domingo, 22 de novembro de 2009

MANIFESTANTES PRÓ-FLÁVIA GALDINO DÃO SINAL, NA CÂMARA, DA ESPETACULARIZAÇÃO QUE PODERÁ ESTAR POR VIR

A grotesca cena desenrola-se na Galeria da Câmara Municipal de Piancó, na manhã do dia sete deste mês de novembro de 2009, véspera do aniversário dos 261 anos de Piancó. Importa muito (especialmente aos que mourejam pelo bem de Piancó) repetir isso enfaticamente: VÉSPERA DO ANIVERSÁRIO DOS 261 ANOS DE PIANCÓ!...

A Galeria está repleta de ocupantes. A maior parte deles não é assídua àquele ambiente parlamentar. Alguns provavelmente ali estão pela primeira vez, e poucos são os que vieram interessados em compenetrar-se da lisura e empenho dos vereadores e vereadoras em prol do bem comum de Piancó.
Muitos, no entanto, agrupadamente, demonstram ter vindo àquele parlamento mirim tão só com um único e exclusivo intento: vaiar, ridicularizar, desconcertar o vereador Antônio de Pádua Pereira Leite (PT), eleito pela Coligação “Piancó cada vez melhor”, da prefeita Flávia Serra Galdino (PP), e, hoje, ironicamente, convertido no maior opositor político dela.

Ostensivo e irreverente, o grupo manifestante pró-Flávia Galdino destaca-se facilmente (dentre as demais pessoas presentes na Galeria da Câmara) pela exteriorização de sua extravagância psicológica, pela impulsiva revelação de sua anarquia interior, pelo ridículo evidenciamento de seu desequilíbrio comportamental, pela cínica demonstração de seu servilismo e bajulação...

A cada enunciação hesitante, reticente ou corretiva do vereador Pádua, irrompe do grupo, uníssonamente, ensurdecedoramente, a vaia histérica e ululante. E, cumulando o absurdo, silvos estridentes de apitos!...
Silvos estridentes de apitos na Galeria da Câmara Municipal de Piancó, num momento em que não vem ao caso tal espécie de manifestação: a mais reveladora e vergonhosa comprovação do descompasso a que chegou nosso Legislativo!... O apitaço do descomedimento, do despropósito, da ridicularização...

Lotada, nas primeiras sessões do início deste ano (muito mais ainda em virtude da expectativa de muitas pessoas em torno da ação parlamentar do vereador Pádua), a Galeria da Câmara acabou por praticamente esvaziar-se, à medida que se foi consolidando a mesmice dos pronunciamentos dos parlamentares daquela Casa.

E a tanto chegou a indiferença da população pelas sessões da Câmara, que o vereador Pádua e seus demais pares da bancada de oposição à prefeita Flávia se viram compelidos a instituir a Campanha Participa, Cidadão, consistente de sorteio de brindes entre os que permanecessem na Galeria até o fim das sessões ordinárias.

Ainda assim, contudo, o público da Galeria não voltou a atingir o número de presentes das primeiras sessões deste ano. A presença premiada não foi atrativo suficiente para fazer o povo voltar a frequentar massiçamente a Galeria da Câmara.

Mas, em sendo assim, por que então a Galeria da Câmara estava abarrotada de gente na manhã daquele dia sete? Algum projeto, por acaso, extremamente relevante para Piancó iria ser debatido pelo Plenário, e, portanto, conviria a participação da coletividade para inteirar-se da importância da matéria em discussão? Ou estariam todos os presentes visando unicamente a concorrer ao brinde da Campanha Participa, Cidadão?
E por que aquele grupo predestinado a chasquear o vereador Pádua? Que grupo especial seria aquele, e quem o teria enviado à Galeria da Câmara para externar anarquia e perturbação?

Dentre essas dúvidas, desponta uma certeza: o grupo era pró-Flávia Galdino. Outra certeza: Flávia tem-se deixado levar pela algazarra de grupos agitadores, que a seguem obsessivamente naquelas situações em que ela precisa demonstrar a preponderância de sua imagem e de seu poder.

Flávia já demonstrou isso plenamente na Câmara, quando, ao defender-se de algo que lá lhe fosse imputado, ou ao tentar influenciar a votação de matérias de seu interesse, trazia manifestantes seus, que transformavam a Galeria num verdadeiro pandemônio.

Na sessão daquele dia sete, uma proposição de autoria do vereador Antônio de Pádua chamava a atenção não só dos membros da Câmara, mas também da população: uma representação com pedido de afastamento do vereador Antônio Leite (PT) da Presidência da Câmara.

Obviamente, a deliberação daquela matéria dependeria tão só da convicção de cada um dos vereadores e vereadoras. E o bom senso mostrava que de nada adiantaria ao público da Galeria da Câmara tentar persuadir os parlamentares pró ou contra o afastamento do vereador Antônio Leite da direção da Mesa Diretora daquela Casa.

E qual, pois, a razão daquele grupo agitador pró-Flávia na Galeria da Câmara? Qual o motivo do frenético apitaço? A resposta foi dada (e muito bem dada) pelo próprio grupo: RIDICULARIZAR O VEREADOR ANTÔNIO DE PÁDUA. Por quê? Por ser ele o autor da aludida representação contra o presidente Antônio Leite.


Logo após aquela sessão (em que o presidente Antônio Leite não foi afastado), sobreveio um conflito de membros da Câmara entre si e com terceiros, conflito que enodoou ainda mais
a negativa imagem de nosso Legislativo, já tão desacreditado por nossa sociedade.

Vergonhosamente para todo o Piancó, tal conflito e o apitaço da Galeria só serviram para confirmar a insensatez dos que os praticaram. Só serviram para corroborar a insistência da bancada situacionista em persistir dissimulando seus deslizes político-parlamentares, sua irredutibilidade em obedecer cegamente à prefeita Flávia Galdino, sem levar em conta que os interesses do Município se sobrepõem aos interesses dos governantes e ao suborno político.

Os motivos que levaram o vereador Pádua a pleitear o afastamento do vereador Antônio Leite da Presidência da Câmara falam por si sós. Toda a população sabe: são pertinentes, procedentes, inquestionáveis, e, por conseguinte, a ardilosa tentativa de camuflá-los só contribui para pô-los ainda mais em evidência, e ainda mais afrontar a inteligência da coletividade piancoense. Afrontar especialmente a lucidez das pessoas determinadas a coibir esse deplorável e sombrio estado de coisas. Esse delito contra Piancó, consequente da inescrupulosidade dos que renitem em admitir que estejam certos no erro da dissimulação, e em não aceitar de forma alguma a crítica dos que lhes pareçam estar errados no acerto da contestação.

Ousar esconder que, em virtude de sua cega e obstinada submissão a Flávia e ao jogo de interesses, não esteja a bancada situacionista a transgredir seu compromisso e responsabilidade de representar com seriedade o povo de Piancó, seria tão extravagante quanto querer negar a evidência da luz.
E ninguém melhor do que o presidente Antônio Leite tem consciência de tudo isso. Consciência que bem pode levá-lo a uma crise de consciência...

É irretorquível que a prefeita Flávia Galdino, tendo a seu mando a direção de nosso Legislativo, vem impondo aos membros de sua bancada o tolhimento da ação parlamentar da bancada oposicionista. E tem sido exatamente o presidente Antônio Leite o eixo dessa imposição de Flávia a seus obedientes subordinados.

Antônio Leite realmente bem pode vir a ter uma crise de consciência, porque ele sabe quanto lhe pode custar (principalmente à sua projeção política e à imagem de sua família) ficar, tal qual uma marionete, sem autonomia alguma, refém de transitórios favorecimentos, meramente à mercê da manipulação de Flávia.
Antônio sabe que essa sua atitude de submissão subverte frontalmente sua identidade de vereador eleito para representar o povo de Piancó e pugnar pelo bem comum do Município, independentemente de qualquer interesse político-partidário.

E bem que Antônio Leite já foi admoestado e aconselhado pelo vereador Pádua (e demais membros da bancada parlamentar oposicionista) a cumprir escrupulosamente seu papel de presidente da Câmara, sem o jugo da prefeita Flávia. Aliás, independentemente de política, todos os integrantes da bancada oposicionista estimam e admiram Antônio Leite, e, verdade seja dita, deprimem-se por ver as potencialidades políticas de Antônio Leite aprisionadas pelo controle e domínio de Flávia.

Mas Antônio persiste fiel e obediente (dizendo melhor, cegamente fiel e obediente) a Flávia. Dizem alguns que é por causa de cargos por ela concedidos a familiares dele; afirmam outros que Antônio tem de fazer o que Flávia quer porque foi graças a ela que ele se elegeu vereador; atribuem outros a obediência irrestrita de Antônio Leite a Flávia em virtude de seu vínculo partidário com ela.

Seja, contudo, como for, importa considerar que, por ser Antônio Leite correligionário de Flávia, não implica ter ele de avassalar-se a ela, seguindo-lhe, a torto e a direito, todas as ordens e caprichos. E, pior: transformando a Câmara num instrumento de malversação de Flávia. Quem tiver o descaramento de negar isso é nojentamente um canalha.

Passou o tempo, em Piancó, em que prefeitos conservadores e entranhados no fisiologismo se valiam (sem contestação por parte de ninguém) de sua maioria de vereadores na Câmara para assenhorearem-se totalmente do Executivo e do Legislativo, como suporte para sua dominação política.

Mas Flávia ainda persiste teimosamente nessa condenável prática política, sustendo-se no fisiologismo e clientelismo de seu governo, e não admitindo contestação a tal procedimento.

Mas os tempos mudaram, como tudo muda nesta vida, e surgiram (embora bem poucos) os que não admitem o conservadorismo e autoritarismo governamental de Flávia, tanto porque ela ainda não dispõe de uma escritura de posse de Piancó, passada em cartório, como patrimônio exclusivo seu.
Ela pode até deter o domínio e a subjugação de traidores de Piancó, mas (subordinada à sua obrigação de prestar contas de seus atos administrativos à população) tem forçosamente (gostando ou não) de suportar a contradição dos defensores da moralidade pública de Piancó...

Não só para tornar mais clara a transparência pública de Flávia e de sua bancada parlamentar, mas também para justificar o ardoroso empenho, naquela supracitada sessão, para manter Antônio Leite na Presidência da Câmara, seria conveniente, a bem da verdade, que Flávia e sua bancada provassem à população o contrário disto que afirmou o vereador Pádua:

“Por que afastar Antônio Leite ?
Muitas pessoas têm me questionado sobre os reais motivos do afastamento do vereador Antônio Leite. (...)
A bem da verdade, o que a Bancada Parlamentar da Oposição está fazendo é não deixar que a Câmara Municipal de Piancó esteja a serviço do Poder Executivo, eis que a prefeita Flávia Galdino insiste em boicotar o regular funcionamento daquela Casa Legislativa, utilizando-se das ações ou omissões do presidente daquela Casa, Antônio Leite, (...)

A Representação, proposta por mim contra o presidente daquela Câmara Municipal, denuncia a prática dos crimes de responsabilidade, improbidade administrativa, prevaricação e conduta incompatível com o decoro parlamentar perpetrados pelo presidente Antônio Leite, entre os quais destacamos:

1) Esvaziamento das Sessões: quando a prefeita Flávia Galdino tinha maioria na Câmara, ela orientava a sua bancada a não comparecer às sessões para votar projetos de lei de interesse da população. O presidente Antônio Leite, que não poderia faltar por ser presidente da Casa e ser obrigado a abrir os trabalhos parlamentares, que completava o quórum para deliberação simplesmente não aparecia. (...)

2) Processo das Contas rejeitadas da prefeita Flávia Galdino/2005: o Tribunal de Contas do Estado rejeitou a prestação de contas da prefeita Flávia Serra Galdino, referente ao ano de 2005. Esgotado o prazo para recurso, o TCE remeteu os 19 volumes do referido processo para a Câmara Municipal de Piancó deliberar sobre a rejeição. A prefeita precisaria de 2/3 dos vereadores para derrubar a decisão do TCE. Não conseguiu. O presidente, Antônio Leite, deveria remeter desde o dia 06 de junho de 2009, o processo ao Ministério Público Estadual para processar judicialmente a prefeita Flávia Galdino pelos desmandos administrativos que deram causa à rejeição de suas contas. Não o fez. Preferiu ele, presidente, arquivar os 19 volumes da prestação de contas.

3) Publicação de Leis Aprovadas pela Câmara: o vereador Pádua Leite (PT) apresentou o Projeto-de-Lei nº 009/2009, que obriga o poder público a convocar os aprovados em concurso público. O referido projeto foi aprovado por 2/3 dos vereadores. Não vetado pela prefeita nem sacionado, o referido projeto-de-lei deveria ser promulgado e publicado pelo presidente da Câmara para se transformar em lei. O que fez o presidente? Simplesmente arquivou o projeto-de-lei.

4) Repasses do Duodécimos: A prefeita de Piancó é obrigada a repassar à Câmara Municipal, todo dia 20 de cada mês, o duodécimo, que representa a importância de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais). Tendo o vereador Antônio Leite, a prefeita não repassa o valor total e quase sempre faz o repasse depois do dia 20, causando transtorno ao funcionamento da Câmara Municipal. O presidente, Antônio Leite, deveria, na condição de representante legal da Câmara Municipal, tomar as providências jurídicas para defender os interesses da Casa. O que ele faz. Simplesmente se omite e deixa a prefeita fazer o que bem quiser.

Vale salientar, que o próprio presidente da Câmara Municipal não esconde a sua subserviência à prefeita Flávia Galdino quando já disse em público que "tocaria fogo na Câmara se a prefeita mandasse.". Agora, está sendo processado criminalmente pelos inúmeros crimes praticados para atender os interesses da administração corrupta da prefeita Flávia Galdino.”

É lamentável, extremamente lamentável, sim, para a política piancoense a submissão de Antônio Leite a Flávia, em detrimento da projeção política dele.

Por que então é lamentável? Porque Antônio Leite dispõe de pelo menos dois requisitos politicamente significativos, que poderão levá-lo a uma posição mais autônoma e autêntica na esfera pública: a expressão verbal fluente e o tino político.

Quem detém esses dois predicados só se subordina politicamente a alguém se quiser. Bem ao revés disso, quem é dotado dessas qualidades impõe-se politicamente como líder, como ícone, como símbolo. Basta querer, e saber conquistar a população. Basta saber arrastar as massas. E qual o instrumento mais eficaz para arrastar as massas? A PALAVRA!...

E aqui cabe uma segunda asseveração: quem tem expressão verbal fluente, tino político e é capaz de arrastar as massas não se subordina politicamente a ninguém... E pode tornar-se um líder, um ícone, um símbolo político... Piancó tem um exemplo imortal disso: PADRE ARISTIDES FERREIRA DA CRUZ!... Foi exatamente pela sua expressão verbal fluente, tino político e capacidade de arrastar as massas que ele derrubou uma oligarquia praticamente imbatível, e tornou-se um líder, um ícone, um símbolo político em Piancó...

Tino político e submissão política de Antônio Leite. Qual dos dois lhe será mais promissor e a Piancó? O futuro há de dizer.

Recrudescerão, na Câmara, ou em outros lugares, apitaços e tumultos como aqueles do dia sete deste mês? A quem estiver convicto da degeneração política de Piancó talvez não seja preciso o futuro dizer...

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

PRECONCEITO E PERSEGUIÇÃO NO GOVERNO DE FLÁVIA: DUPLA DE DESGASTE DO RESGATE POLÍTICO DE GIL

Além da sistemática e inflexível PERSEGUIÇÃO POLÍTICA, entre outros procedimentos que, no assimétrico governo de Flávia Galdino, subvertem a equidade, um sobressai talvez como o mais detestável de todos, e bem patenteia o lado arrogante, discriminatório e repressor desse governo: o PRECONCEITO.

Sobressai talvez como o pior de todos, porque o PRECONCEITO menospreza, deprecia, desabona, humilha, e, conseguintemente, torna-se danoso e deprimente para o espírito. Às vezes até irremediavelmente. Pode provocar aversão e ressentimentos permanentes. Pode deixar na subjetividade profundas marcas para sempre.

Aos aliados de Flávia e a ela própria poderá, porventura, até causar perplexidade tal afirmação, mas – à luz do bom senso e da razão – indignação certamente é que não lhes há de causar, porque é a verdade, a meridiana verdade, a cuja soberania e ao julgamento da opinião pública, tanto eles quanto Flávia, de bom grado ou não, têm de submeter-se. É a verdade, sim: há PRECONCEITO no governo de Flávia...

Impositivamente, por subserviência ou fanatismo, têm alguns comandados de Flávia tomado (se bem que alguns deles a contragosto) o PRECONCEITO como arma de aniquilação da imagem dos opositores dela. Opositores que, no entanto, com fundamentadas razões e direito de causa, censuram e criticam falhas de ordem política e administrativa de Flávia e de vários dos que lhe seguem as determinações.

Como se já não bastasse a PERSEGUIÇÃO POLÍTICA, que a Gil Galdino tantos problemas tem rendido, ante o eleitorado dele, vêm, ainda por cima, contrariar Gil consequências do PRECONCEITO na administração de Flávia. PRECONCEITO que se confunde com indiferença, com incompreensão, com rancor, com retaliação, e até com ingratidão...

Implícito, sorrateiro, velado, em certos casos; explícito, manifesto, escancarado, em outros; tem o PRECONCEITO no governo de Flávia deixado, no íntimo dos que dele são vítimas, estigmas penetrantes, talvez não menos lancinantes que os deixados pelos açoites do carrasco no lombo do escravo...

Mas ainda bem que os espíritos altivos de Piancó são imunes a esse abominável PRECONCEITO, e não declinam de opor-se a ele com as armas mais eficazes para combatê-lo: a DIGNIDADE e a RESISTÊNCIA...

A esta altura, estas considerações bem já suscitam a indagação sobre a que propósito vem estar eu aqui a enfocar o PRECONCEITO no governo de Flávia.

Pois bem que tenho eu indiscutíveis motivos e razões para aludir ao PRECONCEITO no governo de Flávia. E, ao demais, por vir esse procedimento ocorrendo no contexto político-administrativo, torna-se ele objeto de julgamento público.

De tal PRECONCEITO fui eu vítima tanto por parte de Flávia quanto de súditos seus (ou melhor, fui alvo, porque meu brio e altivez me colocam entre os que não se curvam jamais a tão sórdida atitude).

E por que esse PRECONCEITO? Porque simplesmente usei de minha prerrogativa cidadã de questionar senões administrativos de Flávia e de alguns de seus seguidores. E como se manifestou esse PRECONCEITO? E quantos mais foram atingidos por ele? Ver-se-á isso oportunamente.

Quanto à PERSEGUIÇÃO POLÍTICA no governo de Flávia, um exemplo de acentuada repercussão em Piancó confirma muito bem a extensão da insensatez dessa atitude: A RETALIAÇÃO DE FLÁVIA CONTRA O EX-VEREADOR SÉRGIO LACERDA, indubitavelmente um dos mais fiéis e sinceros aliados de Gil Galdino... Piancó inteiro sabe (e Flávia muito mais ainda) que Sérgio não merecia tamanha INGRATIDÃO...

Por enquanto, essas alusões ao PRECONCEITO e à PERSEGUIÇÃO POLÍTICA no governo de Flávia se restringem apenas aos reflexos que eles podem ter nas ações de Gil Galdino num dos dois caminhos que a população supõe haver ele de seguir: ou permanecer politicamente com Flávia, ou apoiar André Galdino, sobrinho dele.

Em qualquer uma dessas hipóteses, o PRECONCEITO e a PERSEGUIÇÃO POLÍTICA no governo de Flávia trarão a Gil consequências preocupantes e talvez desastrosas...

Se apoiar Flávia, que dirá Gil às vítimas e aos alvos do PRECONCEITO no governo dela?... Se apoiar André, que também lhes dirá Gil?...

Isso porque já corre por aí afora que, se Gil apoiar André e ele eleger-se prefeito de Piancó, Flávia (nada mais nada menos do que filha de Gil) passará a ter forte ingerência na gestão André Galdino, notadamente na área da saúde (afinal, ela trouxe o SAMU...), e – triste dedução – o PRECONCEITO e a PERSEGUIÇÃO poderão recrudescer...

Não há talvez (muito menos ainda na esfera política) quem já tenha ousado responder por que Flávia se tem comportado assim tão estranhamente e tão à vontade na sua compulsiva intolerância com seja lá quem for que a contrarie ou se lhe oponha, até – incrível! – com seus próprios aliados mais íntimos, mais diletos, mais queridos...

Entretanto, quanto a isso, certas perguntas bem podem suscitar respostas certas... Principalmente por parte dos que têm consciência de que Flávia, como gestora pública – gostando ou não, retaliando ou não – tem de curvar-se ao crivo popular. Ela não está acima do povo. Ela não tem poder nenhum de calar o povo. Ela não pode ir contra o povo...

Por que o PRECONCEITO e a PERSEGUIÇÃO no governo de Flávia, o qual, nesse aspecto, já se converte em um dos piores da história de Piancó?

Por que Flávia não suporta nem tolera ser contrariada ou criticada política e administrativamente, por razões públicas e notórias, das quais não pode ela eximir-se?

Por que Flávia, ao ser contrariada, mesmo pelos aliados mais diletos, seus ou de Gil (como é o espantoso caso de Sérgio Lacerda), pune-os implacavelmente, rancorosamente, com espantosa prontidão, sem nem sequer ponderar a gratidão e o respeito que lhes deveria ter?

Por que essa obsessiva e rancorosa compulsão de Flávia pela retaliação, pela PERSEGUIÇÃO POLÍTICA, pela perpetração do PRECONCEITO?

Enfim, por que tudo isso? Simplesmente porque os que são vítimas disso (e se calam) são covardes... Deixam a estrada totalmente livre para Flávia transitar nela a seu bel-prazer, sem haver quem lhe ponha placas de sinalização nem redutores de velocidade...

Flávia sabe que sua liberdade de ação político-administrativa em Piancó é plena... Ela faz o que bem quer... Já provou isso... Aqui não lhe importa o "Libertas quae sera tamen" dos inconfidentes...

As críticas dos opositores não passam para Flávia de ridícula ostentação... E o mais irônico de tudo isso é que foi exatamente Flávia a responsável pela indução desse conceito na cabeça de muita gente em Piancó. É que várias pessoas, por verem a oposição debatendo-se para se fazer ouvir, passaram a dizer (inerentemente às ações dos oposicionistas de Flávia) que nossa Câmara Municipal virou um circo.

Flávia simplesmente impôs à sua bancada boicotar o mais possível as ações parlamentares da bancada oposicionista, e o resultado (para não ir mais longe) foi a oposição valer-se da inusitada “Campanha Participa, Cidadão”, que consiste no sorteio de brindes entre os que permanecerem na galeria da Câmara até o final das sessões ordinárias.

Flávia conhece, por experiência própria e por intuição, a subserviência e o grau de mediocridade e covardia dessas submissas criaturas. Conhece o preço delas (viu isso muito bem nas campanhas para sua eleição e reeleição). Sabe quando e como comprá-las, e a um valor bem insignificante, porque sabe que elas valem muito pouco. Flávia sabe que elas não têm compromisso coletivo algum com Piancó. Recebam elas algum favorecimento, e Piancó pode sucumbir.

Flávia sabe que muitos de seus adversários, que permanecem calados diante de tantos desatinos político-administrativos que ela comete, assim procedem porque vislumbram uma possibilidade de serem chamados por ela... Flávia sabe que muitos dos que alardeiam lutar por Piancó, na estrita verdade, lutam apenas por manobras e favorecimentos políticos. Deem-se-lhes cargos, posição de relevo, status, enfim, espaço no fisiologismo, e eles terão mil e um argumentos para justificar sua adesão a Flávia...

Flávia (inteligente como é) evidentemente conhece a venalidade política e a cobiça dos que não têm compromisso algum com a coletividade de Piancó, e sabe que uma das características da covardia deles é o silêncio...

Calam-se uns, por terem o estereotipado “problema de barriga” (destituídos que são da “solução de dignidade” de se contentarem com um bocado seco e, com ele, a honra, a vergonha, o caráter); calam-se outros, pelo nojento servilismo político, que os converte em verdadeiros capachos, superlativamente subservientes e bajuladores; calam-se vários, enfim, pelo imoral fisiologismo, que os privilegia e favorece como se fossem eles os únicos responsáveis pela elegibilidade de seus protetores, ou melhor, de seus sócios no repasto do dinheiro público... Silêncio dos malditos!... Vil omissão dos traidores de Piancó!...

No tocante a estas considerações sobre PRECONCEITO e PERSEGUIÇÃO no governo de Flávia, convém, e muito, ver alguns pontos da matéria “Piancó vive um dos piores momentos administrativos”, da edição de nº 158, de 7 a 27/10/2009, do jornal A Folha do Vale:

“Uma gestão que começou com pompas e paetês, mas chega ao seu quinto ano mal falada e desacreditada. Mulher de verbo manso e convincente diante de um microfone, embora nos bastidores do poder carregue a fama de rancorosa e intolerante, conforme alguns dos seus ex-aliados, a prefeita Flávia Galdino (PP), quando iniciou seu governo, parecia, inevitavelmente, destinada ao estrelato político regional, mas o brilho de algumas boas ações suas foi aos poucos sendo ofuscado por outras tantas desastrosas.
[...]
“A prefeita teve as contas de 2005, primeiro ano de sua gestão, reprovadas pelo Tribunal de Contas e não deliberadas pela Câmara Municipal, o que torna Flávia inelegível, e responde a vários processos por improbidade administrativa, além da Ação Cível Pública contra o Município por irregularidades na realização de um segundo concurso público e o não chamamento de grande parte dos aprovados no primeiro certame [...] ausência da prefeita e, muitas vezes, o que é pior, sua incomunicabilidade até com os próprios aliados. “Eu não tenho dúvida de que essa é uma das piores gestões do Município, porque os prefeitos anteriores também atravessaram crises, mas viviam aqui, junto com o povo, recebendo as pessoas e as entidades, mas a prefeita vive fora e, quando chega em Piancó, ela se esconde, e seu contato é apenas com um grupinho muito pequeno de pessoas”, lamenta o vereador Sousinha.
[...]
“As ingerências administrativas internas e a dificuldade da prefeita em ouvir e atender a alguns de seus aliados têm levado Flávia a perder companheiros históricos e importantes, a exemplo do ex-vereador Joca Brasilino, do vereador Sousinha, do empresário André Galdino, fundamental na eleição e reeleição da Doutora; e da vereadora Cotil, que, na sessão da Câmara do último sábado, anunciou seu rompimento com a prefeita, depois de décadas integrada ao grupo Galdino. Sem contar os insatisfeitos, entre os quais o próprio pai de Flávia, o ex-prefeito Gil Galdino, que não esconde sua insatisfação com os rumos atuais da administração municipal.
[...]
“Além dos inúmeros problemas administrativos já existentes, entre os quais denúncias de irregularidades em todos os setores, contas rejeitadas, concurso público anulado, atraso de salário, demissão de prestadores de serviço, inclusive garis, abandono da zona rural e nenhuma obra com recursos próprios [...] suspensão de alguns serviços básicos do Município, entre os quais o transporte de estudantes universitários para Patos, a Cozinha Comunitária, o Centro de Inclusão Produtiva, o Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas), o Centro de Convivência com o Idoso e as repartições terapêuticas e psiquiátricas.”

Sei (estou entre os que melhor sabem) que os favorecidos do fisiologismo do governo de Flávia encolerizam-se, ao lerem este texto, e são cinicamente capazes de assegurar que tudo o que aqui ficou explanado é falso. Espero, contudo, que também não o faça Flávia, a não ser que abdique do veredicto de sua consciência...

Gil, por sua vez, contrariadamente sabe quanto tudo isso que aqui ficou dito lhe custará para o resgate de sua proeminência política em Piancó, prejudicada pelo PRECONCEITO e PERSEGUIÇÃO no governo de Flávia...

Quanto a mim, eu não sabia que todo o meu empenho de lutar em Piancó contra a injustiça social, a opressão e exploração dos pobres, a desagregação familiar, a perseguição política, a improbidade pública, a corrupção, o fisiologismo, o cerceamento da liberdade de expressão, o preconceito elitista, iria levar-me a alvo do PRECONCEITO e da PERSEGUIÇÃO no governo de Flávia!...
Eu não sabia que esse governo pagava tão bem aos que lutam irredutivelmente pela liberdade de Piancó!...