segunda-feira, 2 de novembro de 2009

PRECONCEITO E PERSEGUIÇÃO NO GOVERNO DE FLÁVIA: DUPLA DE DESGASTE DO RESGATE POLÍTICO DE GIL

Além da sistemática e inflexível PERSEGUIÇÃO POLÍTICA, entre outros procedimentos que, no assimétrico governo de Flávia Galdino, subvertem a equidade, um sobressai talvez como o mais detestável de todos, e bem patenteia o lado arrogante, discriminatório e repressor desse governo: o PRECONCEITO.

Sobressai talvez como o pior de todos, porque o PRECONCEITO menospreza, deprecia, desabona, humilha, e, conseguintemente, torna-se danoso e deprimente para o espírito. Às vezes até irremediavelmente. Pode provocar aversão e ressentimentos permanentes. Pode deixar na subjetividade profundas marcas para sempre.

Aos aliados de Flávia e a ela própria poderá, porventura, até causar perplexidade tal afirmação, mas – à luz do bom senso e da razão – indignação certamente é que não lhes há de causar, porque é a verdade, a meridiana verdade, a cuja soberania e ao julgamento da opinião pública, tanto eles quanto Flávia, de bom grado ou não, têm de submeter-se. É a verdade, sim: há PRECONCEITO no governo de Flávia...

Impositivamente, por subserviência ou fanatismo, têm alguns comandados de Flávia tomado (se bem que alguns deles a contragosto) o PRECONCEITO como arma de aniquilação da imagem dos opositores dela. Opositores que, no entanto, com fundamentadas razões e direito de causa, censuram e criticam falhas de ordem política e administrativa de Flávia e de vários dos que lhe seguem as determinações.

Como se já não bastasse a PERSEGUIÇÃO POLÍTICA, que a Gil Galdino tantos problemas tem rendido, ante o eleitorado dele, vêm, ainda por cima, contrariar Gil consequências do PRECONCEITO na administração de Flávia. PRECONCEITO que se confunde com indiferença, com incompreensão, com rancor, com retaliação, e até com ingratidão...

Implícito, sorrateiro, velado, em certos casos; explícito, manifesto, escancarado, em outros; tem o PRECONCEITO no governo de Flávia deixado, no íntimo dos que dele são vítimas, estigmas penetrantes, talvez não menos lancinantes que os deixados pelos açoites do carrasco no lombo do escravo...

Mas ainda bem que os espíritos altivos de Piancó são imunes a esse abominável PRECONCEITO, e não declinam de opor-se a ele com as armas mais eficazes para combatê-lo: a DIGNIDADE e a RESISTÊNCIA...

A esta altura, estas considerações bem já suscitam a indagação sobre a que propósito vem estar eu aqui a enfocar o PRECONCEITO no governo de Flávia.

Pois bem que tenho eu indiscutíveis motivos e razões para aludir ao PRECONCEITO no governo de Flávia. E, ao demais, por vir esse procedimento ocorrendo no contexto político-administrativo, torna-se ele objeto de julgamento público.

De tal PRECONCEITO fui eu vítima tanto por parte de Flávia quanto de súditos seus (ou melhor, fui alvo, porque meu brio e altivez me colocam entre os que não se curvam jamais a tão sórdida atitude).

E por que esse PRECONCEITO? Porque simplesmente usei de minha prerrogativa cidadã de questionar senões administrativos de Flávia e de alguns de seus seguidores. E como se manifestou esse PRECONCEITO? E quantos mais foram atingidos por ele? Ver-se-á isso oportunamente.

Quanto à PERSEGUIÇÃO POLÍTICA no governo de Flávia, um exemplo de acentuada repercussão em Piancó confirma muito bem a extensão da insensatez dessa atitude: A RETALIAÇÃO DE FLÁVIA CONTRA O EX-VEREADOR SÉRGIO LACERDA, indubitavelmente um dos mais fiéis e sinceros aliados de Gil Galdino... Piancó inteiro sabe (e Flávia muito mais ainda) que Sérgio não merecia tamanha INGRATIDÃO...

Por enquanto, essas alusões ao PRECONCEITO e à PERSEGUIÇÃO POLÍTICA no governo de Flávia se restringem apenas aos reflexos que eles podem ter nas ações de Gil Galdino num dos dois caminhos que a população supõe haver ele de seguir: ou permanecer politicamente com Flávia, ou apoiar André Galdino, sobrinho dele.

Em qualquer uma dessas hipóteses, o PRECONCEITO e a PERSEGUIÇÃO POLÍTICA no governo de Flávia trarão a Gil consequências preocupantes e talvez desastrosas...

Se apoiar Flávia, que dirá Gil às vítimas e aos alvos do PRECONCEITO no governo dela?... Se apoiar André, que também lhes dirá Gil?...

Isso porque já corre por aí afora que, se Gil apoiar André e ele eleger-se prefeito de Piancó, Flávia (nada mais nada menos do que filha de Gil) passará a ter forte ingerência na gestão André Galdino, notadamente na área da saúde (afinal, ela trouxe o SAMU...), e – triste dedução – o PRECONCEITO e a PERSEGUIÇÃO poderão recrudescer...

Não há talvez (muito menos ainda na esfera política) quem já tenha ousado responder por que Flávia se tem comportado assim tão estranhamente e tão à vontade na sua compulsiva intolerância com seja lá quem for que a contrarie ou se lhe oponha, até – incrível! – com seus próprios aliados mais íntimos, mais diletos, mais queridos...

Entretanto, quanto a isso, certas perguntas bem podem suscitar respostas certas... Principalmente por parte dos que têm consciência de que Flávia, como gestora pública – gostando ou não, retaliando ou não – tem de curvar-se ao crivo popular. Ela não está acima do povo. Ela não tem poder nenhum de calar o povo. Ela não pode ir contra o povo...

Por que o PRECONCEITO e a PERSEGUIÇÃO no governo de Flávia, o qual, nesse aspecto, já se converte em um dos piores da história de Piancó?

Por que Flávia não suporta nem tolera ser contrariada ou criticada política e administrativamente, por razões públicas e notórias, das quais não pode ela eximir-se?

Por que Flávia, ao ser contrariada, mesmo pelos aliados mais diletos, seus ou de Gil (como é o espantoso caso de Sérgio Lacerda), pune-os implacavelmente, rancorosamente, com espantosa prontidão, sem nem sequer ponderar a gratidão e o respeito que lhes deveria ter?

Por que essa obsessiva e rancorosa compulsão de Flávia pela retaliação, pela PERSEGUIÇÃO POLÍTICA, pela perpetração do PRECONCEITO?

Enfim, por que tudo isso? Simplesmente porque os que são vítimas disso (e se calam) são covardes... Deixam a estrada totalmente livre para Flávia transitar nela a seu bel-prazer, sem haver quem lhe ponha placas de sinalização nem redutores de velocidade...

Flávia sabe que sua liberdade de ação político-administrativa em Piancó é plena... Ela faz o que bem quer... Já provou isso... Aqui não lhe importa o "Libertas quae sera tamen" dos inconfidentes...

As críticas dos opositores não passam para Flávia de ridícula ostentação... E o mais irônico de tudo isso é que foi exatamente Flávia a responsável pela indução desse conceito na cabeça de muita gente em Piancó. É que várias pessoas, por verem a oposição debatendo-se para se fazer ouvir, passaram a dizer (inerentemente às ações dos oposicionistas de Flávia) que nossa Câmara Municipal virou um circo.

Flávia simplesmente impôs à sua bancada boicotar o mais possível as ações parlamentares da bancada oposicionista, e o resultado (para não ir mais longe) foi a oposição valer-se da inusitada “Campanha Participa, Cidadão”, que consiste no sorteio de brindes entre os que permanecerem na galeria da Câmara até o final das sessões ordinárias.

Flávia conhece, por experiência própria e por intuição, a subserviência e o grau de mediocridade e covardia dessas submissas criaturas. Conhece o preço delas (viu isso muito bem nas campanhas para sua eleição e reeleição). Sabe quando e como comprá-las, e a um valor bem insignificante, porque sabe que elas valem muito pouco. Flávia sabe que elas não têm compromisso coletivo algum com Piancó. Recebam elas algum favorecimento, e Piancó pode sucumbir.

Flávia sabe que muitos de seus adversários, que permanecem calados diante de tantos desatinos político-administrativos que ela comete, assim procedem porque vislumbram uma possibilidade de serem chamados por ela... Flávia sabe que muitos dos que alardeiam lutar por Piancó, na estrita verdade, lutam apenas por manobras e favorecimentos políticos. Deem-se-lhes cargos, posição de relevo, status, enfim, espaço no fisiologismo, e eles terão mil e um argumentos para justificar sua adesão a Flávia...

Flávia (inteligente como é) evidentemente conhece a venalidade política e a cobiça dos que não têm compromisso algum com a coletividade de Piancó, e sabe que uma das características da covardia deles é o silêncio...

Calam-se uns, por terem o estereotipado “problema de barriga” (destituídos que são da “solução de dignidade” de se contentarem com um bocado seco e, com ele, a honra, a vergonha, o caráter); calam-se outros, pelo nojento servilismo político, que os converte em verdadeiros capachos, superlativamente subservientes e bajuladores; calam-se vários, enfim, pelo imoral fisiologismo, que os privilegia e favorece como se fossem eles os únicos responsáveis pela elegibilidade de seus protetores, ou melhor, de seus sócios no repasto do dinheiro público... Silêncio dos malditos!... Vil omissão dos traidores de Piancó!...

No tocante a estas considerações sobre PRECONCEITO e PERSEGUIÇÃO no governo de Flávia, convém, e muito, ver alguns pontos da matéria “Piancó vive um dos piores momentos administrativos”, da edição de nº 158, de 7 a 27/10/2009, do jornal A Folha do Vale:

“Uma gestão que começou com pompas e paetês, mas chega ao seu quinto ano mal falada e desacreditada. Mulher de verbo manso e convincente diante de um microfone, embora nos bastidores do poder carregue a fama de rancorosa e intolerante, conforme alguns dos seus ex-aliados, a prefeita Flávia Galdino (PP), quando iniciou seu governo, parecia, inevitavelmente, destinada ao estrelato político regional, mas o brilho de algumas boas ações suas foi aos poucos sendo ofuscado por outras tantas desastrosas.
[...]
“A prefeita teve as contas de 2005, primeiro ano de sua gestão, reprovadas pelo Tribunal de Contas e não deliberadas pela Câmara Municipal, o que torna Flávia inelegível, e responde a vários processos por improbidade administrativa, além da Ação Cível Pública contra o Município por irregularidades na realização de um segundo concurso público e o não chamamento de grande parte dos aprovados no primeiro certame [...] ausência da prefeita e, muitas vezes, o que é pior, sua incomunicabilidade até com os próprios aliados. “Eu não tenho dúvida de que essa é uma das piores gestões do Município, porque os prefeitos anteriores também atravessaram crises, mas viviam aqui, junto com o povo, recebendo as pessoas e as entidades, mas a prefeita vive fora e, quando chega em Piancó, ela se esconde, e seu contato é apenas com um grupinho muito pequeno de pessoas”, lamenta o vereador Sousinha.
[...]
“As ingerências administrativas internas e a dificuldade da prefeita em ouvir e atender a alguns de seus aliados têm levado Flávia a perder companheiros históricos e importantes, a exemplo do ex-vereador Joca Brasilino, do vereador Sousinha, do empresário André Galdino, fundamental na eleição e reeleição da Doutora; e da vereadora Cotil, que, na sessão da Câmara do último sábado, anunciou seu rompimento com a prefeita, depois de décadas integrada ao grupo Galdino. Sem contar os insatisfeitos, entre os quais o próprio pai de Flávia, o ex-prefeito Gil Galdino, que não esconde sua insatisfação com os rumos atuais da administração municipal.
[...]
“Além dos inúmeros problemas administrativos já existentes, entre os quais denúncias de irregularidades em todos os setores, contas rejeitadas, concurso público anulado, atraso de salário, demissão de prestadores de serviço, inclusive garis, abandono da zona rural e nenhuma obra com recursos próprios [...] suspensão de alguns serviços básicos do Município, entre os quais o transporte de estudantes universitários para Patos, a Cozinha Comunitária, o Centro de Inclusão Produtiva, o Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas), o Centro de Convivência com o Idoso e as repartições terapêuticas e psiquiátricas.”

Sei (estou entre os que melhor sabem) que os favorecidos do fisiologismo do governo de Flávia encolerizam-se, ao lerem este texto, e são cinicamente capazes de assegurar que tudo o que aqui ficou explanado é falso. Espero, contudo, que também não o faça Flávia, a não ser que abdique do veredicto de sua consciência...

Gil, por sua vez, contrariadamente sabe quanto tudo isso que aqui ficou dito lhe custará para o resgate de sua proeminência política em Piancó, prejudicada pelo PRECONCEITO e PERSEGUIÇÃO no governo de Flávia...

Quanto a mim, eu não sabia que todo o meu empenho de lutar em Piancó contra a injustiça social, a opressão e exploração dos pobres, a desagregação familiar, a perseguição política, a improbidade pública, a corrupção, o fisiologismo, o cerceamento da liberdade de expressão, o preconceito elitista, iria levar-me a alvo do PRECONCEITO e da PERSEGUIÇÃO no governo de Flávia!...
Eu não sabia que esse governo pagava tão bem aos que lutam irredutivelmente pela liberdade de Piancó!...

Um comentário:

Unknown disse...

Brilhante, como sempre! Disse tudo que nós piancoenses temos vontade de dizer em alto e bom som. Parabéns.
Erotildes - Piancó-Pb

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