domingo, 30 de maio de 2010

LEGÍTIMA E DEMOCRÁTICA INSTÂNCIA DE EXPRESSÃO DA SOCIEDADE: DEBATENDO PIANCÓ NA PRAÇA – Fórum de debate público popular em prol do bem comum de Piancó

Em patente demonstração de marasmo e inércia desenvolvimentista, Piancó vem-se enredando em inquietantes problemas lesivos a seu progresso. Dentre outros: poluição do Açude Estevam Marinho, urgência de uma UTI para o Hospital Regional Wenceslau Lopes, carência de uma universidade, desinteresse do Poder Público pelo Programa Minha Casa Minha Vida, lixão da cidade, lotação do cemitério, assimetria social, consumismo materialista, tédio existencial da juventude, indiferença ao exercício da cidadania, perseguição política, corrupção pública, vassalagem eleitoral...

E poucos são os que demonstram empenho em mudar tal situação. Raros os que abnegadamente lutam pelo bem comum de Piancó. Só o individualismo, só a indiferença aos problemas coletivos, só o imediatismo. E Piancó, ultrapassado; e Piancó, decaído; e Piancó, vencido. Nenhum sinal certo de avanço econômico, nenhum projeto de economia solidária, nenhuma revolução moral.

Insisto e persisto em afirmar que, fundamentalmente, a quatro segmentos se deve a estagnação sócio-econômica, cultural e política de Piancó: às mães, às escolas, às igrejas e à juventude. Os que me contradizem nesse ponto argumentam que isso se deve aos políticos. Deixo, contudo, a quem quer que seja, contanto que sensato e imparcial, verificar se a mim ou a meus contraditores propende a razão...

Mas é oportuna a pergunta: Que têm feito, conjunta ou isoladamente, as mães, as escolas, as igrejas e a juventude para debelar os graves problemas de Piancó? Forçosa é a resposta: NADA!... E se meus contraditores perguntarem: E que fizeram os políticos? Forçosa também é a resposta: NADA!...

Indiscutível é constituírem as mães, as escolas, as igrejas e a juventude os elementos que mais podem pressionar os governantes a fazer alguma coisa para, pelo menos, minorar a situação de decadência de Piancó. Isso é facílimo de provar e comprovar, mas deixo às mães, às escolas, às igrejas e à juventude – e às pessoas de bom senso – verificarem, em sã consciência, se me assistem razões para essa minha asseveração...

Contam-se nos dedos das mãos os que se têm revelado desprendidamente comprometidos com o bem coletivo de Piancó! E (bárbara realidade!) são esses, quase sempre, incompreendidos, discriminados, perseguidos, criticados, odiados, excluídos, vilipendiados... São tidos como loucos, utopistas, indesejáveis... Entretanto, os que traem Piancó, os que se locupletam com a miséria dos pobres, os que rapinantemente subtraem o dinheiro público em detrimento dos desfavorecidos, dos ignorantes, dos acovardados, são os que logram as melhores posições, os que mandam, os que dominam... Ó Grande Deus, até quando tamanha iniquidade?!... E saber, Senhor, que criaturas dessa estirpe foram ungidas no batismo e proferem Teu Santo Nome!...

Quem vivencia a realidade de Piancó, tão impregnada de inquietações, de injustiça social, de obscurantismo, sabe: PIANCÓ PRECISA SER DEBATIDO urgentemente pelos que querem o melhor para essa terra, cuja estagnação chegou ao limite... Urgem mudanças culturais, políticas, sociais e econômicas que fortaleçam materialmente Piancó, mas que o levem à superação de suas falhas e o encaminhem à luz, à espiritualidade, ao discernimento do bem; urge um basta a tantos desmandos dos que manipulam e usurpam Piancó; urge o resgate do brio, do caráter e do prestígio histórico de Piancó, inspirado num novo pensar, num novo sentir, num novo reagir...

Só às pessoas de bem, livres, conscientes, honradas, positivamente influentes, é que compete essa atitude de discutir a construção de um novo Piancó, e aqui entra a pertinência das mães, das escolas, das igrejas e da juventude. As mães são mães da sociedade, e têm sobre ela decisiva influência; as escolas fornecem o mais poderoso de todos os instrumentos de mudança: o conhecimento; as igrejas inspiram o mais forte elemento de elevação espiritual e moral: a fé; a juventude detém em si o vigor e a combatividade para as mais revolucionárias transformações. Não há, pois, como negar: as mães, as escolas, as igrejas e a juventude podem construir um novo Piancó. Se até agora não o fizeram, ainda há tempo para tanto.

Há muito (quase três séculos!) Piancó se arrasta em busca de uma realização que ainda não conseguiu alcançar, e, pelo que flagrantemente se vê, ainda parece bem longe... Neste final da primeira década do Século 21, sem projeto algum de desenvolvimento humano sustentável; sem identidade referencial nenhuma de progresso; sem políticas públicas de crescimento; atrelado à danosa obsolescência política e ao derrotismo, que, cronicamente, só lhe têm rendido inibição na mudança de pensamento e de atitudes para ajustar-se a esse novo mundo em constante transformação, Piancó – indolentemente, insanamente, vergonhosamente – tem revelado seu atraso, que lhe vem solapando a credibilidade.

Diante de tudo isso, DEBATENDO PIANCÓ NA PRAÇA significa a sociedade discutir, eticamente, em comunhão, um novo paradigma de progresso para Piancó (o que, infelizmente, ninguém propôs até hoje), e cobrar de seus representantes soluções urgentes para isso, uma vez que já se perdeu muito tempo, e já não dá para esperar. DEBATENDO PIANCÓ NA PRAÇA significa as pessoas comungarem seus ideais, seus sonhos, seus projetos de vida, num esforço cooperativo de encontrar meios de crescimento para todos (o que também, infelizmente, ninguém até hoje propôs); DEBATENDO PIANCÓ NA PRAÇA significa, em síntese, o povo exercer seu direito de livre expressão, manifestando cultura, opiniões, ideias, e, sobretudo, propostas para o bem comum de Piancó, num clima de comunhão, congregação e compartilhamento.

Desses debates decorrem propostas, projetos, empreendimentos, soluções, atividades, movimentos, campanhas, enfim, uma série de ações favoráveis ao desenvolvimento e à evolução de Piancó. Os vídeos, fotos, textos e áudios resultantes do DEBATENDO PIANCÓ NA PRAÇA são significativos para a historiografia piancoense.

A instituição e diretrizes organizacionais e operacionais do DEBATENDO PIANCÓ NA PRAÇA – Fórum de debate público popular em prol do bem comum de Piancó, por mim idealizado e proposto aos que queiram efetivá-lo, estão em discussão com vários entusiastas desse fórum, e muitos já se dispuseram a dele participar e a dar-lhe apoio material, logístico e intelectual. A Praça Salviano Leite, no centro de Piancó, é o pitoresco local do DEBATENDO PIANCÓ NA PRAÇA. Quando começará o DEBATENDO PIANCÓ NA PRAÇA e quais seus apresentadores ainda não se sabe. Apenas um deles já está definido: eu. Quem pretender colaborar com esse novo espaço da cidadania em prol de Piancó pode manter contato com o e-mail chicojobsol@yahoo.com.br.

Ainda bem não se inicia a divulgação do DEBATENDO PIANCÓ NA PRAÇA, e já dizem que a prefeita Flávia Galdino pode achar por bem impedir a efetivação desse fórum do povo, num local tão legitimamente do povo e que também é objeto de debate pelo povo... Se assim for, mais um motivo acrescentado aos tantos outros que justificam o DEBATENDO PIANCÓ NA PRAÇA...

Mas o mais provável e coerente é que a prefeita Flávia Galdino também vá debater Piancó na praça. Afinal, “A praça é do povo, como o céu é do condor"... A praça é do povo, como a Constituição de 1988 é também de Piancó... A praça é do povo, como a prefeita Flávia Galdino é do povo...

terça-feira, 25 de maio de 2010

MANIFESTO À CÂMARA MUNICIPAL DE PIANCÓ EM PROL DA UTI DO HOSPITAL REGIONAL WENCESLAU LOPES

Senhor Presidente e demais integrantes da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Piancó, senhoras vereadoras, senhores vereadores.

Tem-se constatado, ultimamaente, neste respeitável Poder uma nova dinâmica parlamentar, reveladora de consciência crítica e responsabilidade representativa em benefício do povo de Piancó, particularmente no que se refere à fiscalização da administração pública local, função precípua do colegiado desta Casa.

É sabido também por nossa coletividade que inúmeras questões de interesse público vêm sendo debatidas pelo Plenário deste Poder, mas é inquestionável haver problemas lesivos ao bem comum piancoense que devem, urgentemente, ser apreciados e, porventura, solucionados por vossas excelências.

Entre tais problemas – que são objeto de apelo à providência de vossas excelências, e serão tão logo aqui expostos – um ora sobressai como de consideração incontinenti. Trata-se da questão da UTI de nosso Hospital Regional Wenceslau Lopes.

O problema da falta de uma UTI em nosso Hospital, ainda mais agravado com o advento do SAMU para nossa cidade, vem provocando dúvida, revolta, indignação e protesto na coletividade piancoense e regional, uma vez que a falta da UTI provoca, por vezes, o deslocamento de pacientes do SAMU para Patos ou Campina Grande, num espaço de tempo que pode constituir risco para a vida de tais pacientes.

Dizem que a prefeita Flávia Galdino teria adquirido o equipamento da dita UTI e a construção dessa obra teria sido impedida pelo governador José Maranhão.

Além disso, nem o governador José Maranhão, ou alguém que o representasse, nem a prefeita Flávia Galdino esclareceram, a contento, à população essa ambígua questão da UTI de nosso Hospital.

Conseguintemente, como bem se constata em Piancó e na Região, a maior parte da coletividade passou a admitir que o silêncio do governador e da prefeita quanto à UTI seria uma espécie de manobra de interesse político.

No entanto, o certo é que – entre o governador José Maranhão e a prefeita Flávia Galdino - o povo permanece carente da UTI, e, a bem da transparência pública, cumpre, pois, a ambos esses gestores esclarecer a Piancó e à Região esse polêmico impasse de gestão da saúde.

É evidente que essa Casa Legislativa tem obrigação de buscar na prefeita Flávia Galdino e no governador José Maranhão esclarecimentos para essa dúvida que ambos esses gestores têm deixado na população sobre a UTI de nosso Hospital.

Espera-se, assim, que, esse respeitável Poder Legislativo, como representante do povo de Piancó, peça informações, tanto ao governador José Maranhão quanto à prefeita Flávia Galdino sobre a obtusa questão da UTI de nosso Hospital.

Piancó, 13 de maio de 2010.

Francisco de Paulo
(CHICO JÓ)
Titular do Blog DIFERENCIAL – A Evolução da Expressão