (como acontecia a GIL) quanto aos assuntos que ela não pudesse resolver.

Mas a índole irrequieta de FLÁVIA não se submete a tal procedimento administrativo. Quem a conhece (como todos nós de Piancó) sabe que ela jamais suportaria ficar (à semelhança de GIL) das oito da manhã à uma da tarde, diariamente, em seu gabinete executivo, a atender, em fila, a pessoas de todos os recantos do Município. Nem toleraria (como o fazia GIL) ser interpelada, em qualquer lugar da cidade, por quem desejasse comunicar-se (por quaisquer razões) pessoalmente com ela.

No entender de FLÁVIA e dos que, política e administrativamente, a orientam (ou melhor, a “desorientam”), ao invés de estar na Prefeitura, sem poder resolver todos os problemas dos que a procuram, é melhor ela estar em Campina Grande, em João Pessoa, em Brasília... em busca de benefícios para Piancó...

Se ela tivesse permanecido em Piancó (dizem os que “desorientam” FLÁVIA), não teria conseguido a FARMÁCIA POPULAR, o CREAS, os CAPS, O SAMU, e por aí vai...

FLÁVIA (dizem, veementemente, seus “desorientadores”) trabalhou mais, fez mais do que EDVALDO, do que GIL, do que qualquer outro prefeito de Piancó...

O jeito de administrar, de fazer política de GIL está ultrapassado. Os tempos agora são outros (dizem, categoricamente, os “desorientadores” de FLÁVIA).

E bem que FLÁVIA, como todos nós bem o sabemos, tem demonstrado acreditar nas “desorientações” de seus “desorientadores”...
A bem da ponderação, se admiração causam as irrefletidas afirmações dos “desorientadores” de FLÁVIA, muito mais admiração causa seguir FLÁVIA as “desorientações” de seus “desorientadores”!...

Não sabemos se a FLÁVIA e a seus “desorientadores” é dado saber que, quanto ao criticar-lhe falhas a população, não deve FLÁVIA (nem seus “desorientadores”) valer-se de argumentos sem nexo lógico algum com as razões das críticas da população a falhas polítco-administrativas de FLÁVIA.

Não é muito difícil contra-argumentar os argumentos dos “desorientadores” de FLÁVIA. Vejamos isso socraticamente:

O fato de haver FLÁVIA conseguido a FARMÁCIA POPULAR, o CREAS, os CAPS, o SAMU, e tudo mais, isenta-a dos desatinos político-administrativos de sua gestão municipal?

Haver FLÁVIA trabalhado mais, feito mais do que EDVALDO, do que GIL, do que qualquer outro prefeito de Piancó, dá-lhe legitimidade para praticar incoerências administrativas?

Não aceitar FLÁVIA seguir a linha política de GIL, por estar ultrapassada, por serem agora outros os tempos, outorga-lhe o direito de faltar (sem justificação satisfatória) aos compromissos assumidos com tantos que nela votaram, à conta da garantia da palavra de GIL de que ela não os decepcionaria?

É irrefutável: NÃO!... NÃO!... NÃO!...

Mas, a essa altura, poderão perguntar os “desorientadores” de FLÁVIA:

E estaria, por acaso, FLÁVIA obrigada a seguir a linha política de GIL?

E vem a resposta:

Não está FLÁVIA obrigada a seguir a linha política de GIL, mas ela está moralmente (ressalte-se: moralmente) obrigada a cumprir (ou a justificar a impossibilidade) os compromissos assumidos em sua campanha eleitoral, com o endosso de GIL de que ela, dentre outras coisas, se identificaria com a população.

Mas, quanto a isso, como procedeu FLÁVIA? Simplesmente se afastou da Prefeitura, e cometeu e permitiu perseguições políticas aos que a contrariaram. Muitos daqueles a quem GIL assegurou a interação com FLÁVIA jamais chegaram a encontrar-se com ela, e outros deles foram punidos por irem de encontro a ela.

Ousarão os “desorientadores” de FLÁVIA dizer que ela se faz presente à população na Prefeitura e não tem procedido a nenhuma perseguição política? Especialmente o ELEITORADO DE GIL sabe a resposta.

Não sabemos se FLÁVIA e seus “desorientadores” sabem a quem mais deve ela a vitória em ambas suas eleições. Também não sabemos se FLÁVIA e seus “desorientadores” sabem que ela, agora como cabo eleitoral, vai ter de mostrar, por exemplo, a CÁSSIO CUNHA LIMA, em 2010, se será possível dar-lhe uma votação expressiva, semelhante à que teve ela em sua reeleição... bem como vai ter de fazer o mesmo com seu pretenso sucessor, em 2012...

Perplexo e comovido, ouvi eu próprio dos lábios trêmulos de GIL, embargados pela contrariedade, a expressão de seu desapontamento e desgosto pelos desvarios político-administrativos de FLÁVIA, em detrimento da idoneidade política dele.

Colérico, com o semblante carregado de tensão, GIL como que parecia demonstrar a necessidade de buscar quem lhe ouvisse o extravasamento de seu transtorno pelo que lhe causara FLÁVIA.

E, incisivamente, tomando a si a iniciativa da conversação, externou-me GIL seu descontentamento e decepção pelo que lhe fizera a filha que o sucedera no labor político dele.

Entre as contrariedades que lhe causara FLÁVIA, salientou GIL, possessamente, a ingerência de pessoas, a seu ver inescrupulosas, na gestão pública dela, e fomentadoras de danosas perseguições políticas, deveras prejudiciais ao eleitorado dele.

Muito me condoeu ouvir de GIL a afirmação de haver-lhe sido 2008 o pior ano de sua vida... Convém calar aqui as razões disso... É martirizante renovar a dor!... Também me tocou profundamente o espírito confessar-me GIL sua luta pela vida, os sacrifícios enfrentados em prol da família, as dificuldades, as provações, as privações até, que, contudo, lhe haviam fortalecido a têmpera da personalidade... E, em epílogo a tudo isso, a desilusão política que FLÁVIA lhe causara!...

Que rumo político tomará GIL, ainda não se sabe. Talvez nem ele mesmo o saiba...

Quem ele apoiará? Continuará eleitoralmente apoiando FLÁVIA? Se assim o fizer, como chegarão ele e ela aos eleitores que com ela se decepcionaram? Se politicamente com FLÁVIA ficar, que fará GIL para conviver com os “desorientadores” dela? Como, diante da população, os defenderá GIL dos inúmeros absurdos por eles cometidos?...

Inquietantes perguntas, que desencadeiam muitas outras capazes de levar muita gente de Piancó, principalmente os "desorientadores" de FLÁVIA, a sérias reflexões de ordem política e outras mais...

Mas uma coisa é certa, quem conhece Piancó sabe: GIL, por si só, apesar dos desgastes que o turbilhão da política de FLÁVIA lhe causou, ainda detém seguidores seus capazes de decidir uma eleição para prefeito em Piancó...

Mas essa capacidade de decisão está condicionada a uma dúvida, naturalmente cruel para muitos, particularmente para os "desorientadores" de FLÁVIA: QUEM GIL APOIARÁ?...

domingo, 20 de setembro de 2009

GOVERNO FLÁVIA GALDINO: EM SINCRONIA COM O SERVILISMO POLÍTICO, EM DESCOMPASSO COM A NOVA GESTÃO PÚBLICA DO INÍCIO DO SÉCULO XXI

Talvez somente Cristo, em todo o seu poder transformador, seja capaz de abrir mentes retrógradas e tacanhas de Piancó para a percepção da racionalidade. Só mesmo Cristo talvez é que possa converter a covardia e o cinismo de Piancó em honradez e dignidade. Por mais que alguém aqui tente mostrar caminhos de libertação aos que se aprisionaram na manipulação política, indolentemente eles insistem em permanecer reféns desse vil instrumento de submissão.
Em muitos casos, a mesquinhez espiritual dessas medíocres criaturas de Piancó é tanta, que chega a inspirar compaixão, piedade, dó. Elas não avançam interiormente. Estão espiritualmente estagnadas. Não aceitam a mudança. Temem o novo. São conservadoramente inflexíveis. Não evoluem, não se transformam, não melhoram... Perderam a noção (sé é que já a tiveram um dia) dos valores íntimos, da idoneidade, da responsabilidade social...

Na maior parte, são exatamente essas estranhas criaturas as responsáveis diretas pela falência da seriedade política e pelo atraso crônico no desenvolvimento de Piancó. Não são capazes de indignar-se contra a injustiça, não contestam as imposições dos poderosos, não se insurgem contra a opressão, não revolucionam... Servilmente, acomodam-se, aviltam-se degradam-se... Centram-se, estupidamente, em si mesmas, e não vão além de seus interesses pessoais. Vendem-se, e a tão baixo preço que só confirma seu desprezível valor. Consigam elas seus intentos em benefício próprio, e podem incendiar Piancó... Não lhes importa o coletivo, só o individual... São egoístas, na melhor acepção do termo; irresponsáveis sociais descomprometidas com a coletividade piancoense; em suma, a personificação perfeita da covardia, do cinismo, da abjeção...
Oh, quanta tragédia moral e social em Piancó!... Oh, quanta insanidade de espírito!... quanta obscuridade intelectual!...

É justamente nesse pérfido ambiente, tão fértil e fecundo de venalidade política, de torpes baixezas de traição, de descompromisso com o município de Piancó, que se desenrola a impulsiva e polêmica administração da prefeita Flávia Galdino.

E Flávia sabe muito bem de que são capazes essas venais criaturas de Piancó... sem visão crítica, facilmente manipuláveis... E Flávia sabe muito bem o que politicamente e administrativamente pode fazer com elas... E os que de Flávia se acercam e lhe seguem as ordens e imposições também o sabem... Não é preciso ir muito longe para comprovar tudo isso, basta recorrer a fatos de nosso cotidiano. Pobres criaturas, sem referencial algum para o amanhã na História de Piancó, senão o de envergonharem a posteridade com a nódoa da covardia e da omissão em detrimento dessa desprotegida terra, tão maculada pelos que a desonram!...

Cinismo pleno, covardia extrema, mentira máxima seria alguém ousar dizer que a prefeita Flávia Galdino não demonstra impulsividade política em sua gestão pública, e não se vale da venalidade de muitos de Piancó (e de outros lugares) para assim proceder.

Por mais que se lhe reconheçam os méritos de outra ordem em sua conduta pessoal, não se lhe podem, entretanto, calar as falácias de seu governo de Piancó.
Nele comete Flávia erros administrativos, erros políticos, erros comportamentais.

Mas o mais lamentável de tudo isso é que à população piancoense Flávia não tem dado satisfação alguma sobre seus erros político-administativos. Procede ela talvez assim como se entendesse que tudo em seu governo está indo maravilhosamente bem, que a ordem das coisas em seu procedimento político-administrativo deve prosseguir como está.
Peca Flávia, por irreflexão, se assim entender; peca Flávia, por omissão, se entender o contrário disso e insistir em não se corrigir dessa falha.

A nós, eleitores de Piancó, conscientes e convictos do exercício de nossa cidadania e de nossa soberania popular sobre os que nos representam no Poder Público; a nós, que, legitimamente, pugnamos em prol da moralidade pública e da libertação de Piancó do jugo opressor de quem quer que nos tente suprimir os direitos constitucionais, cabe (por serem de domínio público) expor pontos falhos da ação polítco-administativa da prefeita Flávia Galdino, os quais merecem esclarecimentos tanto por ela quanto pelos que – a seu mando – para tanto concorrem.

O consciente coletivo da sociedade piancoense exige (e como exige!) que, antes de dirigir-se a nós, eleitores, no ano vindouro, pedindo-nos votos em prol dos candidatos que irá apoiar, e cobrindo-nos de promessas, explique-se a prefeita Flávia à população, dentre outros, de pontos como, por exemplo,
sua indiferença e indisposição para a discussão e o debate com a oposição e com a sociedade sobre os problemas cruciais do Município.

Cabem aqui umas pertinentes perguntas: Que tem que ver, por acaso, a coletividade piancoense com dissensões político-partidárias entre o bloco de Flávia Galdino e o bloco de Edvaldo? Entre Flávia e o vereador Antônio de Pádua? Entre Flávia e seja lá quem for? A resposta é óbvia: nada. E que tem que ver a sociedade piancoense com caprichos pessoais de Flávia ou de qualquer político de Piancó? Obviamente nada. Absolutamente nada.

Afinal, para que foram eleitas Flávia, sua bancada e a bancada da oposição na Câmara Municipal? Óbvia também aqui é a resposta:
para defenderem os interesses da coletividade, para trabalharem conjuntamente pelo bem comum de Piancó.

Mas não é o que vem ocorrendo em nosso contexto governamental. O melhor indicador desse fato é o que se vem verificando na Câmara Municipal.
Quem se atreve a responder se lá estão debatendo, em comunhão, assuntos de real interesse do Município?

Seja o bloco situacionista ou o bloco oposicionista que esteja a apresentar projetos relevantes para Piancó, estão os dois blocos a discuti-los conjuntamente, buscando soluções adequadas para os problemas? Mais outra resposta óbvia: não!... E por que não? Porque Flávia não permite!... Flávia não permite que sua bancada discuta harmoniosamente com a bancada da oposição projetos de interesse da população pela oposição apresentados. E o mais incoerente, e o mais grave, e o pior:
Flávia não permite que a bancada da situação aprove muitos desses projetos!...

E como provar esse absurdo, esse flagrante desrespeito aos interesses da população, essa cabal demonstração de manipulação político-partidária em prejuízo da sociedade? É facílimo provar: basta que quem o desejar acesse o site Pádua Leite.com, do vereador Antônio de Pádua Leite, do PT. Aí se verá sobejamente tudo o que corrobora a comprovação da Indiferença e indisposição de Flávia para a discussão e o debate com a oposição e com a sociedade sobre os problemas cruciais do Município.

A propósito disso, naquele site se podem ver coisas como esta (suprimiram-se as fotos):

“29/08/2009 14:04

Vergonha...

Apenas Cristina Costa, Diretora do Hospital Wenceslau Lopes, compareceu à Audiência Pública

Ouvidor-Geral do SUS, Dr. Adalberto Fulgêncio, fez visitas às unidades de saúde. Na foto, visitando SAMU.

No mês de abril/2009, a Câmara Municipal de Piancó aprovou, à unanimidade dos votos, o Requerimento nº 22/2009, que designa "Audiência Pública para discutir, avaliar, sugerir e requer providências sobre a questão da inoperosidade no atendimento ao público do Hospital Wenceslau Lopes e demais unidades de Saúde (Hospital Dia, Centro Hospitalar de Piancó, SAMU 192 e PSFs) situadas no Município e transporte de pacientes para outras localidades"

Dentre as autoridades convidadas para o evento o Ouvidor-Geral do Sistema Único de Saúde (SUS), Dr. Adalberto Fulgêncio dos Santos Júnior, Secretário da Saúde do Estado da Paraíba, Dr. José Maria de França, prefeita de Piancó, Flávia Galdino, Gerente do 7º Núcleo de Saúde, Dr. Willamson Teotônio, Secretário Municipal da Saúde, Dr. Nelson Calvazara, Diretora do Hospital Wenceslau Lopes, Dra. Cristina Costa, Diretora do Hospital Dia, Dra. Iraponira de Souza, Diretor Geral do Centro Hospitalar de Piancó, Dr. Willame Teotônio dos Santos, Coordenador-Geral do SAMU 192, Dr. Ismael Pimentel, Coordenador Médico do SAMU 192, Dr. Ricardo Vinícius Andrade de Souza, além de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, agentes municipais de saúde, etc.

O presidente da Câmara Municipal de Piancó, Antônio Leite, remeteu convite a todos os convidados, mas, no entanto, apenas compareceram à Sessão o Ouvidor-Geral do SUS, Dr. Adalberto Fulgêncio dos Santos Júnior, a Diretora do Hospital Wenceslau Lopes, Dra. Cristina Costa, acompanhada de Glória de Lourdes Montenegro e Dr. Firmino Caldas, e uma agente comunitária de saúde, além dos vereadores Pádua Leite, Waguinho, Souzinha e Dr. Rato

Seguindo orientação da prefeita Flávia Serra Galdino, nenhuma autoridade local da saúde compareceu à Audiência Pública, vez que requerida pelo vereador Pádua Leite.

A ausência de autoridades locais ao evento público foi tratada pelos vereadores como uma ofensa ao Governo Federal, eis que o Ouvidor Geral do SUS, Dr. Adalberto Fulgêncio, estava em uma missão de governo.

Para não perder a viagem, os vereadores da oposição propuseram ao Ouvidor-Geral do SUS que se fizessem visitas às unidades de Saúde do município, o que foi, de logo, atendido.

O Ouvidor-Geral, em companhia dos vereadores de oposição e de Dr. Firmino Caldas, Eronildo Serafim e Nego Câo, fez visitas ao Hospital Wenceslau Lopes, Hospital Dia (que estava fechado), ao SAMU, ao CEO (Centro de Especialidades Odontológicas) e ao Consórcio Municipal de Saúde.

O vereador Pádua Leite, indignado com a atitude da prefeita, que optou em ofender o Governo Lula em não receber o Ouvidor-Geral do SUS, e, ainda, esvaziar a Audiência Pública, propôs ao Ouvidor que voltasse a Piancó novamente, agora, para discutir com a própria população piancoense, onde permitirá aos piancoenses denunciar a ausência de médicos em plantões, PSFs, mortes ocorridas por falta de atendimento médico, etc.

O Ouvidor-Geral se comprometeu a marcar nova data de audiência.

Postada por Rodolfo Henrique”

Antes de tudo, por questão de etiqueta governamental, por seu significativo papel na Saúde de Piancó, e, em se tratando do Ouvidor-Geral do SUS, não deveria Flávia haver comparecido à audiência pública pretendida pelo vereador Pádua e demais integrantes da bancada da oposição? Ou, na impossibilidade de seu comparecimento, não deveria Flávia ter enviado um representante seu, a exemplo do secretário municipal de Saúde, e, ademais, haver incentivado as autoridades de saúde locais a participar da audiência pública, como ensejo de
mostrar a lisura da gestão da Saúde de Piancó?

Afinal, a audiência pública requerida por Pádua visava a
“discutir, avaliar, sugerir e requer providências sobre a questão da inoperosidade no atendimento ao público do Hospital Wenceslau Lopes e demais unidades de Saúde (Hospital Dia, Centro Hospitalar de Piancó, SAMU 192 e PSFs) situadas no Município e transporte de pacientes para outras localidades"

Uma verdade surge incontestável: a população de Piancó quer saber de suas autoridades de saúde (e muito particularmente da prefeita Flávia) se têm ou não fundamento as alegações do vereador Pádua no seu requerimento da referida audiência pública.
Sim ou não, a população quer saber.

É bom que Flávia se explique disso antes da campanha eleitoral de 2010... Muitos eleitores de Piancó são seres pensantes... que reagem...

Ó Piancó, serás digno dos ossos dos que lutam por ti?!... Só mesmo a História para julgar os que se revelam indignos do teu solo!...

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

CONTROVERTIDA TRINDADE DA INQUIETAÇÃO POLÍTICA DE PIANCÓ


Como disse em minha matéria anterior, volto agora, aqui, “a Flávia, a Remígio Júnior e a Pádua, sem dúvida alguma as três personalidades que ora mais despertam expectativas na política e na opinião pública deste tão usurpado e espezinhado Piancó...”

Qualquer habitante daqui, por mais desavisado ou desatento que seja, tem convicção da influência da prefeita FLÁVIA GALDINO, do advogado REMÍGIO JÚNIOR e do vereador ANTÔNIO DE PÁDUA no atual conturbado contexto político de Piancó. E tal influência tem seus pontos positivos e negativos, que se refletem em muitos aspectos de nosso cotidiano.

Pertinente é, pois, discorrermos nós, formadores de opinião de Piancó, sobre essas três polêmicas figuras, que, ao mesmo tempo entrelaçadas e separadas por circunstâncias e contingências diversas, tanta apreensão e dúvidas vêm provocando em nossa conjuntura política.

Seria detestável omissão calarmos para a História as consequências provocadas em nosso Município por FLÁVIA GALDINO, REMÍGIO JÚNIOR e PÁDUA. Constituiria, sem dúvida, mais uma falha sumamente imperdoável de Piancó, em sua típica teimosia de dissimular a verdade, de perverter a evidência, de mascarar o óbvio. Dizendo melhor, não seria detestável omissão, seria, sim, detestável e desprezível covardia, atributo infelizmente tão comum, tão característico do Piancó de hoje...

E ainda mais conveniente se faz agora analisar o procedimento político de FLÁVIA, REMÍGIO JÚNIOR e PÁDUA, pelo fato de se aproximarem as eleições de 2010, e serem eles três talvez os protagonistas da mais acirrada logística eleitoral para aquele pleito, em Piancó. Isso em virtude de fatores concordantes e discordantes que politicamente os envolvem, e de certas atitudes e procedimentos seus que estabelecem entre eles um nexo lógico suficiente para, no tocante a considerações conjuntas sobre eles, agrupá-los numa tríade.

Importa, por esse ângulo, considerar FLÁVIA GALDINO no seu comportamento político-administrativo; REMÍGIO JÚNIOR, na sua dissimulada ingerência política; PÁDUA, no seu empenho de combater a corrupção em Piancó.

FLÁVIA GALDINO

Os dois mandatos de Flávia mostraram suficientemente a Piancó os prós e os contras do procedimento político-administrativo dela.

Eleita, primeiramente, à custa da preponderância política de seu pai, Gil Galdino, Flávia foi tida pela população como uma opção de mudança para a conservadora política de Piancó. Secundariamente, foi ela eleita, ainda sob a égide do pai, talvez como opção mais plausível dentre os demais candidatos, mas, sem dúvida, também em virtude de intenso bombardeio de promessas utópicas, do uso producente e oportuno da máquina administrativa, de alianças com certos grupos imediatistas e interesseiros em outros assuntos que não o progresso de Piancó.

Quem, conhecedor da realidade político-administrativa daqui, for capaz de negar ou esconder isso é um mentiroso, um covarde. Mas eu não duvido de que haja aqui alguém capaz de negar ou esconder isso... Aqui já se viram coisas muito piores, que atestam claramente o nível de degradação moral e política a que chegou o velho e deprimido Piancó...

Exímia médica, cativante e fraterna criatura, de brilhante inteligência e excelente desenvoltura social, dotada de invejáveis qualidades para a política, tais como carisma e eloquência,
Flávia, no entanto, não se revela como verdadeira política para os padrões do início do Terceiro Milênio.

A despeito de haver trazido benefícios para Piancó como, dentre outros, o SAMU (indiscutivelmente importantíssimo), mas arraigadamente afeita ao mero sensacionalismo de resultados, Flávia, ao contrário de mobilização e arregimentação eleitoral pela verdadeira liderança e identificação popular, vale-se (contraditoriamente a seus atributos carismáticos) de outros meios (todos sobejamente sabidos e prováveis, mas dos quais, por questão de brevidade, não vem a propósito citar exemplos agora) para se fazer ouvir, para se fazer obedecer, para se fazer temer...
Só mesmo um mentiroso e covarde seria capaz de negar isso...

Outro ponto que mostra plenamente a inaptidão ou indiferença de Flávia para adequar-se à nova consciência política deste início de século foi haver ela entrado politicamente em desconcerto com seu pai. A ouvir o experiente e veterano Gil Galdino, conhecedor íntimo e profundo do quadro político-social de Piancó, e – muito particularmente – das surpresas que nossa imprevisível política pode trazer aos menos avisados, preferiu Flávia seguir orientações outras, conquanto aparentemente atrativas e convincentes, não coadunadas, contudo, com o emaranhado das atitudes adequadas para a sustentabilidade política em Piancó. Deixou-se Flávia iludir pelo aparente, pelo novo, pelo avançado. E tanto assim o fez que chegou a induzir em sua gestão pública um “novo modelo” administrativo, extravagante e contraditório a ponto de, por exemplo, adotar o princípio de que não deveria ela manter assiduidade em seu gabinete governamental, mas, sim, ao invés disso, estar sempre a buscar em outras localidades benefícios para o Município. No “novo modelo” de Flávia, o diálogo do dirigente municipal com a população tornou-se irrelevante. Incrivelmente, não se afigurou possível no “novo modelo” de Flávia conciliar interação do governo municipal com a população com
busca de melhorias para o Município.

A intolerância de Flávia para debater com a oposição os problemas fundamentais do Município salienta-se, talvez, como o emblema das falhas de sua administração. É o caso, por exemplo, da obsessiva pressão por ela exercida em seus súditos contra as ações parlamentares do vereador Antônio de Pádua.

Rigorosamente falando, não se viu até agora, pelo menos nesta segunda gestão de Flávia, em nenhum momento e em nenhum lugar, o debate cristalino, coeso, responsável, entre a situação e a oposição sobre assuntos relevantes para o Município. O que se tem visto (já enjoativamente) é a tenaz insistência da bancada da situação (subjugada a Flávia evidentemente) em cercear as iniciativas parlamentares do vereador Pádua, escudada no incoerente argumento de que aquele vereador, ao trazer à tona certos assuntos para debate na Câmara, quer tão somente aparecer, fazer-se notar.

Não se sabe se a Flávia não ocorre perceber que tal atitude é, no mínimo, ridícula e ofensiva à inteligência da população, além de macular a imagem de nosso Poder Legislativo, que, aos olhos das pessoas sérias e conscientes, está declinando para a mediocridade parlamentar. Também não se sabe se não ocorre a Flávia perceber que tal atitude pode trazer-lhe resultados eleitorais adversos.

Finalmente, para não ir mais além, Flávia – no cunho coronelista que vem imprimindo à sua atuação político-administrativa – tanto perpetrou quanto permitiu (e é o próprio Gil Galdino que reconhece e repudia) perseguições políticas que prejudicaram a liderança pública de seu pai. Flávia parece ignorar que Gil, embora à margem do poder, não perdeu ainda de todo a eminência de expoente eleitoral de Piancó. Ou Flávia, mesmo sabendo disso, não o leva a sério. Em ambos os casos, fica evidente sua imaturidade política.

Contrafeito, Gil sabe muito bem que, a continuar seguindo a impulsiva e imprudente linha política de Flávia, é bem possível que a liderança Galdino em Piancó venha a ruir. Sabe também muito bem Gil que há os que, como abutres, espreitam e maquinam a queda dessa liderança. Inquietante dilema político de Gil Galdino: continuar ou não apoiando eleitoralmente Flávia!... E as eleições de 2010 se aproximam...

REMÍGIO JÚNIOR

Foi realmente original e impressionante a imersão de Remígio Júnior nos últimos tempos na política de Piancó, ou, dizendo mais acertadamente, a apropriação por parte dele do poder político atual de Piancó. Não se pode esconder que hoje o homem forte dos Poderes Executivo e Legislativo de Piancó é Remígio Júnior. Quem ousar duvidar disso é um tolo, ou não conhece a contento a tessitura política de Piancó.

Como se movesse pacientemente as peças de um xadrez, Remígio Júnior, no seu intento de chegar a galgar predominância no Poder Público de Piancó, achou por bem ousar o lance de aproximar a prefeita Flávia Galdino do então governador Cássio Cunha Lima. E conseguiu. Flávia foi para Cássio.
Simplesmente ela deu as costas a José Maranhão.

Mas é bom frisar (e muito bem) que a responsabilidade de apoio eleitoral a Cássio em Piancó compete fundamentalmente a Remígio Júnior. Ele é o testa de ferro, o vento a favor de Cássio Cunha Lima em Piancó. E também é bom frisar (e muito bem) que Flávia, nas eleições de 2010 e 2012 será simplesmente cabo eleitoral

Flávia assumiu compromissos eleitorais com Cássio, e o endossante desses compromissos foi Remígio Júnior. Ao bom entendedor isso basta para mostrar a quantas anda a influência política de Remígio Júnior em Piancó.

Há mais um fato significativo para essas considerações sobre a influência de Remígio Júnior em Piancó: a vereadora Cristiane Remígio, sua irmã, que (apesar da tensão e perplexidade por ela provocadas na população ao ir para Flávia) é, no quadro político atual de Piancó, um nome de forte projeção para disputar o Poder Executivo. Política à parte, convém notar que Cristiane tem um círculo de amizades muito sólido em Piancó, é carismática, meiga e envolvente, e dotada de impressionante sensibilidade humanística. Não resta dúvida de que isso, combinado com outros ingredientes da logística política de Piancó, é de suma importância para o caso de vir Remígio Júnior a lançar Cristiane como candidata a prefeita em 2012. E é óbvio que Cássio Cunha Lima sabe da potencialidade política de Cristiane Remígio em Piancó...

Mas, diante de tudo isso, surge um problema: a ligação de Cristiane a Flávia. É que muitos eleitores e simpatizantes de Cristiane não aprovaram tal ligação... Mais uma peça do xadrez político de Piancó para Remígio Júnior mover...

ANTÔNIO DE PÁDUA

Irredutível combatente da improbidade administrativa em Piancó, Pádua tornou-se uma espécie de espinha na garganta, de pedra no sapato de Flávia. E, por conexão, bem assim, igualmente, de Cristiane Remígio e de Remígio Júnior. Qualquer ato desses três que pelo menos potencialize improbidade será prontamente censurado por
Pádua.

Tudo o que Pádua até agora já levou a efeito nessa direção de combate à corrupção em Piancó (veja-se seu site Pádua Leite.com) indica claramente que se estabeleceu uma ferrenha contenda político-administrativa ente Pádua, Flávia e Remígio Júnior. Tão ligados pelas circunstâncias e tão separados pelas ideologias. E aqui fica explicado o título desta matéria.

Se, por um lado, Flávia e sua obediente tropa de choque procuram – por todos os meios (muitos deles escusos) – obliterar a imagem político-parlamentar de Pádua, a população, por sua vez, vem-se voltando para Pádua e demonstrando ver nele um referencial de mudança do continuísmo político de Piancó. A quem quiser comprovar isso é muito simples: basta fazer uma pesquisa séria de opinião a respeito da projeção político-parlamentar de Pádua. Eu estou, a meu modo, fazendo isso pacientemente. E os que me imitarem haverão de dar-me razão.

A essa altura, bem posso dizer que, assim como seria indolência negar a evolução de Remígio Júnior e de Cristiane Remígio no cenário eleitoral do Piancó de hoje, também seria indolência maior negar que
Flávia e seus seguidores estão-se transformando nos melhores cabos eleitorais de Pádua.

Remígio Júnior (pela sua larga experiência na vivência da sociologia política de Piancó) é suficientemente perspicaz e inteligente para perceber essa projeção de Pádua. Louco seria quem pensasse o contrário...

E Flávia – a contraditora número um de Pádua – nada mais é agora do que cabo eleitoral. Candidatos a prefeito de Piancó poderão ser Pádua, Cristiane Remígio, Remígio Júnior e tantos outros... só não Flávia... Isso fará diferença em muitos pontos da campanha eleitoral de 2012...

Mas é bom não esquecer que há muita gente a chamar a cabo eleitoral Flávia Galdino de “Guerreira”, “Anita Garibaldi”, “Joana d´Arc” e “Maeinha”... e isso também poderá fazer muita diferença na campanha de 2012. Afinal, os que tratam Flávia assim têm título eleitoral... Aos maus entendedores da política de Piancó vem-me a propósito agora dizer: eu não trato Flávia assim, apenas digo (e todos sabem) que há muita gente que a trata assim...

Dispondo de Cristiane Remígio como potencial forte candidata a prefeita de Piancó, e percebendo quanto Pádua vem evoluindo na aceitação da população para pleitear nosso Poder Executivo, vai ter Remígio Júnior muito em que pensar daqui para 2012... E nós, eleitores de Piancó, também...

Pelo exposto, presumo não haver sido despropositada minha afirmação intituladora desta matéria de que Flávia, Remígio Júnior e Pádua constituem a
CONTROVERTIDA TRINDADE DA INQUIETAÇÃO POLÍTICA DE PIANCÓ.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

O ADMIRADO, TEMIDO E ODIADO PALADINO DA LUTA CONTRA A CORRUPÇÃO DE PIANCÓ


“VOU DIZER AOS DESAVISADOS: A PARTIR DE HOJE, CORRUPÇÃO AQUI ACABA!” bradou, incidentemente, o vereador Antônio de Pádua Pereira Leite, do PT, em seu discurso de posse, dia primeiro de janeiro do ano passado, no Plenário da Câmara Municipal de Piancó.

O impacto de tão inusitada e surpreendente frase, em ambiente tão tradicionalmente habituado ao servilismo político, reboou como um trovão, atordoando os ouvidos dos atônitos presentes àquela cerimônia de posse. Na Galeria da Câmara, muitos se entreolharam, e vários aplausos irromperam. No Plenário, os vereadores da situação mantiveram-se calados, indiferentes. Os vereadores da oposição aplaudiram Pádua, em uníssono com os manifestantes da Galeria. O presidente da Mesa Diretora da Câmara, em visível sinal de desconcerto, provocado pela combativa expressão de Pádua, pediu ordem no recinto.

Entre eles, cercada de atenções – muito distintamente por seus fiéis seguidores - estava a prefeita Flávia Galdino, que, pronunciando-se bem ao sabor de sua persuasão retórica, desdenhou da advertência de Pádua.

Inegavelmente aquela contundente expressão era inquietante, ainda mais vinda de Antônio de Pádua, autointitulado “o vereador de Lula”, e já notoriamente tido como “o terror dos corruptos”.

Evidenciava-se naquele instante um prenúncio de ruptura no conservador procedimento parlamentar piancoense, por tanto tempo centrado no jogo de interesses dos governantes, na bajulação subserviente, no cinismo desmedido. Nunca, em toda a sua história, aquela casa legislativa ouvira nada igual, de tão combativo, de tão assertivo, de tão desafiador...

E Pádua, ao abominar a infame iniquidade da corrupção e malversação pública de Piancó em detrimento dos pobres e desfavorecidos, chorou!... Chorou, com a voz embargada pela indignação, como se suas lágrimas se confundissem com as de tantos infelizes controlados por inescrupulosos detentores do poder, que, no desprezível exercício da opressão, submetem e calam os desprovidos de dignidade.

Nove anos adentro do Terceiro Milênio, no alvorecer da Era do Conhecimento, em que sobressai o novo paradigma da Governança com responsabilidade fiscal e desenvolvimento sustentado, fundamentados na ética e na transparência pública, Piancó, vergonhosamente - muito vergonhosamente - dá repulsivo exemplo de improbidade. O Piancó tão já entrado em anos, por seus quase três séculos de existência, manifesta, despudoradamente, manipulação e irresponsabilidade social, que tanto lhe maculam a honra, o nome, a imagem, pelos motivos que levaram o vereador Pádua a proferir aquela tão insurgente e determinada frase. Um libelo para a História!...

Mas Pádua iria encontrar obstáculos inúmeros para pôr em prática sua ação parlamentar fiscalizadora. Seu intento de moralizar a Administração Pública de Piancó iria custar-lhe embaraços de toda a sorte.

Quem quer que pretenda comprovar o que tem passado Pádua nesse aspecto, basta adentrar-se pelo site Pádua Leite.com, e verá quanto a esse solitário vereador petista tem custado pelejar contra a corrupção pública nesse indolente e acovardado Piancó (seria mais covardia ainda esconder isso).

Lamentavelmente vencido, Piancó persiste na passividade da subjugação política, estagnado, sem um projeto de desenvolvimento, sem um projeto de vida. Estupidamente corrompido, Piancó privilegia muitos que, uma vez satisfeitos seus interesses, nada fazem em prol da coletividade, do Município, do bem comum. Nojenta manifestação de engodo, de maquinação, de mentira...

Muitos são os fatos que induzem a uma reflexão séria sobre a sorte de Piancó, acorrentado a tão vil malversação política. E, principalmente, os formadores de opinião sérios (agradeço a Deus estar entre eles!) têm obrigação moral de tal reflexão.

Os que comentam nosso frustrante e medíocre quadro político devem trazer à discussão a influência – tanto positiva quanto negativa - de pessoas cujas atitudes e procedimentos possam refletir-se no nosso avanço ou no nosso retrocesso.

Em minha última matéria, MIOPIA PERCEPTIVA DOS MAUS ENTENDEDORES DA POLÍTICA DE PIANCÓ, neste blog, eu disse:

“Concisão, entendimento, compreensão são alguns de outros tantos conceitos que me forçam a voltar (em minha próxima matéria neste blog) a Flávia Galdino, a Remígio Júnior, às expressões “Guerreira”, “Anita Garibaldi”, “Joana d´Arc” e “Maeinha”... e a outras coisas mais... que, decerto, me levarão encadeadamente a mais coisas... “

Não me foi possível voltar a Flávia e a Remígio Júnior agora, porque as considerações acima sobre Pádua se fizeram necessárias exatamente para que, em minha próxima matéria, eu volte a Flávia, a Remígio Júnior e a Pádua, sem dúvida alguma as três personalidades que ora mais despertam expectativas na política e na opinião pública deste tão usurpado e espezinhado Piancó...

sábado, 8 de agosto de 2009

MIOPIA PERCEPTIVA DOS MAUS ENTENDEDORES DA POLÍTICA DE PIANCÓ

Cada vez mais se vai confirmando meu acerto de afirmar insistentemente que, em Piancó - quando se trata de CONSCIENTIZAÇÃO - É PRECISO DIZER MIL PALAVRAS PARA TALVEZ INCUTIR UMA NA MENTE DOS QUE TEIMAM EM NÃO ABRIR O ESPÍRITO PARA O ENTENDIMENTO E A COMPREENSÃO. Cada vez mais, também, se justifica, aqui, que O PIOR CEGO É O QUE NÃO QUER VER.

Muitos (vou aqui denominá-los maus entendedores), alheios uns, indiferentes outros à minha irredutível pretensão de lutar contra a manipulação e dominação políticas de Piancó, dizem que meus textos, neste blog, são extensos, cansativos, e até incompreensíveis. Asseguram que os internautas não dispõem de tempo para lê-los; que, no ambiente da Internet, os textos devem ser concisos, simples, por questão de praticidade, já que, na realidade atual, a pressa predomina.

Mas, ainda bem que, à luz da lógica, do bom senso e da razão, me são favoráveis argumentos para demonstrar e provar a contento (oportunamente, neste blog) que as afirmações acima, inerentes à minha prolixidade, são falsas. Ainda bem que não estou à míngua de poder fazer ver que concisão (em se tratando de certos níveis da comunicação) não é questão de brevidade pela dimensão, pelo tamanho, e, sim, pelo conteúdo, pela clareza, pela compreensão, pela propriedade, pela precisão, pela exatidão, pela coerência, pela legibilidade, e, em remate a tudo isso, pela assertividade. A própria repetição do “pelo” e do “pela”, acima, já prefigura um dos pontos sobre que discorrerei, posteriormente, aqui, com relação à concisão no processo comunicacional.

Afinal, meus textos (embora longos e cansativos para muitos) são PACIENTEMENTE, DEMORADAMENTE, CUIDADOSAMENTE, DILIGENTEMENTE, REPETIDAMENTE lidos pelos que, como eu, estão envolvidos (de corpo e alma) na ferrenha luta contra os que procedem como se fossem senhores absolutos de Piancó, ou, dizendo melhor, na LUTA PELA LIBERTAÇÃO DE PIANCÓ. E, nesse ponto, bem vem a propósito lembrar a excitante e pertinente frase do saudoso Eurides Liberalino: “PIANCÓ PRECISA DE UM LIBERTADOR”.

É bom e oportuno, agora, ressaltar (voltarei a isso em outra oportunidade), que meus textos também são lidos PACIENTEMENTE, DEMORADAMENTE, CUIDADOSAMENTE, DILIGENTEMENTE, REPETIDAMENTE (e - depois se saberá por quê - faço questão de acrescentar: TEMEROSAMENTE) por esses senhores absolutos (até parece que realmente o são) de Piancó.

Meus textos, embora tidos como extensos, enfadonhos, cansativos, são lidos (E MUITO BEM LIDOS) - qualquer criatura do contexto político piancoense sabe muito bem disso - exatamente por aqueles a que eles se destinam: os que comungam comigo pela LIBERTAÇÃO DE PIANCÓ e os que se julgam DONOS ABSOLUTOS DE PIANCÓ.

A meus demais leitores e leitoras, a quem agradeço de coração a paciência, atenção e estima com que se dignam de ler meus textos, cabe testemunharem essa batalha de nós outros que não declinaremos nunca do empenho de libertar Piancó da corrupção, da opressão, da irresponsabilidade social e da malversação política e administrativa.

Tocando, apenas de leve, por ora (já que voltarei a esse assunto brevemente), na incompreensão de nossos maus entendedores, com relação a meus textos, vejamos isto:

Tão logo após haver eu postado, neste blog, minha matéria IMERSÃO EM FLÁVIA GALDINO: DO VERSO AO REVERSO, de 18 de junho próximo passado, surgiram inúmeros comentários de que eu estava elogiando a prefeita Flávia, por chamá-la de “Guerreira”, “Anita Garibaldi”, “Joana d´Arc”, “Mãeinha”... que, se assim eu a estava chamando, era na intenção de atrair dela benevolência em meu favor... que Flávia estava procurando calar-me, como havia feito com Remígio Júnior, Esmaildo Pereira e Antônio Cabral...

Também não escapou da incompreensão dos maus entendedores minha matéria INFLUÊNCIA DE REMÍGIO JÚNIOR NO PODER PÚBLICO DE PIANCÓ: A ENGENHOSIDADE DA PREDOMINÂNCIA PELA AUTOJUSTIFICAÇÃO E DISSIMULAÇÃO POLÍTICA, postada neste blog, dia 28 do mês passado. Disseram simplesmente que eu estava elogiando Remígio Júnior, por ter interesse em que ele me favorecesse com alguma coisa por parte da prefeita Flávia.

Nada mais, além disso, no entanto, comentaram os maus entendedores sobre o que eu havia escrito nas duas mencionadas matérias referentes a Flávia Galdino e a Remígio Júnior. Foi, para os maus entendedores, mais ou menos assim como se eu, naquelas matérias, só tivesse escrito os trechos em que eles – em seu turvo modo de perceber – achavam que eu estivesse apenas elogiando Flávia Galdino e Remígio Júnior.

Eis, pois, a evidência de que os maus entendedores de Piancó não estão entendendo meus textos nem estão convictos de minha dignidade e integridade moral. Que Deus os ajude a entender tudo isso... para o bem deles... para o bem de todos nós... para o bem de Piancó!...

E, por sua vez, os bons entendedores, no tocante àquelas matérias – até o presente - simplesmente se calaram... exceto a esclarecida senhora Erotildes Maria da Silva, de Piancó, que, neste blog, dia 3 deste mês, postou o seguinte comentário, que bem reflete a consciente manifestação de uma mulher convicta da cidadania e da deplorável e vergonhosa realidade política piancoense:

“Chico Jó, parabéns pela sua brilhante explanação sobre a situação política de Piancó. É isso mesmo, enquanto não aparecer um político que realmente pense na população e não em seus interesses próprios, não sairemos deste quadro lastimável.”

Concisão, entendimento, compreensão são alguns de outros tantos conceitos que me forçam a voltar (em minha próxima matéria neste blog) a Flávia Galdino, a Remígio Júnior, às expressões “Guerreira”, “Anita Garibaldi”, “Joana d´Arc” e “Maeinha”... e a outras coisas mais... que, decerto, me levarão encadeadamente a mais coisas...

terça-feira, 28 de julho de 2009

INFLUÊNCIA DE REMÍGIO JÚNIOR NO PODER PÚBLICO DE PIANCÓ: A ENGENHOSIDADE DA PREDOMINÂNCIA PELA AUTOJUSTIFICAÇÃO E DISSIMULAÇÃO POLÍTICA

Salta aos olhos da população e, particularmente, aos dos que, como eu, analisam e comentam o cenário político de Piancó, um fato singular e interessante. Um fato que, de tão inusitado, no mínimo impressiona, espanta e constitui talvez o assunto ora mais comentado em nosso município, e que já se alastra pela região afora. Trata-se da habilidosa influência pessoal e política do advogado Antônio Remígio da Silva Júnior (Remígio Júnior) em nosso Poder Executivo e em nosso Poder Legislativo.

Remígio Júnior é, atualmente, sem dúvida alguma, a figura mais polêmica e enfocada da esfera política de Piancó. É indubitavelmente (e seria cinismo querer negar isso) o vulto que mais vem provocando expectativa e apreensão de sua escalada político-eleitoral em Piancó, dada sua proximidade à prefeita Flávia Galdino e ao ex-governador Cássio Cunha Lima.

E o mais curioso de tudo isso é que nem eleitor em Piancó Remígio Júnior é. E, como se tal não bastasse, ainda por cima ele assegura (jura de pés juntos) que está afastado da política, que nada tem que ver com política em Piancó, que apenas presta serviços a políticos.

Mas, se assim categoricamente ele diz, por que, então, sua acentuada evidência na política de Piancó? Por que ele suscita tanto receio, dúvida e inquietação no contexto político-partidário daqui? Evidentemente que não é só por causa de sua identificação com Flávia e com Cássio, irretorquivelmente que é por isso e por outras coisas mais, que a nós, eleitores de Piancó, muito importa levar em conta, principalmente no que diz respeito às eleições de 2010 e 2012.

Não se pode negar que Remígio Júnior tem revelado concretamente seu potencial em Piancó, e, no campo político, acabou por adquirir relevância pela sua originalidade em influenciar.

A princípio, convém notar que Remígio Júnior conhece a fundo Piancó. Que conhece (como a palma da mão) nosso ambiente político, social e econômico. É um autêntico produto do meio piancoense. E tanto assim é que, pela sua desenvoltura no campo jurídico, bem poderia viver em outros centros mais risonhos para sua profissão de advogado, mas prefere permanecer aqui. É teluricamente preso à terra natal. É fortemente arraigado ao campo. Ele próprio afirma que é mais agricultor do que advogado.

Tais atributos – e outros que adiante se verão – revelam a emotividade de Remígio Júnior, seu sentimentalismo e sensibilidade. No fundo, Remígio Júnior é um sentimental, um romântico; rende-se facilmente às amizades.

Seu perfeccionismo, senso de organização e trabalho metódico têm-lhe dado eficiência e credibilidade em seus empreendimentos e nos que lhe são confiados, o que lhe tem valido repercussão profissional. Na área político-administrativa ele vem robustecendo sempre mais a capacidade, pelos inúmeros problemas que soluciona. Capacidade que se vem refletindo em sua influência político-administrativa em Piancó.

À medida que, como assessor jurídico, vai imergindo na diversidade dos problemas políticos e administrativos de Piancó, adquire cada vez mais experiência nesse labirinto que a complexa política piancoense tem tecido ao longo do tempo.

Obsessivamente laborioso e dedicado ao dever, Remígio Júnior revela-se, por isso, como o tipo perfeito para enfrentar situações que exigem trabalho organizado, tenso e prolongado. Ele já demonstrou essa vantajosa aptidão em campanhas eleitorais, tanto suas como de Gil Galdino, de Edvaldo de Caldas e de Flávia Galdino, e todos esses sabem: foram favoráveis os resultados.

Vale lembrar aqui que essa peculiar operosidade de Remígio Júnior é um dos pontos que têm levado muitos analistas da realidade política de Piancó a afirmar que Edvaldo de Caldas, ao ficar sem Remígio Júnior, teve prejuízo eleitoral, e Flávia Galdino, ao passar a contar com ele, evoluiu eleitoralmente. Não são poucos os que estão convictos de que a maioria eleitoral de Flávia, em 2008, deveu-se fundamentalmente à influência eleitoral de Remígio Júnior. Afinal, a propósito disso, é preciso ver que dois familiares de Remígio Júnior, candidatos a vereador, Christtiane Remígio e Quinca Remígio, tiveram expressiva votação. E... sangue é sangue...

Também vale aqui lembrar que, sempre que se estabelece relação entre Remígio Júnior, Edvaldo de Caldas e Flávia Galdino, surgem forçosamente inúmeras indagações (até agora não satisfatoriamente esclarecidas à população), tais como, por exemplo:

Por que Remígio Júnior se afastou de Edvaldo de Caldas, quando ambos viviam em comunhão com Cássio Cunha Lima? Por que Remígio Júnior, depois de exaustivamente criticar falhas político-administrativas de Flávia, contraditoriamente acabou por levá-la para Cássio e por apoiá-la na campanha eleitoral do ano passado? Por que, tão logo após eleger-se vereadora, Christtiane Remígio, outrora tão prestigiada na gestão pública de Edvaldo de Caldas, passou a fazer parte da bancada da prefeita Flávia Galdino? Se a vereadora Christtiane Remígio passou a apoiar Flávia, há possibilidade de o suplente de vereador Quinca Remígio fazer o mesmo?

Nos municípios do Vale do Piancó, onde presta assessoria jurídica a políticos (como ele gosta de enfatizar), Remígio Júnior vem angariando evidência pelo seu tino político-partidário, e tornando-se cada vez mais íntimo dos políticos que assessora, o que bem já lhe pode constituir, nessa região, um prenúncio para sua estratégia de atuação, em 2010, como cabo eleitoral de Cássio Cunha Lima, seu dileto amigo.

Remígio Júnior é dotado de um dom que (principalmente em política, e, especialmente, numa política subserviente e capciosa como a nossa) lhe dá inegáveis vantagens no controle de certas situações: é um ouvinte nato, por demais paciente, quando se trata de ter de assimilar ideias, opiniões, juízos de valor de alguém em cujas reações ele esteja interessado.

Outro atributo típico de Remígio Júnior é seu talento para dirigir manifestações espetaculares em campanhas eleitorais em Piancó. Os comícios e carreatas por ele organizados são estrondosos, suficientes para sugestionar os eleitores caracteristicamente susceptíveis, e neles incutir a imagem do candidato. Foi o que se deu na campanha de Flávia Galdino no ano passado.

Culminando tudo isso que ficou dito, eis que se chega ao cerne da questão: a influência político-administrativa de Remígio Júnior no Poder Executivo e no Poder Legislativo de Piancó. Na Prefeitura, nas secretarias municipais, na Câmara Municipal, enfim, em seja qual for a área da Gestão Pública piancoense, qualquer pessoa, por mais desavisada que esteja, perceberá a sutileza da influência de Remígio Júnior. Nenhuma decisão séria será tomada nesse ambiente político-administrativo sem que se consulte Remígio Júnior. O sim e o não dele são decisivos. Ele é que sabe competentemente mover as peças do xadrez da intrincada Administração Pública atual de Piancó. Ele é que sabe estender o fio orientador por esse labirinto. Não ouvi-lo é correr o risco de se perder... tanto agora como em 2010 e em 2012...

sábado, 18 de julho de 2009

CONSTERNAÇÃO NA ÉTICA E NA MORALIDADE DE PIANCÓ: MORRE EURIDES LIBERALINO, UM EXPOENTE DO CARÁTER


Este desalentado Piancó, tão já desfalecido pela contundência dos responsáveis pelo seu atraso; este desiludido Piancó, tão já desesperançado do advento de líderes sérios, verdadeiramente comprometidos com a sinceridade social e o bem comum; este decepcionado Piancó, tão já convicto de sua falsa moralidade política, forjada no engodo, na bajulação e na demagogia, vê-se, agora, ainda mais moralmente desfavorecido, pela morte - dia 11 deste mês de julho de 2009 - do memorável Eurides Liberalino de Souza (Mestre Eurides), exemplar referencial de probidade, serenidade e inteireza de caráter, em que Piancó precisa inspirar-se para redimir-se da culpa de persistir na indolência da retrogradação.

Foi-se Mestre Eurides dentre os que o tinham como modelo de homem de boa vontade, humilde, pacato e justo. E deixou-nos falta sua palavra branda, judiciosa, sábia. Sem seus conselhos e ensinamentos, Piancó ficou mais carente de discernimento, de esclarecimento, de luminosidade espiritual.

Rompeu-se o último elo que ligava o Piancó contemporâneo ao Piancó da década de 1920, e fundia-se nessas duas épocas como condutor e propagador do ideário do Padre Aristides.

Silenciou-se a voz que tão veementemente apregoava e enaltecia a bravura, a altivez e o senso libertário do destemido e valoroso sacerdote. Interrompeu-se a difusão da autodeterminação política do padre que deu a Piancó, em toda a sua história, a maior lição de exercício da cidadania, resistência e libertação.

Ao referir-se à afinidade de seu pai com o Padre Aristides Ferreira da Cruz, imprimia Mestre Eurides na expressão um cunho de especial reverência àqueles dois vultos históricos do Piancó da primeira metade do Século 20. Ressaltava-lhes notadamente o brio como patrimônio moral que ele tinha como sagrado.

Falava com acentuado fervor da perseverança de seu pai em ter, como filho de criação do Padre Aristides, prosseguido fraternalmente solidário para com os amigos e simpatizantes daquele célebre sacerdote político.

Tal qual seu pai Pedro Inácio Liberalino, Mestre Eurides inspirava-se ardorosamente na personalidade do Padre Aristides, a quem exaltava como consagrado herói, e seguia-lhe a linha de conduta, repudiando a injustiça social, o servilismo político e a covardia.

Revelava nobreza e hombridade na sua postura social, senso de retidão, justiça e magnanimidade. Era uma perfeita projeção moral de seu pai, que eu, ainda infante, também conheci, e que me dedicava atenção e amizade, narrando-me entusiasticamente pormenores do episódio da passagem da Coluna Prestes em Piancó, o que tanto me serviu para minha concepção de transformar tais fatos em atrativo turístico em prol principalmente dos pobres e dos excluídos. Mestre Eurides acalentou solidariamente comigo esse sonho, e exortou-me a persistir nele inabalavelmente.


Todos os que, como eu, conheceram a têmpera moral de Pedro Inácio Liberalino, e viu como se comportou Mestre Eurides em Piancó, não têm dúvida de que o filho seguiu louvavelmente o rastro do pai. Tendo tido seu caráter ainda mais avigorado pela convivência com o Padre Aristides, Inácio Liberalino (como era mais conhecido) deu ao filho Eurides o inestimável legado da dignidade, da credibilidade e da vergonha, predicados de que o Piancó atual tanto carece.

Distinguia Mestre Eurides a atraente capacidade de influenciar as pessoas pela suave expressividade do tato pessoal, pela delicadeza e mansidão. Sua presença irradiava ternura, singeleza, simplicidade, e disso lhe advinham o respeito e a admiração dos que o buscavam. Comedido, sensato e prudente, fazia-se ouvir atenta e prazerosamente pelos que lhe admiravam a modelar personalidade e honradez, como eu, que, tantas vezes, o ouvi discorrer sobre sua vida, sobre o Piancó de ontem e o de hoje, sobre as mudanças com que ele sonhava para Piancó.

E aprendi muito com ele. Lições de sua experiência de vida. Lições de seu aprendizado de convivência social. Lições de seu caráter. Preciosíssimas lições para mim, as quais não cheguei a ter de meu pai, por de mim ter-se ido ele tão cedo. Ricas lições de prudência, de sabedoria, de verdade. E aqui me associo à alegria dos familiares de Mestre Eurides, por ter tido eu, como eles, o privilégio de partilhar do tesouro da sabedoria humanística dele.

Revelava Mestre Eurides forte pendor para tudo o que dissesse respeito à arte de viver, à etiqueta, às normas da boa conduta. Era cavalheiresco, cordial, gentil, e falava com calma e moderação. Sua figura em qualquer ambiente de Piancó constituía uma marca de distinção pessoal. Em suma, era inquestionavelmente um vulto notável de Piancó.

Corte e costura, esporte, cultura, comunicação social, dança, música, contabilidade, política foram campos em que Mestre Eurides atuou talentosamente. Em todos ele fez a diferença.

Destacou-se como alfaiate de referência regional, pelo refinamento de seu estilo, vestindo elegantemente várias personalidades do Vale do Piancó. No futebol piancoense, foi um ícone como jogador, goleiro, juiz e técnico. Nas mais diversas manifestações culturais, sua opinião sempre produzia um belo resultado, graças a seu refinado senso estético. Como locutor, marcou época. Ouvi-lo, pela difusora, nos saudosos programas musicais por ele apresentados, era um deleite para a romântica sociedade piancoense de então. Nas festas, nos bailes, nos carnavais, era um símbolo de notável influência e atração, dançando habilmente todos os ritmos. Grandes dançarinos de Piancó inspiravam-se nele. Tinha um senso musical altamente apurado. Cantores como Francisco Alves, Carlos Galhardo, Sílvio Caldas, Ângela Maria eram seus ídolos prediletos. Sua atuação na contabilidade foi um exemplo de seriedade profissional. Na política, como vereador, tentou mostrar uma nova imagem de homem público, mas sentiu como isso era difícil em Piancó. Não foi suficientemente compreendido, pois o sistema político lhe era indiferente a suas ideias de mudança.

Culminando a manifestação de sua brilhante personalidade, Mestre Eurides, ao lado de sua esposa Isabel, edificou uma família que é digna de nota na história de Piancó, pela conduta, pela idoneidade, pela formação.

Mas, apesar de sua vida exemplar e harmoniosa, Mestre Eurides não negava sua indignação e decepção diante de certos procedimentos políticos de Piancó, discordes dos que ele aprendera com seu pai. A prudência, entretanto, o refreava de externar seus protestos e críticas, mas não escondia seu descontentamento.

Chegou a confessar-me seu desapontamento por compreender que a política conservadora era a causa principal do atraso de Piancó. E, certa noite, ao conversarmos sobre o continuísmo político de velhas lideranças daqui, e analisarmos as consequências disso, ele, na mansidão que tão lhe era peculiar, proferiu-me, pausadamente, esta sentenciosa expressão (felizmente por mim taquigrafada), que bem merece ser tomada como memoração – por ele almejada - da dignidade do Padre Aristides, como um grito de comando, como uma divisa de reação e resistência:

“A causa principal da decadência de Piancó tem sido sua política conservadora. Aqui falta um líder corajoso, sincero e independente, capaz de romper com o continuísmo do sistema dominante, e comandar a população na construção de um novo Piancó. Depois do Padre Aristides, não surgiu ninguém que fizesse isso. Piancó precisa de um libertador!”

Seu brado libertário, Mestre Eurides, não terá sido em vão. Os que têm senso de vergonha e dignidade perseverarão impassivelmente na luta e empenho constantes contra os que usurpam Piancó. Deus tudo pode, e talvez Ele tenha permitido que o libertador de Piancó já esteja entre nós...