segunda-feira, 8 de junho de 2009

“FALAR DE FLÁVIA”: O SÓRDIDO ESTEREÓTIPO DO CINISMO

Inquestionavelmente, ao longo dos séculos, a burguesia dominante sempre se valeu de todos os meios de opressão possíveis para calar os governados, os pobres, os desvalidos, a gentalha, como costuma a burguesia qualificar os que lhe estão sob o domínio.

Em Piancó tal situação é das piores que se possa imaginar. Seria pecado alguém ousar dizer o contrário. Os que bajulam a burguesia dominante, nos casos que dizem respeito à sustentabilidade do poder, inescrupulosamente atemorizam, intimidam, assombram, assustam, subvertem valores éticos, tramam, urdem maledicências de toda a sorte, fuxicam, avacalham, enganam, tecem intrigas e mexericos, apropriam-se da palavra como se somente a eles coubesse o legítimo direito da expressão do pensamento, falseiam conceitos, deturpam princípios, ditam regras opressivas, detratam, injuriam, segregam, perseguem, punem, oprimem. Seria pecado ainda maior alguém se aventurar a dizer que tudo isso não possa ser provado e comprovado em Piancó.

Mas, de todos esses males, um aqui se sobressai imponente: o CINISMO. Sim, isso mesmo: o CINISMO. O CINISMO em Piancó impera para muitos como uma vocação, uma obsessão, uma religião.

Tanto assim é, tão arraigado está o CINISMO nas mentes mesquinhas daqui, que os que assim procedem nem sabem conceituar suas manifestações de CINISMO, não sabem discernir o CINISMO do BRIO, qualidade que, nesse sentido, contrasta com ele. Isso simplesmente constitui a vitória da subversão da burguesia opressiva no processo de alienação e dominação das classes que lhe estão submetidas.

Dentre as incontáveis manifestações de CINISMO em Piancó, que tanto têm contribuído para infundir o repugnante sectarismo político desta desamparada terra, vejamos a trilhada expressão “FALAR DE FLÁVIA”, que já se converteu num estereótipo de reação à verdade dos fatos, na boca dos CÍNICOS daqui.

Somente quem é mesmo eminentemente CÍNICO é capaz de dizer, de insinuar que o referir-se alguém a assuntos de domínio público da alçada governamental da prefeita Flávia Galdino constitua detração, ofensa, difamação, menosprezo à pessoa dela, ou, a propósito dessa argumentação, constitua
FALAR MAL DE FLÁVIA.

Mas o significado atribuído pelos CÍNICOS daqui à expressão “FALAR DE FLÁVIA”, da qual eles – CINICAMENTE – suprimem o MAL, e trabalham, na sua infame indução, apenas com a expressão “FALAR DE FLÁVIA”, é, indiscutivelmente:
FALAR MAL DE FLÁVIA.

Essas indolentes criaturas procuram inculcar na opinião pública que os críticos de Flávia (no mais das vezes seus melhores colaboradores, por lhe apontarem falhas administrativas e sugerirem-lhe soluções, como é o caso do Dr. Remígio Júnior e do vereador Pádua) estão a FALAR MAL DE FLÁVIA, e devem, por isso, ser punidos, por exemplo, com demissões, com exclusão de certas prerrogativas, com menosprezo. E daí resulta toda espécie de malefícios: perseguições, discriminações, infâmia, malevolência, perjúrio até, opressão, intimidação, ameaça, desavença, ódio...

Abundantíssimos são os exemplos que comprovam o que acima ficou explanado, mas, por ora, vejam-se apenas estes, suficientemente elucidativos dessa torpe distorção da verdade pelos CÍNICOS (abundantíssimos também) de Piancó. Perdoem-me os estimados leitores e leitoras as repetições e redundâncias, ora tão necessárias para a compenetração desses oportunos argumentos:

No entender dos CÍNICOS daqui, quando o Dr. REMÍGIO JÚNIOR estava, na Rádio Nativa, a apontar falhas administrativas, plenamente prováveis, da prefeita Flávia Galdino, e sugerindo-lhe soluções satisfatórias, ele estava
FALANDO (MAL) DA PREFEITA FLÁVIA.

No entender dos CÍNICOS daqui, quando, igualmente, REGINALDO ROSA SHOW, no seu legítimo papel de cidadão e comunicador, estava na Rádio Nativa, a cobrar da prefeita Flávia Galdino providências para assuntos de interesse público, reclamados pela população, ele estava FALANDO (MAL) DA PREFEITA FLÁVIA.

No entender dos CÍNICOS daqui, quando ESMAILDO PEREIRA, diretor da Rádio Comunitária Nativa, firmou um contrato com a Câmara Municipal de Piancó (da qual era presidente a vereadora Juciana Remígio, esposa do Dr. Remígio Júnior) para divulgação dos trabalhos parlamentares daquela Casa pela Rádio Nativa, Esmaildo deveria não firmar o contrato porque o Dr. Remígio Júnior iria, na Rádio Nativa,
FALAR (MAL) DA PREFEITA FLÁVIA.

No entender dos CÍNICOS daqui, quando, por sua vez, ANTÔNIO CABRAL, na Rádio Nativa, a pedido de vários setores da sociedade, fez o mesmo que Reginaldo Rosa Show, apelando à prefeita Flávia Galdino que determinasse a solução de inúmeras questões de sua gestão pública, ele estava a
FALAR (MAL) DA PREFEITA FLÁVIA.

Por fim, no entender dos CÍNICOS daqui, e talvez como o exemplo mais frisante desses, quando eu (para os CÍNICOS daqui, o intolerável CHICO JÓ), ao longo do controverso e polêmico programa Debatendo Piancó, por mim apresentado na Rádio Nativa - para citar apenas alguns poucos casos - critiquei ações administrativas da prefeita Flávia Galdino, como a retirada dos canteiros centrais, bancos e árvores do trecho da avenida José Américo compreendido pelo centro comercial da cidade; sugeri-lhe a reposição dos canteiros, bancos e árvores; sugeri-lhe projetos comunitários sustentáveis para Piancó; clamei por ações por parte dela de inclusão cultural para nossa juventude; colaborei com Carminha Vicente para implantação do Projeto Nossa Terra Solidária em Piancó, para o qual pedimos a atenção da prefeita Flávia; suscitei-lhe a parceria de Piancó com os demais municípios por onde passou a Coluna Prestes, como ação sensibilizadora para a criação do Roteiro Turístico da Passagem da Coluna Prestes na Paraíba; insinuei-lhe a contribuição do Poder Público em prol do Projeto Pintando o Sertão, por mim concebido, como fator de promoção cultural dos talentos em artes plásticas do Sertão Paraibano; defendi (sinceramente, faço questão de enfatizar) uma pacificação política em Piancó, em apoio à prefeita Flávia Galdino, como candidata a deputada estadual, por reconhecer-lhe os dotes singulares de que ela dispõe – particularmente o carisma e a eloquência – para a política, e por projetos de relevância regional por ela concebidos e levados a cabo, em Piancó, como o Consórcio Intermunicipal de Saúde e o SAMU; estava a FALAR (MAL) DA PREFEITA FLÁVIA.

Dos supramencionados admoestadores da prefeita Flávia, com exceção do Dr. Remígio Júnior, todos sofreram retaliações, pois foram tidos como detratores dela, ou, para melhor concatenação com o presente raciocínio, estavam a
“FALAR DE FLÁVIA”, a FALAR (MAL) DE FLÁVIA.

Quanto ao vereador Antônio de Pádua Pereira Leite (Pádua), que tão assídua e assertivamente aponta (com irrefutáveis fundamentos) falhas administrativas da prefeita Flávia, não sei o que dizem os CÍNICOS daqui.

Sei, sim, que a corda sempre rebenta pelo lado mais fraco, mas também sei que várias cordas entrelaçadas são mais difíceis de romper. Não sei, porém, se Reginaldo Rosa Show, Esmaildo Pereira e Antônio Cabral também o sabem.

Não preciso ir mais além, pois confio na inteligência de meus caríssimos leitores e leitoras para inferirem a que ponto chegou Piancó.

Confio nos que se preocupam com o bem dessa abandonada terra, nos que lutam intrepidamente por ela, nos que têm dignidade suficiente para defendê-la a qualquer custo, e orgulho-me de rematar essas considerações com o brado libertário e destemido de minha filha caçula Micheline:

“Meu Deus! Que vergonha! O que foi que fizeram com Piancó para ele ficar desse jeito?

Meu Deus! Que povo passivo, que povo inocente, e saber que eu faço parte desse povo, mas eu estou fazendo como meu pai, Chico Jó, estou reagindo. Estou reagindo pela minha terra, estou reagindo pelo meu povo, doa a quem doer.”

Tal qual disse minha filha Micheline: “Meu Deus! Que vergonha!” Que lástima para a inteligência de Piancó o sórdido estereótipo “FALAR DE FLÁVIA” dos CÍNICOS daqui!...



Um comentário:

Anônimo disse...

matéria brilhante, pertinente, oportuna, contundente, eloquente e acima de tudo independente. inspiração DIVINA!

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