A oposição tem apregoado alto e bom som que a prefeita Flávia Serra Galdino (PP) está desgastada politicamente... que não faz seu sucessor no Executivo de Piancó...
Tamanho tem sido o bombardeio de acusações desferidas pela bancada da oposição contra Flávia, que muitos (o mais deles oposicionistas) são levados a assegurar que ela perdeu totalmente a liderança política em Piancó.
Há os que afirmam que Flávia, por não mais ir disputar um cargo eletivo, simplesmente vai terminar seu mandato (se a Justiça não a impedir, dizem uns) e abandonar Piancó (mais do que já abandonou, dizem outros).
A saraivada de ações judiciais que os vereadores oposicionistas têm movido contra Flávia, por improbidades administrativas, é realmente impressionante. Coisa nunca vista em Piancó... e queira Deus nunca mais se veja...
Acusada de desmandos em sua gestão, Flávia tornou-se a sobrecarga do Ministério Público em Piancó, que não descansa de receber denúncias contra ela, impetradas pela oposição, incansável e irredutível em escarafunchar a ação administrativa de Flávia. Secretarias, programas federais, obras públicas, e vai por aí afora... Nada escapa...
Entretanto, excedendo-se, às vezes, em suas investidas, a oposição sai-se com impropriedades à sua atribuição de fiscalizar eticamente a gestão pública de Flávia, e é duramente criticada por isso por seus antagonistas, e, às vezes, até por correligionários e simpatizantes seus.
Como é de esperar, dos ataques e extrapolações da oposição contra Flávia resulta, às vezes também exorbitantemente, obstinada contra-ofensiva dela e de seus partidários. E é aí que começa o turbilhão... Dispondo da Rádio Nativa, para contrapor-se à oposição, e lançando habilmente mão de sua melíflua retórica persuasiva, Flávia busca convencer o povo de Piancó de que os adversários dela não têm razão nenhuma de acusá-la...
Mostrando-se plenamente segura do que afirma, Flávia esbraveja que o procedimento dos oposicionistas contra ela é atitude de quem não quer o bem de Piancó... Basta, para comprovar isso, ver como Flávia se vira contra a bancada de oposição, culpando-a da rejeição do Orçamento de 2010... e expondo e justificando os prejuízos que tal fato causou a Piancó...
Tudo o que a oposição atribui a Flávia de ilícito na gestão pública de Piancó, ela lhe retruca, na Rádio Nativa ou em qualquer lugar, com impassibilidade, firmeza e brilho argumentativo tais, que chegam até mesmo a instalar, principalmente nos ouvintes menos informados, dúvidas sobre a veracidade das acusações oposicionistas. Até que não seria exagero dizer que Flávia, com sua sagacidade retórica, tem procurado fazer com que as pessoas cheguem a duvidar de si mesmas, ou seja, de seus próprios pontos de vista... Absolutamente indiferentes às ações impetradas na Justiça contra Flávia, os simpatizantes dela se insurgem tenazmente contra a oposição.
Diante disso, aos que se propõem, de agora até as eleições de 2012, a analisar o desdobramento das manobras do conservador jogo político de Piancó, cumpre estabelecer a diferença entre a atuação administrativa (denunciada por uns, elogiada por outros) de Flávia e sua influência político-eleitoral (temida para uns, essencial para outros).
E, independentemente de ser Flávia culpada ou inocente do que lhe atribui a oposição, o certo é que essa contenda entre ela e seus adversários inevitavelmente terá reflexos nas eleições de 2012, em Piancó, e no apoio dela a seu pretenso sucessor.
Carisma e maleabilidade, expressividade e eloquência, audácia e temeridade caracterizam a personalidade de Flávia. Engenhosamente, tem ela conseguido combinar tais predicados a seu favor, e o resultado disso Piancó sabe muito bem: prefeita, por duas vezes consecutivas... e o risco (para a oposição, e até para alguns, por ora, da situação) de fazer seu sucessor...
Movida, porém, pela impulsividade e precipitação (senão também por outros motivos alardeados pela oposição), que tanto a distinguem, Flávia tem descurado da administração municipal e de sua interação direta com a sociedade.
Sua ausência à prefeitura, dizem muitos, tem favorecido os que disso tiram proveito para cometer várias das irregularidades apontadas pela oposição. E, pior ainda, quanto a tais irregularidades, Flávia costuma afirmar não ter delas conhecimento, o que leva seus opositores a criticar que, assim procedendo, ela grotescamente atenta contra a inteligência da população. Na atividade fiscalizadora dos vereadores oposicionistas, no Ministério Público e na Justiça, ficam, infelizmente, evidentes irregularidades administrativas imputadas a Flávia e a servidores seus...
O controverso outro lado da questão
Mas, se no campo administrativo Flávia tem sido alvo, por grande parte da coletividade, de severas críticas e desaprovação, não o é tanto assim no campo pessoal, profissional e político.
Com seu nome solidamente definido como ícone da saúde de Piancó, Flávia também se firma no consenso popular como a pessoa mais hábil e combativa nas questões de saúde publica. Quem conhece Piancó sabe que negar isso seria tolice ou insensatez. Não há como fugir da comprovação de tal fato, facilmente percebido pelas demonstrações de reconhecimento da população, não obstante as inúmeras acusações contra a administração de Flávia.
Se bem seja o SAMU um serviço público, um direito coletivo, nem por isso deixou a imagem de Flávia de ficar emblematicamente ligada a ele (pelo arrojo dela em consegui-lo) e, por extensão, à saúde pública de Piancó, em cujo campo tão convulsionado a indefinição da UTI do Hospital Regional Wenceslau Lopes tanto tem indignado a população piancoense e regional.
Percebendo, argutamente, tal indignação, Flávia mais uma vez fez seu nome retumbar na opinião pública, conseguindo uma Unidade de Pronto Atendimento - UPA 24h para Piancó. Rapidamente (quem vivencia o cotidiano de Piancó sabe) a população associou a UPA ao SAMU, e ambos a Flávia. Com isso, e com outras ações prometidas na saúde (algumas já conseguidas, a exemplo do Núcleo de Apoio à Saúde da Família - NASF), Flávia como que fechou definitivamente o elo entre sua influência na saúde publica de Piancó e a população piancoense e regional.
Consolidando-se, assim, ainda mais a preponderância de Flávia na saúde pública de Piancó, pode-se muito bem prever a vantagem política e logística que ela tirará disso para a campanha eleitoral de 2012, independentemente de qualquer que seja o resultado das ações que lhe mova a oposição.
A quem conhece a população piancoense, a maior parte acomodadamente indiferente à protestação, é fácil mostrar que, tenha Flávia a punição que tiver, pelas suas falhas administrativas (reconhecidas até por aliados seus), ainda assim, seu prestígio na saúde pública poderá dar-lhe respaldo de apoio eleitoral, talvez até decisivo, na campanha para prefeito de Piancó, em 2012.
Quanto a isso, comenta-se que há probabilidade de Flávia apoiar um destes cinco vultos gravitantes em torno da influência dela: Sales Lima, Daniel Galdino, André Galdino, Remígio Júnior e Cristiane Remígio.
No entanto, o nome do empresário André Galdino repercute como o mais provável candidato de Flávia a prefeito de Piancó, em 2012. Duas óbvias razões convergem para isso: André é parente consanguíneo de Flávia, e vem adquirindo ampla popularidade e liderança (principalmente no operariado), em virtude do impulso que ele tem dado à construção civil em Piancó e de seu carisma pessoal.
E cabe agora ressaltar: dizem que André é o candidato predileto de Gil Galdino... Se assim for, quem será o candidato predileto de Flávia?...
Como gestora pública tem Flávia, sem dúvida, frustrado as expectativas de muitas pessoas lúcidas, que a viram como protagonista de renovação positiva para Piancó. É que, decepcionantemente, tem Flávia permitido ingerências indesejáveis em seu governo, que contrariaram grande parte da população, e não se podem negar deslizes administrativos seus reprováveis, justificados pela oposição.
Mas a verdade é que não foi a política que tornou Flávia figura pública influente e notável: foi a saúde. Não fossem suas conquistas em prol da saúde de Piancó, talvez já lhe tivessem arrebatado (em decorrência de seu confuso governo) a relevância política.
Conhecedora profunda (pela sua percepção médica de pediatra), do infortúnio de tantas mães piancoenses pobres, muitas das quais definhadas, rodeadas de filhos esqueléticos e famintos, é bem provável que a liderança de Flávia emane basicamente de sua identificação com tais mães e outras mais. Porventura foram elas tocadas pelo que Flávia, introdutoriamente, exprimiu no seu comovente e inquietante livro DESNUTRIÇÃO – Crônica da Morte Anunciada (em co-autoria com o Dr. Cidoval Moraes):
“RETALHOS DE UMA MORTE
Muitas de nossas crianças voltam cedo à terra, logo nos primeiros meses de vida. Arrependeram-se de terem nascido ou não vieram preparadas para uma viagem mais longa?
Nascem mais para morrer do que para viver; mais para povoar os céus como anjos do que a terra, como homens.
Parece até que não é a terra que dá de comer às nossas crianças, mas antes são as nossas crianças que nascem para dar de comer à terra, para alimentar a terra do cemitério com a pouca carne do seu corpo.
E de que morrem tantas crianças?
Morrem de tudo, principalmente de fome.
São crianças de barrigas grandes sobre pernas finas, cujo sangue tem pouca tinta.
Elas morrem de velhice antes dos 30, vítimas da violência antes dos 20 e de fome, todos os dias.”
Tamanho tem sido o bombardeio de acusações desferidas pela bancada da oposição contra Flávia, que muitos (o mais deles oposicionistas) são levados a assegurar que ela perdeu totalmente a liderança política em Piancó.
Há os que afirmam que Flávia, por não mais ir disputar um cargo eletivo, simplesmente vai terminar seu mandato (se a Justiça não a impedir, dizem uns) e abandonar Piancó (mais do que já abandonou, dizem outros).
A saraivada de ações judiciais que os vereadores oposicionistas têm movido contra Flávia, por improbidades administrativas, é realmente impressionante. Coisa nunca vista em Piancó... e queira Deus nunca mais se veja...
Acusada de desmandos em sua gestão, Flávia tornou-se a sobrecarga do Ministério Público em Piancó, que não descansa de receber denúncias contra ela, impetradas pela oposição, incansável e irredutível em escarafunchar a ação administrativa de Flávia. Secretarias, programas federais, obras públicas, e vai por aí afora... Nada escapa...
Entretanto, excedendo-se, às vezes, em suas investidas, a oposição sai-se com impropriedades à sua atribuição de fiscalizar eticamente a gestão pública de Flávia, e é duramente criticada por isso por seus antagonistas, e, às vezes, até por correligionários e simpatizantes seus.
Como é de esperar, dos ataques e extrapolações da oposição contra Flávia resulta, às vezes também exorbitantemente, obstinada contra-ofensiva dela e de seus partidários. E é aí que começa o turbilhão... Dispondo da Rádio Nativa, para contrapor-se à oposição, e lançando habilmente mão de sua melíflua retórica persuasiva, Flávia busca convencer o povo de Piancó de que os adversários dela não têm razão nenhuma de acusá-la...
Mostrando-se plenamente segura do que afirma, Flávia esbraveja que o procedimento dos oposicionistas contra ela é atitude de quem não quer o bem de Piancó... Basta, para comprovar isso, ver como Flávia se vira contra a bancada de oposição, culpando-a da rejeição do Orçamento de 2010... e expondo e justificando os prejuízos que tal fato causou a Piancó...
Tudo o que a oposição atribui a Flávia de ilícito na gestão pública de Piancó, ela lhe retruca, na Rádio Nativa ou em qualquer lugar, com impassibilidade, firmeza e brilho argumentativo tais, que chegam até mesmo a instalar, principalmente nos ouvintes menos informados, dúvidas sobre a veracidade das acusações oposicionistas. Até que não seria exagero dizer que Flávia, com sua sagacidade retórica, tem procurado fazer com que as pessoas cheguem a duvidar de si mesmas, ou seja, de seus próprios pontos de vista... Absolutamente indiferentes às ações impetradas na Justiça contra Flávia, os simpatizantes dela se insurgem tenazmente contra a oposição.
Diante disso, aos que se propõem, de agora até as eleições de 2012, a analisar o desdobramento das manobras do conservador jogo político de Piancó, cumpre estabelecer a diferença entre a atuação administrativa (denunciada por uns, elogiada por outros) de Flávia e sua influência político-eleitoral (temida para uns, essencial para outros).
E, independentemente de ser Flávia culpada ou inocente do que lhe atribui a oposição, o certo é que essa contenda entre ela e seus adversários inevitavelmente terá reflexos nas eleições de 2012, em Piancó, e no apoio dela a seu pretenso sucessor.
Carisma e maleabilidade, expressividade e eloquência, audácia e temeridade caracterizam a personalidade de Flávia. Engenhosamente, tem ela conseguido combinar tais predicados a seu favor, e o resultado disso Piancó sabe muito bem: prefeita, por duas vezes consecutivas... e o risco (para a oposição, e até para alguns, por ora, da situação) de fazer seu sucessor...
Movida, porém, pela impulsividade e precipitação (senão também por outros motivos alardeados pela oposição), que tanto a distinguem, Flávia tem descurado da administração municipal e de sua interação direta com a sociedade.
Sua ausência à prefeitura, dizem muitos, tem favorecido os que disso tiram proveito para cometer várias das irregularidades apontadas pela oposição. E, pior ainda, quanto a tais irregularidades, Flávia costuma afirmar não ter delas conhecimento, o que leva seus opositores a criticar que, assim procedendo, ela grotescamente atenta contra a inteligência da população. Na atividade fiscalizadora dos vereadores oposicionistas, no Ministério Público e na Justiça, ficam, infelizmente, evidentes irregularidades administrativas imputadas a Flávia e a servidores seus...
O controverso outro lado da questão
Mas, se no campo administrativo Flávia tem sido alvo, por grande parte da coletividade, de severas críticas e desaprovação, não o é tanto assim no campo pessoal, profissional e político.
Com seu nome solidamente definido como ícone da saúde de Piancó, Flávia também se firma no consenso popular como a pessoa mais hábil e combativa nas questões de saúde publica. Quem conhece Piancó sabe que negar isso seria tolice ou insensatez. Não há como fugir da comprovação de tal fato, facilmente percebido pelas demonstrações de reconhecimento da população, não obstante as inúmeras acusações contra a administração de Flávia.
Se bem seja o SAMU um serviço público, um direito coletivo, nem por isso deixou a imagem de Flávia de ficar emblematicamente ligada a ele (pelo arrojo dela em consegui-lo) e, por extensão, à saúde pública de Piancó, em cujo campo tão convulsionado a indefinição da UTI do Hospital Regional Wenceslau Lopes tanto tem indignado a população piancoense e regional.
Percebendo, argutamente, tal indignação, Flávia mais uma vez fez seu nome retumbar na opinião pública, conseguindo uma Unidade de Pronto Atendimento - UPA 24h para Piancó. Rapidamente (quem vivencia o cotidiano de Piancó sabe) a população associou a UPA ao SAMU, e ambos a Flávia. Com isso, e com outras ações prometidas na saúde (algumas já conseguidas, a exemplo do Núcleo de Apoio à Saúde da Família - NASF), Flávia como que fechou definitivamente o elo entre sua influência na saúde publica de Piancó e a população piancoense e regional.
Consolidando-se, assim, ainda mais a preponderância de Flávia na saúde pública de Piancó, pode-se muito bem prever a vantagem política e logística que ela tirará disso para a campanha eleitoral de 2012, independentemente de qualquer que seja o resultado das ações que lhe mova a oposição.
A quem conhece a população piancoense, a maior parte acomodadamente indiferente à protestação, é fácil mostrar que, tenha Flávia a punição que tiver, pelas suas falhas administrativas (reconhecidas até por aliados seus), ainda assim, seu prestígio na saúde pública poderá dar-lhe respaldo de apoio eleitoral, talvez até decisivo, na campanha para prefeito de Piancó, em 2012.
Quanto a isso, comenta-se que há probabilidade de Flávia apoiar um destes cinco vultos gravitantes em torno da influência dela: Sales Lima, Daniel Galdino, André Galdino, Remígio Júnior e Cristiane Remígio.
No entanto, o nome do empresário André Galdino repercute como o mais provável candidato de Flávia a prefeito de Piancó, em 2012. Duas óbvias razões convergem para isso: André é parente consanguíneo de Flávia, e vem adquirindo ampla popularidade e liderança (principalmente no operariado), em virtude do impulso que ele tem dado à construção civil em Piancó e de seu carisma pessoal.
E cabe agora ressaltar: dizem que André é o candidato predileto de Gil Galdino... Se assim for, quem será o candidato predileto de Flávia?...
Como gestora pública tem Flávia, sem dúvida, frustrado as expectativas de muitas pessoas lúcidas, que a viram como protagonista de renovação positiva para Piancó. É que, decepcionantemente, tem Flávia permitido ingerências indesejáveis em seu governo, que contrariaram grande parte da população, e não se podem negar deslizes administrativos seus reprováveis, justificados pela oposição.
Mas a verdade é que não foi a política que tornou Flávia figura pública influente e notável: foi a saúde. Não fossem suas conquistas em prol da saúde de Piancó, talvez já lhe tivessem arrebatado (em decorrência de seu confuso governo) a relevância política.
Conhecedora profunda (pela sua percepção médica de pediatra), do infortúnio de tantas mães piancoenses pobres, muitas das quais definhadas, rodeadas de filhos esqueléticos e famintos, é bem provável que a liderança de Flávia emane basicamente de sua identificação com tais mães e outras mais. Porventura foram elas tocadas pelo que Flávia, introdutoriamente, exprimiu no seu comovente e inquietante livro DESNUTRIÇÃO – Crônica da Morte Anunciada (em co-autoria com o Dr. Cidoval Moraes):
“RETALHOS DE UMA MORTE
Muitas de nossas crianças voltam cedo à terra, logo nos primeiros meses de vida. Arrependeram-se de terem nascido ou não vieram preparadas para uma viagem mais longa?
Nascem mais para morrer do que para viver; mais para povoar os céus como anjos do que a terra, como homens.
Parece até que não é a terra que dá de comer às nossas crianças, mas antes são as nossas crianças que nascem para dar de comer à terra, para alimentar a terra do cemitério com a pouca carne do seu corpo.
E de que morrem tantas crianças?
Morrem de tudo, principalmente de fome.
São crianças de barrigas grandes sobre pernas finas, cujo sangue tem pouca tinta.
Elas morrem de velhice antes dos 30, vítimas da violência antes dos 20 e de fome, todos os dias.”
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