Como disse em minha matéria anterior, volto agora, aqui, “a Flávia, a Remígio Júnior e a Pádua, sem dúvida alguma as três personalidades que ora mais despertam expectativas na política e na opinião pública deste tão usurpado e espezinhado Piancó...”
Qualquer habitante daqui, por mais desavisado ou desatento que seja, tem convicção da influência da prefeita FLÁVIA GALDINO, do advogado REMÍGIO JÚNIOR e do vereador ANTÔNIO DE PÁDUA no atual conturbado contexto político de Piancó. E tal influência tem seus pontos positivos e negativos, que se refletem em muitos aspectos de nosso cotidiano.
Pertinente é, pois, discorrermos nós, formadores de opinião de Piancó, sobre essas três polêmicas figuras, que, ao mesmo tempo entrelaçadas e separadas por circunstâncias e contingências diversas, tanta apreensão e dúvidas vêm provocando em nossa conjuntura política.
Seria detestável omissão calarmos para a História as consequências provocadas em nosso Município por FLÁVIA GALDINO, REMÍGIO JÚNIOR e PÁDUA. Constituiria, sem dúvida, mais uma falha sumamente imperdoável de Piancó, em sua típica teimosia de dissimular a verdade, de perverter a evidência, de mascarar o óbvio. Dizendo melhor, não seria detestável omissão, seria, sim, detestável e desprezível covardia, atributo infelizmente tão comum, tão característico do Piancó de hoje...
E ainda mais conveniente se faz agora analisar o procedimento político de FLÁVIA, REMÍGIO JÚNIOR e PÁDUA, pelo fato de se aproximarem as eleições de 2010, e serem eles três talvez os protagonistas da mais acirrada logística eleitoral para aquele pleito, em Piancó. Isso em virtude de fatores concordantes e discordantes que politicamente os envolvem, e de certas atitudes e procedimentos seus que estabelecem entre eles um nexo lógico suficiente para, no tocante a considerações conjuntas sobre eles, agrupá-los numa tríade.
Importa, por esse ângulo, considerar FLÁVIA GALDINO no seu comportamento político-administrativo; REMÍGIO JÚNIOR, na sua dissimulada ingerência política; PÁDUA, no seu empenho de combater a corrupção em Piancó.
FLÁVIA GALDINO
Os dois mandatos de Flávia mostraram suficientemente a Piancó os prós e os contras do procedimento político-administrativo dela.
Eleita, primeiramente, à custa da preponderância política de seu pai, Gil Galdino, Flávia foi tida pela população como uma opção de mudança para a conservadora política de Piancó. Secundariamente, foi ela eleita, ainda sob a égide do pai, talvez como opção mais plausível dentre os demais candidatos, mas, sem dúvida, também em virtude de intenso bombardeio de promessas utópicas, do uso producente e oportuno da máquina administrativa, de alianças com certos grupos imediatistas e interesseiros em outros assuntos que não o progresso de Piancó.
Quem, conhecedor da realidade político-administrativa daqui, for capaz de negar ou esconder isso é um mentiroso, um covarde. Mas eu não duvido de que haja aqui alguém capaz de negar ou esconder isso... Aqui já se viram coisas muito piores, que atestam claramente o nível de degradação moral e política a que chegou o velho e deprimido Piancó...
Exímia médica, cativante e fraterna criatura, de brilhante inteligência e excelente desenvoltura social, dotada de invejáveis qualidades para a política, tais como carisma e eloquência, Flávia, no entanto, não se revela como verdadeira política para os padrões do início do Terceiro Milênio.
A despeito de haver trazido benefícios para Piancó como, dentre outros, o SAMU (indiscutivelmente importantíssimo), mas arraigadamente afeita ao mero sensacionalismo de resultados, Flávia, ao contrário de mobilização e arregimentação eleitoral pela verdadeira liderança e identificação popular, vale-se (contraditoriamente a seus atributos carismáticos) de outros meios (todos sobejamente sabidos e prováveis, mas dos quais, por questão de brevidade, não vem a propósito citar exemplos agora) para se fazer ouvir, para se fazer obedecer, para se fazer temer... Só mesmo um mentiroso e covarde seria capaz de negar isso...
Outro ponto que mostra plenamente a inaptidão ou indiferença de Flávia para adequar-se à nova consciência política deste início de século foi haver ela entrado politicamente em desconcerto com seu pai. A ouvir o experiente e veterano Gil Galdino, conhecedor íntimo e profundo do quadro político-social de Piancó, e – muito particularmente – das surpresas que nossa imprevisível política pode trazer aos menos avisados, preferiu Flávia seguir orientações outras, conquanto aparentemente atrativas e convincentes, não coadunadas, contudo, com o emaranhado das atitudes adequadas para a sustentabilidade política em Piancó. Deixou-se Flávia iludir pelo aparente, pelo novo, pelo avançado. E tanto assim o fez que chegou a induzir em sua gestão pública um “novo modelo” administrativo, extravagante e contraditório a ponto de, por exemplo, adotar o princípio de que não deveria ela manter assiduidade em seu gabinete governamental, mas, sim, ao invés disso, estar sempre a buscar em outras localidades benefícios para o Município. No “novo modelo” de Flávia, o diálogo do dirigente municipal com a população tornou-se irrelevante. Incrivelmente, não se afigurou possível no “novo modelo” de Flávia conciliar interação do governo municipal com a população com busca de melhorias para o Município.
A intolerância de Flávia para debater com a oposição os problemas fundamentais do Município salienta-se, talvez, como o emblema das falhas de sua administração. É o caso, por exemplo, da obsessiva pressão por ela exercida em seus súditos contra as ações parlamentares do vereador Antônio de Pádua.
Rigorosamente falando, não se viu até agora, pelo menos nesta segunda gestão de Flávia, em nenhum momento e em nenhum lugar, o debate cristalino, coeso, responsável, entre a situação e a oposição sobre assuntos relevantes para o Município. O que se tem visto (já enjoativamente) é a tenaz insistência da bancada da situação (subjugada a Flávia evidentemente) em cercear as iniciativas parlamentares do vereador Pádua, escudada no incoerente argumento de que aquele vereador, ao trazer à tona certos assuntos para debate na Câmara, quer tão somente aparecer, fazer-se notar.
Não se sabe se a Flávia não ocorre perceber que tal atitude é, no mínimo, ridícula e ofensiva à inteligência da população, além de macular a imagem de nosso Poder Legislativo, que, aos olhos das pessoas sérias e conscientes, está declinando para a mediocridade parlamentar. Também não se sabe se não ocorre a Flávia perceber que tal atitude pode trazer-lhe resultados eleitorais adversos.
Finalmente, para não ir mais além, Flávia – no cunho coronelista que vem imprimindo à sua atuação político-administrativa – tanto perpetrou quanto permitiu (e é o próprio Gil Galdino que reconhece e repudia) perseguições políticas que prejudicaram a liderança pública de seu pai. Flávia parece ignorar que Gil, embora à margem do poder, não perdeu ainda de todo a eminência de expoente eleitoral de Piancó. Ou Flávia, mesmo sabendo disso, não o leva a sério. Em ambos os casos, fica evidente sua imaturidade política.
Contrafeito, Gil sabe muito bem que, a continuar seguindo a impulsiva e imprudente linha política de Flávia, é bem possível que a liderança Galdino em Piancó venha a ruir. Sabe também muito bem Gil que há os que, como abutres, espreitam e maquinam a queda dessa liderança. Inquietante dilema político de Gil Galdino: continuar ou não apoiando eleitoralmente Flávia!... E as eleições de 2010 se aproximam...
REMÍGIO JÚNIOR
Foi realmente original e impressionante a imersão de Remígio Júnior nos últimos tempos na política de Piancó, ou, dizendo mais acertadamente, a apropriação por parte dele do poder político atual de Piancó. Não se pode esconder que hoje o homem forte dos Poderes Executivo e Legislativo de Piancó é Remígio Júnior. Quem ousar duvidar disso é um tolo, ou não conhece a contento a tessitura política de Piancó.
Como se movesse pacientemente as peças de um xadrez, Remígio Júnior, no seu intento de chegar a galgar predominância no Poder Público de Piancó, achou por bem ousar o lance de aproximar a prefeita Flávia Galdino do então governador Cássio Cunha Lima. E conseguiu. Flávia foi para Cássio. Simplesmente ela deu as costas a José Maranhão.
Mas é bom frisar (e muito bem) que a responsabilidade de apoio eleitoral a Cássio em Piancó compete fundamentalmente a Remígio Júnior. Ele é o testa de ferro, o vento a favor de Cássio Cunha Lima em Piancó. E também é bom frisar (e muito bem) que Flávia, nas eleições de 2010 e 2012 será simplesmente cabo eleitoral
Flávia assumiu compromissos eleitorais com Cássio, e o endossante desses compromissos foi Remígio Júnior. Ao bom entendedor isso basta para mostrar a quantas anda a influência política de Remígio Júnior em Piancó.
Há mais um fato significativo para essas considerações sobre a influência de Remígio Júnior em Piancó: a vereadora Cristiane Remígio, sua irmã, que (apesar da tensão e perplexidade por ela provocadas na população ao ir para Flávia) é, no quadro político atual de Piancó, um nome de forte projeção para disputar o Poder Executivo. Política à parte, convém notar que Cristiane tem um círculo de amizades muito sólido em Piancó, é carismática, meiga e envolvente, e dotada de impressionante sensibilidade humanística. Não resta dúvida de que isso, combinado com outros ingredientes da logística política de Piancó, é de suma importância para o caso de vir Remígio Júnior a lançar Cristiane como candidata a prefeita em 2012. E é óbvio que Cássio Cunha Lima sabe da potencialidade política de Cristiane Remígio em Piancó...
Mas, diante de tudo isso, surge um problema: a ligação de Cristiane a Flávia. É que muitos eleitores e simpatizantes de Cristiane não aprovaram tal ligação... Mais uma peça do xadrez político de Piancó para Remígio Júnior mover...
ANTÔNIO DE PÁDUA
Irredutível combatente da improbidade administrativa em Piancó, Pádua tornou-se uma espécie de espinha na garganta, de pedra no sapato de Flávia. E, por conexão, bem assim, igualmente, de Cristiane Remígio e de Remígio Júnior. Qualquer ato desses três que pelo menos potencialize improbidade será prontamente censurado por Pádua.
Tudo o que Pádua até agora já levou a efeito nessa direção de combate à corrupção em Piancó (veja-se seu site Pádua Leite.com) indica claramente que se estabeleceu uma ferrenha contenda político-administrativa ente Pádua, Flávia e Remígio Júnior. Tão ligados pelas circunstâncias e tão separados pelas ideologias. E aqui fica explicado o título desta matéria.
Se, por um lado, Flávia e sua obediente tropa de choque procuram – por todos os meios (muitos deles escusos) – obliterar a imagem político-parlamentar de Pádua, a população, por sua vez, vem-se voltando para Pádua e demonstrando ver nele um referencial de mudança do continuísmo político de Piancó. A quem quiser comprovar isso é muito simples: basta fazer uma pesquisa séria de opinião a respeito da projeção político-parlamentar de Pádua. Eu estou, a meu modo, fazendo isso pacientemente. E os que me imitarem haverão de dar-me razão.
A essa altura, bem posso dizer que, assim como seria indolência negar a evolução de Remígio Júnior e de Cristiane Remígio no cenário eleitoral do Piancó de hoje, também seria indolência maior negar que Flávia e seus seguidores estão-se transformando nos melhores cabos eleitorais de Pádua.
Remígio Júnior (pela sua larga experiência na vivência da sociologia política de Piancó) é suficientemente perspicaz e inteligente para perceber essa projeção de Pádua. Louco seria quem pensasse o contrário...
E Flávia – a contraditora número um de Pádua – nada mais é agora do que cabo eleitoral. Candidatos a prefeito de Piancó poderão ser Pádua, Cristiane Remígio, Remígio Júnior e tantos outros... só não Flávia... Isso fará diferença em muitos pontos da campanha eleitoral de 2012...
Mas é bom não esquecer que há muita gente a chamar a cabo eleitoral Flávia Galdino de “Guerreira”, “Anita Garibaldi”, “Joana d´Arc” e “Maeinha”... e isso também poderá fazer muita diferença na campanha de 2012. Afinal, os que tratam Flávia assim têm título eleitoral... Aos maus entendedores da política de Piancó vem-me a propósito agora dizer: eu não trato Flávia assim, apenas digo (e todos sabem) que há muita gente que a trata assim...
Dispondo de Cristiane Remígio como potencial forte candidata a prefeita de Piancó, e percebendo quanto Pádua vem evoluindo na aceitação da população para pleitear nosso Poder Executivo, vai ter Remígio Júnior muito em que pensar daqui para 2012... E nós, eleitores de Piancó, também...
Pelo exposto, presumo não haver sido despropositada minha afirmação intituladora desta matéria de que Flávia, Remígio Júnior e Pádua constituem a CONTROVERTIDA TRINDADE DA INQUIETAÇÃO POLÍTICA DE PIANCÓ.
Qualquer habitante daqui, por mais desavisado ou desatento que seja, tem convicção da influência da prefeita FLÁVIA GALDINO, do advogado REMÍGIO JÚNIOR e do vereador ANTÔNIO DE PÁDUA no atual conturbado contexto político de Piancó. E tal influência tem seus pontos positivos e negativos, que se refletem em muitos aspectos de nosso cotidiano.
Pertinente é, pois, discorrermos nós, formadores de opinião de Piancó, sobre essas três polêmicas figuras, que, ao mesmo tempo entrelaçadas e separadas por circunstâncias e contingências diversas, tanta apreensão e dúvidas vêm provocando em nossa conjuntura política.
Seria detestável omissão calarmos para a História as consequências provocadas em nosso Município por FLÁVIA GALDINO, REMÍGIO JÚNIOR e PÁDUA. Constituiria, sem dúvida, mais uma falha sumamente imperdoável de Piancó, em sua típica teimosia de dissimular a verdade, de perverter a evidência, de mascarar o óbvio. Dizendo melhor, não seria detestável omissão, seria, sim, detestável e desprezível covardia, atributo infelizmente tão comum, tão característico do Piancó de hoje...
E ainda mais conveniente se faz agora analisar o procedimento político de FLÁVIA, REMÍGIO JÚNIOR e PÁDUA, pelo fato de se aproximarem as eleições de 2010, e serem eles três talvez os protagonistas da mais acirrada logística eleitoral para aquele pleito, em Piancó. Isso em virtude de fatores concordantes e discordantes que politicamente os envolvem, e de certas atitudes e procedimentos seus que estabelecem entre eles um nexo lógico suficiente para, no tocante a considerações conjuntas sobre eles, agrupá-los numa tríade.
Importa, por esse ângulo, considerar FLÁVIA GALDINO no seu comportamento político-administrativo; REMÍGIO JÚNIOR, na sua dissimulada ingerência política; PÁDUA, no seu empenho de combater a corrupção em Piancó.
FLÁVIA GALDINO
Os dois mandatos de Flávia mostraram suficientemente a Piancó os prós e os contras do procedimento político-administrativo dela.
Eleita, primeiramente, à custa da preponderância política de seu pai, Gil Galdino, Flávia foi tida pela população como uma opção de mudança para a conservadora política de Piancó. Secundariamente, foi ela eleita, ainda sob a égide do pai, talvez como opção mais plausível dentre os demais candidatos, mas, sem dúvida, também em virtude de intenso bombardeio de promessas utópicas, do uso producente e oportuno da máquina administrativa, de alianças com certos grupos imediatistas e interesseiros em outros assuntos que não o progresso de Piancó.
Quem, conhecedor da realidade político-administrativa daqui, for capaz de negar ou esconder isso é um mentiroso, um covarde. Mas eu não duvido de que haja aqui alguém capaz de negar ou esconder isso... Aqui já se viram coisas muito piores, que atestam claramente o nível de degradação moral e política a que chegou o velho e deprimido Piancó...
Exímia médica, cativante e fraterna criatura, de brilhante inteligência e excelente desenvoltura social, dotada de invejáveis qualidades para a política, tais como carisma e eloquência, Flávia, no entanto, não se revela como verdadeira política para os padrões do início do Terceiro Milênio.
A despeito de haver trazido benefícios para Piancó como, dentre outros, o SAMU (indiscutivelmente importantíssimo), mas arraigadamente afeita ao mero sensacionalismo de resultados, Flávia, ao contrário de mobilização e arregimentação eleitoral pela verdadeira liderança e identificação popular, vale-se (contraditoriamente a seus atributos carismáticos) de outros meios (todos sobejamente sabidos e prováveis, mas dos quais, por questão de brevidade, não vem a propósito citar exemplos agora) para se fazer ouvir, para se fazer obedecer, para se fazer temer... Só mesmo um mentiroso e covarde seria capaz de negar isso...
Outro ponto que mostra plenamente a inaptidão ou indiferença de Flávia para adequar-se à nova consciência política deste início de século foi haver ela entrado politicamente em desconcerto com seu pai. A ouvir o experiente e veterano Gil Galdino, conhecedor íntimo e profundo do quadro político-social de Piancó, e – muito particularmente – das surpresas que nossa imprevisível política pode trazer aos menos avisados, preferiu Flávia seguir orientações outras, conquanto aparentemente atrativas e convincentes, não coadunadas, contudo, com o emaranhado das atitudes adequadas para a sustentabilidade política em Piancó. Deixou-se Flávia iludir pelo aparente, pelo novo, pelo avançado. E tanto assim o fez que chegou a induzir em sua gestão pública um “novo modelo” administrativo, extravagante e contraditório a ponto de, por exemplo, adotar o princípio de que não deveria ela manter assiduidade em seu gabinete governamental, mas, sim, ao invés disso, estar sempre a buscar em outras localidades benefícios para o Município. No “novo modelo” de Flávia, o diálogo do dirigente municipal com a população tornou-se irrelevante. Incrivelmente, não se afigurou possível no “novo modelo” de Flávia conciliar interação do governo municipal com a população com busca de melhorias para o Município.
A intolerância de Flávia para debater com a oposição os problemas fundamentais do Município salienta-se, talvez, como o emblema das falhas de sua administração. É o caso, por exemplo, da obsessiva pressão por ela exercida em seus súditos contra as ações parlamentares do vereador Antônio de Pádua.
Rigorosamente falando, não se viu até agora, pelo menos nesta segunda gestão de Flávia, em nenhum momento e em nenhum lugar, o debate cristalino, coeso, responsável, entre a situação e a oposição sobre assuntos relevantes para o Município. O que se tem visto (já enjoativamente) é a tenaz insistência da bancada da situação (subjugada a Flávia evidentemente) em cercear as iniciativas parlamentares do vereador Pádua, escudada no incoerente argumento de que aquele vereador, ao trazer à tona certos assuntos para debate na Câmara, quer tão somente aparecer, fazer-se notar.
Não se sabe se a Flávia não ocorre perceber que tal atitude é, no mínimo, ridícula e ofensiva à inteligência da população, além de macular a imagem de nosso Poder Legislativo, que, aos olhos das pessoas sérias e conscientes, está declinando para a mediocridade parlamentar. Também não se sabe se não ocorre a Flávia perceber que tal atitude pode trazer-lhe resultados eleitorais adversos.
Finalmente, para não ir mais além, Flávia – no cunho coronelista que vem imprimindo à sua atuação político-administrativa – tanto perpetrou quanto permitiu (e é o próprio Gil Galdino que reconhece e repudia) perseguições políticas que prejudicaram a liderança pública de seu pai. Flávia parece ignorar que Gil, embora à margem do poder, não perdeu ainda de todo a eminência de expoente eleitoral de Piancó. Ou Flávia, mesmo sabendo disso, não o leva a sério. Em ambos os casos, fica evidente sua imaturidade política.
Contrafeito, Gil sabe muito bem que, a continuar seguindo a impulsiva e imprudente linha política de Flávia, é bem possível que a liderança Galdino em Piancó venha a ruir. Sabe também muito bem Gil que há os que, como abutres, espreitam e maquinam a queda dessa liderança. Inquietante dilema político de Gil Galdino: continuar ou não apoiando eleitoralmente Flávia!... E as eleições de 2010 se aproximam...
REMÍGIO JÚNIOR
Foi realmente original e impressionante a imersão de Remígio Júnior nos últimos tempos na política de Piancó, ou, dizendo mais acertadamente, a apropriação por parte dele do poder político atual de Piancó. Não se pode esconder que hoje o homem forte dos Poderes Executivo e Legislativo de Piancó é Remígio Júnior. Quem ousar duvidar disso é um tolo, ou não conhece a contento a tessitura política de Piancó.
Como se movesse pacientemente as peças de um xadrez, Remígio Júnior, no seu intento de chegar a galgar predominância no Poder Público de Piancó, achou por bem ousar o lance de aproximar a prefeita Flávia Galdino do então governador Cássio Cunha Lima. E conseguiu. Flávia foi para Cássio. Simplesmente ela deu as costas a José Maranhão.
Mas é bom frisar (e muito bem) que a responsabilidade de apoio eleitoral a Cássio em Piancó compete fundamentalmente a Remígio Júnior. Ele é o testa de ferro, o vento a favor de Cássio Cunha Lima em Piancó. E também é bom frisar (e muito bem) que Flávia, nas eleições de 2010 e 2012 será simplesmente cabo eleitoral
Flávia assumiu compromissos eleitorais com Cássio, e o endossante desses compromissos foi Remígio Júnior. Ao bom entendedor isso basta para mostrar a quantas anda a influência política de Remígio Júnior em Piancó.
Há mais um fato significativo para essas considerações sobre a influência de Remígio Júnior em Piancó: a vereadora Cristiane Remígio, sua irmã, que (apesar da tensão e perplexidade por ela provocadas na população ao ir para Flávia) é, no quadro político atual de Piancó, um nome de forte projeção para disputar o Poder Executivo. Política à parte, convém notar que Cristiane tem um círculo de amizades muito sólido em Piancó, é carismática, meiga e envolvente, e dotada de impressionante sensibilidade humanística. Não resta dúvida de que isso, combinado com outros ingredientes da logística política de Piancó, é de suma importância para o caso de vir Remígio Júnior a lançar Cristiane como candidata a prefeita em 2012. E é óbvio que Cássio Cunha Lima sabe da potencialidade política de Cristiane Remígio em Piancó...
Mas, diante de tudo isso, surge um problema: a ligação de Cristiane a Flávia. É que muitos eleitores e simpatizantes de Cristiane não aprovaram tal ligação... Mais uma peça do xadrez político de Piancó para Remígio Júnior mover...
ANTÔNIO DE PÁDUA
Irredutível combatente da improbidade administrativa em Piancó, Pádua tornou-se uma espécie de espinha na garganta, de pedra no sapato de Flávia. E, por conexão, bem assim, igualmente, de Cristiane Remígio e de Remígio Júnior. Qualquer ato desses três que pelo menos potencialize improbidade será prontamente censurado por Pádua.
Tudo o que Pádua até agora já levou a efeito nessa direção de combate à corrupção em Piancó (veja-se seu site Pádua Leite.com) indica claramente que se estabeleceu uma ferrenha contenda político-administrativa ente Pádua, Flávia e Remígio Júnior. Tão ligados pelas circunstâncias e tão separados pelas ideologias. E aqui fica explicado o título desta matéria.
Se, por um lado, Flávia e sua obediente tropa de choque procuram – por todos os meios (muitos deles escusos) – obliterar a imagem político-parlamentar de Pádua, a população, por sua vez, vem-se voltando para Pádua e demonstrando ver nele um referencial de mudança do continuísmo político de Piancó. A quem quiser comprovar isso é muito simples: basta fazer uma pesquisa séria de opinião a respeito da projeção político-parlamentar de Pádua. Eu estou, a meu modo, fazendo isso pacientemente. E os que me imitarem haverão de dar-me razão.
A essa altura, bem posso dizer que, assim como seria indolência negar a evolução de Remígio Júnior e de Cristiane Remígio no cenário eleitoral do Piancó de hoje, também seria indolência maior negar que Flávia e seus seguidores estão-se transformando nos melhores cabos eleitorais de Pádua.
Remígio Júnior (pela sua larga experiência na vivência da sociologia política de Piancó) é suficientemente perspicaz e inteligente para perceber essa projeção de Pádua. Louco seria quem pensasse o contrário...
E Flávia – a contraditora número um de Pádua – nada mais é agora do que cabo eleitoral. Candidatos a prefeito de Piancó poderão ser Pádua, Cristiane Remígio, Remígio Júnior e tantos outros... só não Flávia... Isso fará diferença em muitos pontos da campanha eleitoral de 2012...
Mas é bom não esquecer que há muita gente a chamar a cabo eleitoral Flávia Galdino de “Guerreira”, “Anita Garibaldi”, “Joana d´Arc” e “Maeinha”... e isso também poderá fazer muita diferença na campanha de 2012. Afinal, os que tratam Flávia assim têm título eleitoral... Aos maus entendedores da política de Piancó vem-me a propósito agora dizer: eu não trato Flávia assim, apenas digo (e todos sabem) que há muita gente que a trata assim...
Dispondo de Cristiane Remígio como potencial forte candidata a prefeita de Piancó, e percebendo quanto Pádua vem evoluindo na aceitação da população para pleitear nosso Poder Executivo, vai ter Remígio Júnior muito em que pensar daqui para 2012... E nós, eleitores de Piancó, também...
Pelo exposto, presumo não haver sido despropositada minha afirmação intituladora desta matéria de que Flávia, Remígio Júnior e Pádua constituem a CONTROVERTIDA TRINDADE DA INQUIETAÇÃO POLÍTICA DE PIANCÓ.
2 comentários:
Análise perfeita!
EROTILDES PIANCÓ-PB
Ola meu Ex-Professor, Gostei do seu Artigo. ( nao sei se ainda lembras de mim, Terezinha Leite )QuaNDO TENHO UM TEMPINHO, dou uma olhadinha nas Colunas do nosso Pianco. Parabens
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