Diante do resultado, em 16 de dezembro de 2009, da Consulta Popular, realizada pela prefeita Flávia Galdino, sobre quem deveria deter o comando do Hospital Regional Wenceslau Lopes, a população de Piancó continuou em dúvida sobre a conclusão da construção da UTI do SAMU, naquele hospital, e a prefeita Flávia Galdino ficou em dúvida sobre a aprovação popular de sua administração.
Tais dúvidas, sem dúvida, vão exigir do governador José Maranhão e da prefeita Flávia Galdino, neste ano eleitoral de 2010, explicações convincentes sobre a polêmica questão do Hospital Wenceslau Lopes e da UTI do SAMU.
Inegavelmente, saúde tem sido em Piancó o carro-chefe do governo da prefeita Flávia Galdino. E é compreensível que assim seja. Ela é médica. Entende de saúde. Além disso, seria tolice acreditar que saúde não tenha sido também o carro-chefe da ascensão política de Flávia.
Do Consórcio Intermunicipal de Saúde ao SAMU, Flávia tem passado por uma série de experiências na área de saúde, que lhe deram desenvoltura e desempenho a tal ponto de ela mesma chegar, às vezes, a vangloriar-se de sua habilidade nesse campo.
Em saúde, Flávia sente-se como o peixe na água: move-se facilmente em qualquer direção... E a direção em que Flávia mais tem procurado mover-se em saúde tem sido a direção política... O certo é que por intermédio da saúde Flávia sempre tem procurado incutir sua influência política em Piancó e no Vale.
Até que não seria exagero dizer que, entre os políticos de Piancó e do Vale, Flávia despontou como a política da saúde... Por sinal, foi ela mesma que habilmente incutiu tal conceituação em grande parte da coletividade piancoense e regional, e muitos são os que asseguraram que a maioria eleitoral da reeleição de Flávia se deveu à preponderância de suas ações na saúde...
Ao conseguir o SAMU para Piancó e a região, Flávia adquiriu notoriedade pela Paraíba afora e, particularmente, no Vale do Piancó, a ponto de, no seu primeiro governo, ter-se destacado como um dos vultos públicos de maiores possibilidades de projeção política nessa região.
Bafejada pela distinção, Flávia como que se inebriou no destaque alcançado com essa sua ousada iniciativa, e convenceu-se de que o fio condutor de sua atuação política e administrativa deveria fundamentar-se na saúde. Evidentemente que, ao pensar assim, tinha Flávia razão. Como médica e como política, sorria-lhe, sem dúvida, na saúde um fator favorável à sua carreira pública.
E Flávia bem que tratou de, por todos os meios, fazer com que suas ações na saúde sensibilizassem o mais intensamente possível a população piancoense e regional. É que Flávia obviamente não ignora quanto essa sensibilização lhe pode render dividendos eleitorais.
Quanto a tal sensibilização, convém notar isto que um simpatizante de Flávia escreveu:
“Varias são as conquistas na Saúde no município de Piancó, a exemplo do SAMU, dos CAPS, dos PSFs, e recentemente a reabertura do Hospital Dia. O CAPS I (infantil) de Piancó, que tem três anos de funcionamento, atende hoje cerca de 400 (quatrocentas) crianças, com equipe multifuncional de profissionais, dando suporte aos atendimentos e levando maior qualidade de vida aos atendidos pelo programa. O CAPS AD (álcool e drogas) vem transformando vidas no município, dando dignidade e reconstruindo famílias, este programa, tem sido exemplo de como se deve proceder com pacientes com esses distúrbios, chegando até a ser laboratório para profissionais de outros municípios que estavam implantando o CAPS AD. O CAPS TM (transtornos mentais) é considerado uma das grandes vitórias da Prefeita Flávia, pois com ele muitos homens e mulheres puderam voltar a conviver dignamente com seus entes queridos, voltaram a ter cidadania, saíram da margem da sociedade para participar de forma igualitária do dia a dia. Os avanços alcançados nesses serviços é notório, as oficinas terapêuticas fizeram aflorar vários artistas escondidos, tanto nas artes plásticas como instrumentistas, cantores e ótimos dançarinos.”
A questão da UTI do SAMU, pretendida por Flávia no Hospital Wenceslau Lopes, constituiu um embate ferrenho entre ela e o governador Cássio Cunha Lima.
Naquela contenda, refletiu-se visivelmente o interesse político de ambas as partes, e, a bem da verdade, a questão da construção da UTI no Hospital Wenceslau Lopes, enquanto durou o dissídio entre Flávia e Cássio, nunca foi satisfatoriamente esclarecida à população piancoense e regional.
Flávia e Cássio simplesmente se digladiavam na arena do poder e do interesse político, e, enquanto isso, o SAMU, ou melhor, a população, clamava pela UTI...
Cássio relutava em permitir a construção da UTI no hospital. O interesse político sobrepunha-se evidentemente ao interesse coletivo. E o senador José Maranhão, que tanto se empenhara em prol do SAMU para Piancó, assistia a tudo aquilo impotentemente. E muito mais impotentemente ainda assistia a tudo aquilo o povo. A construção da UTI dependeria tão somente de Cássio. Mas há quem diga que, em certo ângulo (pelo menos no do jogo da conveniência político-partidária), Cássio tinha suas razões: não haveria de deixar Flávia tirar proveito político da UTI...
Só quando, por fim, Flávia resolveu ir-se embora do senador José Maranhão para o governador Cássio Cunha Lima, é que se tornou possível a construção da UTI, no Hospital Wenceslau Lopes de Piancó, destinada ao SAMU.
Tornou-se possível a construção, mas não se tornou possível a conclusão. Cássio permitiu a construção, mas Maranhão impediu a conclusão, é o que se diz por aí afora em Piancó. Flávia assegurou que já dispunha de todo o equipamento da UTI, e dizem que, ainda assim, a construção dessa unidade foi impedida pelo governador José Maranhão.
O certo é que o enigma da UTI do SAMU de Piancó persiste. Uma névoa de mistério envolve o caso da UTI. Mistério que se revela num misterioso silêncio de ambos os blocos políticos, entre os quais o interesse coletivo se debate sem uma resposta, sem um indício de quando, afinal, surgirá a UTI. Até parece que ninguém sabe ao certo o que está acontecendo com a UTI, mas ao certo uma coisa o povo de Piancó sabe: pacientes do SAMU daqui são removidos para Campina Grande e João Pessoa... e o povo quer saber: até onde a UTI do SAMU evitaria a remoção desses pacientes?...
A questão da autorização da construção da UTI foi política... a questão da interrupção da construção da UTI foi política... diz o povo de Piancó, embora não fique bem evidente aqui se a voz do povo é a voz de Deus...
Alegando “quedas na arrecadação da receita municipal; não recebimento de recursos provenientes do Governo Federal; inexistência de perspectiva de reparação das perdas na arrecadação municipal por parte do Governo Federal; comprovada existência de vultosos recursos arrecadados pelo Governo Federal, inclusive, disponibilizando para outros países ou nações, a título de ajuda, por outro lado, deixando à margem, a atenção aos habitantes do Nordeste Brasileiro, de maneira que está provocando total inadimplência aos municípios nordestinos; indisponibilidade de recursos por parte desta prefeitura para proporcionar continuidade às ações e serviços postos à disposição da coletividade, não apenas deste município, como também dos outros desta e de outras regiões que deste estão sendo beneficiados”, a prefeita Flávia Galdino, por meio do Decreto nº 21, de 6 de outubro de 2009, suspendeu as seguintes atividades: Cozinha Comunitária; Centro de Inclusão Produtiva; Economia Solidária; CREAS – Centro de Referência de Média e Alta Complexidade; Centro de Convivência dos Idosos; Ala Psiquiátrica; Residências Terapêuticas; Ônibus Escolar, responsável pelo transporte escolar para a cidade de Patos.
Em 16 de dezembro de 2009, a Consulta Popular, realizada pela prefeita Flávia Galdino, sobre se ao Estado ou ao Município deveria caber a administração do Hospital Regional de Piancó, deu (segundo o blog de Damião Farias) o seguinte resultado: votantes que compareceram: 3.493; votos favoráveis ao Município: 3.185; votos favoráveis ao Estado: 291; nulos: 7; brancos: 7; impugnados: 3.
A propósito disso, houve quem traçasse comentários como: dos 11.163 eleitores de Piancó, só 28,53% acharam que a administração do hospital deveria ficar a cargo do Município; comentaristas políticos de Piancó e da Região admitiram que a Consulta Popular proposta por Flávia fora tão só para funcionar como indicador de sua popularidade, comparativamente à expressiva maioria por ela obtida em sua reeleição; se bem que o eleitorado de Piancó como um todo não tivesse demonstrado entusiasmo e empenho pela Consulta Popular, os seguidores de Flavia afirmaram ter sido significativo haverem 91,18% dos eleitores comparecentes votado a favor da administração do hospital pelo Município; a oposição, por sua vez, viu tal resultado como uma derrota política de Flávia, já que o Estado se havia mostrado indiferente à Consulta Popular, e, ao contrário de Flávia, não realizara campanha eleitoral ostensiva, com exibição de ambulâncias, instigação de funcionários e panfletagem, à cata de votos; os opositores de Flávia acharam que os percentuais da abstenção, dos votantes favoráveis ao Estado e dos votos nulos, brancos e impugnados, que perfizeram 7.978 eleitores, mostraram (pelo menos teoricamente) o índice de insatisfeitos com a gestão de Flávia.
Em 20 de outubro de 2006, mediante a Procuradoria Geral de Justiça da Paraíba, a direção do Hospital Wenceslau Lopes de Piancó encaminhou denúncia-crime ao Ministério Público Estadual, na qual acusava a prefeita Flávia Galdino de invadir aquela casa de saúde e dela retirar, sem autorização da direção, os prontuários médicos de todos os pacientes internos. Referindo-se à atitude da prefeita Flávia Galdino, a então diretora do Hospital de Piancó, Ednamar Loureiro, ressaltou “a total falta de equilíbrio emocional da prefeita do Município, que no afã de mostrar força quase põe em risco a vida dos pacientes internos.”
Em abril de 2009, a Câmara Municipal de Piancó aprovou, unanimemente, o Requerimento nº 22/2009, do vereador petista Antônio de Pádua Pereira Leite, que designava audiência pública para discutir, avaliar, sugerir e requerer providências sobre a questão da inoperosidade no atendimento ao público do Hospital Wenceslau Lopes e demais unidades de Saúde (Hospital Dia, Centro Hospitalar de Piancó, SAMU 192 e PSFs) situadas no Município e transporte de pacientes para outras localidades.
Segundo Pádua, a prefeita Flávia Galdino orientou que nenhuma autoridade local da saúde comparecesse à audiência pública, da qual fez parte o Ouvidor Geral do SUS, Dr. Adalberto Fulgêncio., Tal gesto da prefeita e das autoridades por ela orientadas foi tido pelos vereadores da oposição como uma ofensa ao Governo Federal, porquanto o Ouvidor Geral do SUS estava em missão de sua Ouvidoria. A população também, em sua maior parte, pensou (e continua a pensar) assim.
O exposto é bastante para justificar a dúvida cruel da população de Piancó sobre a UTI do SAMU e a dúvida cruel da prefeita Flávia sobre a aprovação popular de seu governo.
Sem dúvida, o governador José Maranhão (e o ex-prefeito Edvaldo Leite de Caldas) e Flávia Galdino (e o ex-governador Cássio Cunha Lima) vão querer tirar algumas dúvidas cruéis da população de Piancó, antes de outubro chegar...
Tais dúvidas, sem dúvida, vão exigir do governador José Maranhão e da prefeita Flávia Galdino, neste ano eleitoral de 2010, explicações convincentes sobre a polêmica questão do Hospital Wenceslau Lopes e da UTI do SAMU.
Inegavelmente, saúde tem sido em Piancó o carro-chefe do governo da prefeita Flávia Galdino. E é compreensível que assim seja. Ela é médica. Entende de saúde. Além disso, seria tolice acreditar que saúde não tenha sido também o carro-chefe da ascensão política de Flávia.
Do Consórcio Intermunicipal de Saúde ao SAMU, Flávia tem passado por uma série de experiências na área de saúde, que lhe deram desenvoltura e desempenho a tal ponto de ela mesma chegar, às vezes, a vangloriar-se de sua habilidade nesse campo.
Em saúde, Flávia sente-se como o peixe na água: move-se facilmente em qualquer direção... E a direção em que Flávia mais tem procurado mover-se em saúde tem sido a direção política... O certo é que por intermédio da saúde Flávia sempre tem procurado incutir sua influência política em Piancó e no Vale.
Até que não seria exagero dizer que, entre os políticos de Piancó e do Vale, Flávia despontou como a política da saúde... Por sinal, foi ela mesma que habilmente incutiu tal conceituação em grande parte da coletividade piancoense e regional, e muitos são os que asseguraram que a maioria eleitoral da reeleição de Flávia se deveu à preponderância de suas ações na saúde...
Ao conseguir o SAMU para Piancó e a região, Flávia adquiriu notoriedade pela Paraíba afora e, particularmente, no Vale do Piancó, a ponto de, no seu primeiro governo, ter-se destacado como um dos vultos públicos de maiores possibilidades de projeção política nessa região.
Bafejada pela distinção, Flávia como que se inebriou no destaque alcançado com essa sua ousada iniciativa, e convenceu-se de que o fio condutor de sua atuação política e administrativa deveria fundamentar-se na saúde. Evidentemente que, ao pensar assim, tinha Flávia razão. Como médica e como política, sorria-lhe, sem dúvida, na saúde um fator favorável à sua carreira pública.
E Flávia bem que tratou de, por todos os meios, fazer com que suas ações na saúde sensibilizassem o mais intensamente possível a população piancoense e regional. É que Flávia obviamente não ignora quanto essa sensibilização lhe pode render dividendos eleitorais.
Quanto a tal sensibilização, convém notar isto que um simpatizante de Flávia escreveu:
“Varias são as conquistas na Saúde no município de Piancó, a exemplo do SAMU, dos CAPS, dos PSFs, e recentemente a reabertura do Hospital Dia. O CAPS I (infantil) de Piancó, que tem três anos de funcionamento, atende hoje cerca de 400 (quatrocentas) crianças, com equipe multifuncional de profissionais, dando suporte aos atendimentos e levando maior qualidade de vida aos atendidos pelo programa. O CAPS AD (álcool e drogas) vem transformando vidas no município, dando dignidade e reconstruindo famílias, este programa, tem sido exemplo de como se deve proceder com pacientes com esses distúrbios, chegando até a ser laboratório para profissionais de outros municípios que estavam implantando o CAPS AD. O CAPS TM (transtornos mentais) é considerado uma das grandes vitórias da Prefeita Flávia, pois com ele muitos homens e mulheres puderam voltar a conviver dignamente com seus entes queridos, voltaram a ter cidadania, saíram da margem da sociedade para participar de forma igualitária do dia a dia. Os avanços alcançados nesses serviços é notório, as oficinas terapêuticas fizeram aflorar vários artistas escondidos, tanto nas artes plásticas como instrumentistas, cantores e ótimos dançarinos.”
A questão da UTI do SAMU, pretendida por Flávia no Hospital Wenceslau Lopes, constituiu um embate ferrenho entre ela e o governador Cássio Cunha Lima.
Naquela contenda, refletiu-se visivelmente o interesse político de ambas as partes, e, a bem da verdade, a questão da construção da UTI no Hospital Wenceslau Lopes, enquanto durou o dissídio entre Flávia e Cássio, nunca foi satisfatoriamente esclarecida à população piancoense e regional.
Flávia e Cássio simplesmente se digladiavam na arena do poder e do interesse político, e, enquanto isso, o SAMU, ou melhor, a população, clamava pela UTI...
Cássio relutava em permitir a construção da UTI no hospital. O interesse político sobrepunha-se evidentemente ao interesse coletivo. E o senador José Maranhão, que tanto se empenhara em prol do SAMU para Piancó, assistia a tudo aquilo impotentemente. E muito mais impotentemente ainda assistia a tudo aquilo o povo. A construção da UTI dependeria tão somente de Cássio. Mas há quem diga que, em certo ângulo (pelo menos no do jogo da conveniência político-partidária), Cássio tinha suas razões: não haveria de deixar Flávia tirar proveito político da UTI...
Só quando, por fim, Flávia resolveu ir-se embora do senador José Maranhão para o governador Cássio Cunha Lima, é que se tornou possível a construção da UTI, no Hospital Wenceslau Lopes de Piancó, destinada ao SAMU.
Tornou-se possível a construção, mas não se tornou possível a conclusão. Cássio permitiu a construção, mas Maranhão impediu a conclusão, é o que se diz por aí afora em Piancó. Flávia assegurou que já dispunha de todo o equipamento da UTI, e dizem que, ainda assim, a construção dessa unidade foi impedida pelo governador José Maranhão.
O certo é que o enigma da UTI do SAMU de Piancó persiste. Uma névoa de mistério envolve o caso da UTI. Mistério que se revela num misterioso silêncio de ambos os blocos políticos, entre os quais o interesse coletivo se debate sem uma resposta, sem um indício de quando, afinal, surgirá a UTI. Até parece que ninguém sabe ao certo o que está acontecendo com a UTI, mas ao certo uma coisa o povo de Piancó sabe: pacientes do SAMU daqui são removidos para Campina Grande e João Pessoa... e o povo quer saber: até onde a UTI do SAMU evitaria a remoção desses pacientes?...
A questão da autorização da construção da UTI foi política... a questão da interrupção da construção da UTI foi política... diz o povo de Piancó, embora não fique bem evidente aqui se a voz do povo é a voz de Deus...
Alegando “quedas na arrecadação da receita municipal; não recebimento de recursos provenientes do Governo Federal; inexistência de perspectiva de reparação das perdas na arrecadação municipal por parte do Governo Federal; comprovada existência de vultosos recursos arrecadados pelo Governo Federal, inclusive, disponibilizando para outros países ou nações, a título de ajuda, por outro lado, deixando à margem, a atenção aos habitantes do Nordeste Brasileiro, de maneira que está provocando total inadimplência aos municípios nordestinos; indisponibilidade de recursos por parte desta prefeitura para proporcionar continuidade às ações e serviços postos à disposição da coletividade, não apenas deste município, como também dos outros desta e de outras regiões que deste estão sendo beneficiados”, a prefeita Flávia Galdino, por meio do Decreto nº 21, de 6 de outubro de 2009, suspendeu as seguintes atividades: Cozinha Comunitária; Centro de Inclusão Produtiva; Economia Solidária; CREAS – Centro de Referência de Média e Alta Complexidade; Centro de Convivência dos Idosos; Ala Psiquiátrica; Residências Terapêuticas; Ônibus Escolar, responsável pelo transporte escolar para a cidade de Patos.
Em 16 de dezembro de 2009, a Consulta Popular, realizada pela prefeita Flávia Galdino, sobre se ao Estado ou ao Município deveria caber a administração do Hospital Regional de Piancó, deu (segundo o blog de Damião Farias) o seguinte resultado: votantes que compareceram: 3.493; votos favoráveis ao Município: 3.185; votos favoráveis ao Estado: 291; nulos: 7; brancos: 7; impugnados: 3.
A propósito disso, houve quem traçasse comentários como: dos 11.163 eleitores de Piancó, só 28,53% acharam que a administração do hospital deveria ficar a cargo do Município; comentaristas políticos de Piancó e da Região admitiram que a Consulta Popular proposta por Flávia fora tão só para funcionar como indicador de sua popularidade, comparativamente à expressiva maioria por ela obtida em sua reeleição; se bem que o eleitorado de Piancó como um todo não tivesse demonstrado entusiasmo e empenho pela Consulta Popular, os seguidores de Flavia afirmaram ter sido significativo haverem 91,18% dos eleitores comparecentes votado a favor da administração do hospital pelo Município; a oposição, por sua vez, viu tal resultado como uma derrota política de Flávia, já que o Estado se havia mostrado indiferente à Consulta Popular, e, ao contrário de Flávia, não realizara campanha eleitoral ostensiva, com exibição de ambulâncias, instigação de funcionários e panfletagem, à cata de votos; os opositores de Flávia acharam que os percentuais da abstenção, dos votantes favoráveis ao Estado e dos votos nulos, brancos e impugnados, que perfizeram 7.978 eleitores, mostraram (pelo menos teoricamente) o índice de insatisfeitos com a gestão de Flávia.
Em 20 de outubro de 2006, mediante a Procuradoria Geral de Justiça da Paraíba, a direção do Hospital Wenceslau Lopes de Piancó encaminhou denúncia-crime ao Ministério Público Estadual, na qual acusava a prefeita Flávia Galdino de invadir aquela casa de saúde e dela retirar, sem autorização da direção, os prontuários médicos de todos os pacientes internos. Referindo-se à atitude da prefeita Flávia Galdino, a então diretora do Hospital de Piancó, Ednamar Loureiro, ressaltou “a total falta de equilíbrio emocional da prefeita do Município, que no afã de mostrar força quase põe em risco a vida dos pacientes internos.”
Em abril de 2009, a Câmara Municipal de Piancó aprovou, unanimemente, o Requerimento nº 22/2009, do vereador petista Antônio de Pádua Pereira Leite, que designava audiência pública para discutir, avaliar, sugerir e requerer providências sobre a questão da inoperosidade no atendimento ao público do Hospital Wenceslau Lopes e demais unidades de Saúde (Hospital Dia, Centro Hospitalar de Piancó, SAMU 192 e PSFs) situadas no Município e transporte de pacientes para outras localidades.
Segundo Pádua, a prefeita Flávia Galdino orientou que nenhuma autoridade local da saúde comparecesse à audiência pública, da qual fez parte o Ouvidor Geral do SUS, Dr. Adalberto Fulgêncio., Tal gesto da prefeita e das autoridades por ela orientadas foi tido pelos vereadores da oposição como uma ofensa ao Governo Federal, porquanto o Ouvidor Geral do SUS estava em missão de sua Ouvidoria. A população também, em sua maior parte, pensou (e continua a pensar) assim.
O exposto é bastante para justificar a dúvida cruel da população de Piancó sobre a UTI do SAMU e a dúvida cruel da prefeita Flávia sobre a aprovação popular de seu governo.
Sem dúvida, o governador José Maranhão (e o ex-prefeito Edvaldo Leite de Caldas) e Flávia Galdino (e o ex-governador Cássio Cunha Lima) vão querer tirar algumas dúvidas cruéis da população de Piancó, antes de outubro chegar...