domingo, 20 de setembro de 2009

GOVERNO FLÁVIA GALDINO: EM SINCRONIA COM O SERVILISMO POLÍTICO, EM DESCOMPASSO COM A NOVA GESTÃO PÚBLICA DO INÍCIO DO SÉCULO XXI

Talvez somente Cristo, em todo o seu poder transformador, seja capaz de abrir mentes retrógradas e tacanhas de Piancó para a percepção da racionalidade. Só mesmo Cristo talvez é que possa converter a covardia e o cinismo de Piancó em honradez e dignidade. Por mais que alguém aqui tente mostrar caminhos de libertação aos que se aprisionaram na manipulação política, indolentemente eles insistem em permanecer reféns desse vil instrumento de submissão.
Em muitos casos, a mesquinhez espiritual dessas medíocres criaturas de Piancó é tanta, que chega a inspirar compaixão, piedade, dó. Elas não avançam interiormente. Estão espiritualmente estagnadas. Não aceitam a mudança. Temem o novo. São conservadoramente inflexíveis. Não evoluem, não se transformam, não melhoram... Perderam a noção (sé é que já a tiveram um dia) dos valores íntimos, da idoneidade, da responsabilidade social...

Na maior parte, são exatamente essas estranhas criaturas as responsáveis diretas pela falência da seriedade política e pelo atraso crônico no desenvolvimento de Piancó. Não são capazes de indignar-se contra a injustiça, não contestam as imposições dos poderosos, não se insurgem contra a opressão, não revolucionam... Servilmente, acomodam-se, aviltam-se degradam-se... Centram-se, estupidamente, em si mesmas, e não vão além de seus interesses pessoais. Vendem-se, e a tão baixo preço que só confirma seu desprezível valor. Consigam elas seus intentos em benefício próprio, e podem incendiar Piancó... Não lhes importa o coletivo, só o individual... São egoístas, na melhor acepção do termo; irresponsáveis sociais descomprometidas com a coletividade piancoense; em suma, a personificação perfeita da covardia, do cinismo, da abjeção...
Oh, quanta tragédia moral e social em Piancó!... Oh, quanta insanidade de espírito!... quanta obscuridade intelectual!...

É justamente nesse pérfido ambiente, tão fértil e fecundo de venalidade política, de torpes baixezas de traição, de descompromisso com o município de Piancó, que se desenrola a impulsiva e polêmica administração da prefeita Flávia Galdino.

E Flávia sabe muito bem de que são capazes essas venais criaturas de Piancó... sem visão crítica, facilmente manipuláveis... E Flávia sabe muito bem o que politicamente e administrativamente pode fazer com elas... E os que de Flávia se acercam e lhe seguem as ordens e imposições também o sabem... Não é preciso ir muito longe para comprovar tudo isso, basta recorrer a fatos de nosso cotidiano. Pobres criaturas, sem referencial algum para o amanhã na História de Piancó, senão o de envergonharem a posteridade com a nódoa da covardia e da omissão em detrimento dessa desprotegida terra, tão maculada pelos que a desonram!...

Cinismo pleno, covardia extrema, mentira máxima seria alguém ousar dizer que a prefeita Flávia Galdino não demonstra impulsividade política em sua gestão pública, e não se vale da venalidade de muitos de Piancó (e de outros lugares) para assim proceder.

Por mais que se lhe reconheçam os méritos de outra ordem em sua conduta pessoal, não se lhe podem, entretanto, calar as falácias de seu governo de Piancó.
Nele comete Flávia erros administrativos, erros políticos, erros comportamentais.

Mas o mais lamentável de tudo isso é que à população piancoense Flávia não tem dado satisfação alguma sobre seus erros político-administativos. Procede ela talvez assim como se entendesse que tudo em seu governo está indo maravilhosamente bem, que a ordem das coisas em seu procedimento político-administrativo deve prosseguir como está.
Peca Flávia, por irreflexão, se assim entender; peca Flávia, por omissão, se entender o contrário disso e insistir em não se corrigir dessa falha.

A nós, eleitores de Piancó, conscientes e convictos do exercício de nossa cidadania e de nossa soberania popular sobre os que nos representam no Poder Público; a nós, que, legitimamente, pugnamos em prol da moralidade pública e da libertação de Piancó do jugo opressor de quem quer que nos tente suprimir os direitos constitucionais, cabe (por serem de domínio público) expor pontos falhos da ação polítco-administativa da prefeita Flávia Galdino, os quais merecem esclarecimentos tanto por ela quanto pelos que – a seu mando – para tanto concorrem.

O consciente coletivo da sociedade piancoense exige (e como exige!) que, antes de dirigir-se a nós, eleitores, no ano vindouro, pedindo-nos votos em prol dos candidatos que irá apoiar, e cobrindo-nos de promessas, explique-se a prefeita Flávia à população, dentre outros, de pontos como, por exemplo,
sua indiferença e indisposição para a discussão e o debate com a oposição e com a sociedade sobre os problemas cruciais do Município.

Cabem aqui umas pertinentes perguntas: Que tem que ver, por acaso, a coletividade piancoense com dissensões político-partidárias entre o bloco de Flávia Galdino e o bloco de Edvaldo? Entre Flávia e o vereador Antônio de Pádua? Entre Flávia e seja lá quem for? A resposta é óbvia: nada. E que tem que ver a sociedade piancoense com caprichos pessoais de Flávia ou de qualquer político de Piancó? Obviamente nada. Absolutamente nada.

Afinal, para que foram eleitas Flávia, sua bancada e a bancada da oposição na Câmara Municipal? Óbvia também aqui é a resposta:
para defenderem os interesses da coletividade, para trabalharem conjuntamente pelo bem comum de Piancó.

Mas não é o que vem ocorrendo em nosso contexto governamental. O melhor indicador desse fato é o que se vem verificando na Câmara Municipal.
Quem se atreve a responder se lá estão debatendo, em comunhão, assuntos de real interesse do Município?

Seja o bloco situacionista ou o bloco oposicionista que esteja a apresentar projetos relevantes para Piancó, estão os dois blocos a discuti-los conjuntamente, buscando soluções adequadas para os problemas? Mais outra resposta óbvia: não!... E por que não? Porque Flávia não permite!... Flávia não permite que sua bancada discuta harmoniosamente com a bancada da oposição projetos de interesse da população pela oposição apresentados. E o mais incoerente, e o mais grave, e o pior:
Flávia não permite que a bancada da situação aprove muitos desses projetos!...

E como provar esse absurdo, esse flagrante desrespeito aos interesses da população, essa cabal demonstração de manipulação político-partidária em prejuízo da sociedade? É facílimo provar: basta que quem o desejar acesse o site Pádua Leite.com, do vereador Antônio de Pádua Leite, do PT. Aí se verá sobejamente tudo o que corrobora a comprovação da Indiferença e indisposição de Flávia para a discussão e o debate com a oposição e com a sociedade sobre os problemas cruciais do Município.

A propósito disso, naquele site se podem ver coisas como esta (suprimiram-se as fotos):

“29/08/2009 14:04

Vergonha...

Apenas Cristina Costa, Diretora do Hospital Wenceslau Lopes, compareceu à Audiência Pública

Ouvidor-Geral do SUS, Dr. Adalberto Fulgêncio, fez visitas às unidades de saúde. Na foto, visitando SAMU.

No mês de abril/2009, a Câmara Municipal de Piancó aprovou, à unanimidade dos votos, o Requerimento nº 22/2009, que designa "Audiência Pública para discutir, avaliar, sugerir e requer providências sobre a questão da inoperosidade no atendimento ao público do Hospital Wenceslau Lopes e demais unidades de Saúde (Hospital Dia, Centro Hospitalar de Piancó, SAMU 192 e PSFs) situadas no Município e transporte de pacientes para outras localidades"

Dentre as autoridades convidadas para o evento o Ouvidor-Geral do Sistema Único de Saúde (SUS), Dr. Adalberto Fulgêncio dos Santos Júnior, Secretário da Saúde do Estado da Paraíba, Dr. José Maria de França, prefeita de Piancó, Flávia Galdino, Gerente do 7º Núcleo de Saúde, Dr. Willamson Teotônio, Secretário Municipal da Saúde, Dr. Nelson Calvazara, Diretora do Hospital Wenceslau Lopes, Dra. Cristina Costa, Diretora do Hospital Dia, Dra. Iraponira de Souza, Diretor Geral do Centro Hospitalar de Piancó, Dr. Willame Teotônio dos Santos, Coordenador-Geral do SAMU 192, Dr. Ismael Pimentel, Coordenador Médico do SAMU 192, Dr. Ricardo Vinícius Andrade de Souza, além de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, agentes municipais de saúde, etc.

O presidente da Câmara Municipal de Piancó, Antônio Leite, remeteu convite a todos os convidados, mas, no entanto, apenas compareceram à Sessão o Ouvidor-Geral do SUS, Dr. Adalberto Fulgêncio dos Santos Júnior, a Diretora do Hospital Wenceslau Lopes, Dra. Cristina Costa, acompanhada de Glória de Lourdes Montenegro e Dr. Firmino Caldas, e uma agente comunitária de saúde, além dos vereadores Pádua Leite, Waguinho, Souzinha e Dr. Rato

Seguindo orientação da prefeita Flávia Serra Galdino, nenhuma autoridade local da saúde compareceu à Audiência Pública, vez que requerida pelo vereador Pádua Leite.

A ausência de autoridades locais ao evento público foi tratada pelos vereadores como uma ofensa ao Governo Federal, eis que o Ouvidor Geral do SUS, Dr. Adalberto Fulgêncio, estava em uma missão de governo.

Para não perder a viagem, os vereadores da oposição propuseram ao Ouvidor-Geral do SUS que se fizessem visitas às unidades de Saúde do município, o que foi, de logo, atendido.

O Ouvidor-Geral, em companhia dos vereadores de oposição e de Dr. Firmino Caldas, Eronildo Serafim e Nego Câo, fez visitas ao Hospital Wenceslau Lopes, Hospital Dia (que estava fechado), ao SAMU, ao CEO (Centro de Especialidades Odontológicas) e ao Consórcio Municipal de Saúde.

O vereador Pádua Leite, indignado com a atitude da prefeita, que optou em ofender o Governo Lula em não receber o Ouvidor-Geral do SUS, e, ainda, esvaziar a Audiência Pública, propôs ao Ouvidor que voltasse a Piancó novamente, agora, para discutir com a própria população piancoense, onde permitirá aos piancoenses denunciar a ausência de médicos em plantões, PSFs, mortes ocorridas por falta de atendimento médico, etc.

O Ouvidor-Geral se comprometeu a marcar nova data de audiência.

Postada por Rodolfo Henrique”

Antes de tudo, por questão de etiqueta governamental, por seu significativo papel na Saúde de Piancó, e, em se tratando do Ouvidor-Geral do SUS, não deveria Flávia haver comparecido à audiência pública pretendida pelo vereador Pádua e demais integrantes da bancada da oposição? Ou, na impossibilidade de seu comparecimento, não deveria Flávia ter enviado um representante seu, a exemplo do secretário municipal de Saúde, e, ademais, haver incentivado as autoridades de saúde locais a participar da audiência pública, como ensejo de
mostrar a lisura da gestão da Saúde de Piancó?

Afinal, a audiência pública requerida por Pádua visava a
“discutir, avaliar, sugerir e requer providências sobre a questão da inoperosidade no atendimento ao público do Hospital Wenceslau Lopes e demais unidades de Saúde (Hospital Dia, Centro Hospitalar de Piancó, SAMU 192 e PSFs) situadas no Município e transporte de pacientes para outras localidades"

Uma verdade surge incontestável: a população de Piancó quer saber de suas autoridades de saúde (e muito particularmente da prefeita Flávia) se têm ou não fundamento as alegações do vereador Pádua no seu requerimento da referida audiência pública.
Sim ou não, a população quer saber.

É bom que Flávia se explique disso antes da campanha eleitoral de 2010... Muitos eleitores de Piancó são seres pensantes... que reagem...

Ó Piancó, serás digno dos ossos dos que lutam por ti?!... Só mesmo a História para julgar os que se revelam indignos do teu solo!...

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

CONTROVERTIDA TRINDADE DA INQUIETAÇÃO POLÍTICA DE PIANCÓ


Como disse em minha matéria anterior, volto agora, aqui, “a Flávia, a Remígio Júnior e a Pádua, sem dúvida alguma as três personalidades que ora mais despertam expectativas na política e na opinião pública deste tão usurpado e espezinhado Piancó...”

Qualquer habitante daqui, por mais desavisado ou desatento que seja, tem convicção da influência da prefeita FLÁVIA GALDINO, do advogado REMÍGIO JÚNIOR e do vereador ANTÔNIO DE PÁDUA no atual conturbado contexto político de Piancó. E tal influência tem seus pontos positivos e negativos, que se refletem em muitos aspectos de nosso cotidiano.

Pertinente é, pois, discorrermos nós, formadores de opinião de Piancó, sobre essas três polêmicas figuras, que, ao mesmo tempo entrelaçadas e separadas por circunstâncias e contingências diversas, tanta apreensão e dúvidas vêm provocando em nossa conjuntura política.

Seria detestável omissão calarmos para a História as consequências provocadas em nosso Município por FLÁVIA GALDINO, REMÍGIO JÚNIOR e PÁDUA. Constituiria, sem dúvida, mais uma falha sumamente imperdoável de Piancó, em sua típica teimosia de dissimular a verdade, de perverter a evidência, de mascarar o óbvio. Dizendo melhor, não seria detestável omissão, seria, sim, detestável e desprezível covardia, atributo infelizmente tão comum, tão característico do Piancó de hoje...

E ainda mais conveniente se faz agora analisar o procedimento político de FLÁVIA, REMÍGIO JÚNIOR e PÁDUA, pelo fato de se aproximarem as eleições de 2010, e serem eles três talvez os protagonistas da mais acirrada logística eleitoral para aquele pleito, em Piancó. Isso em virtude de fatores concordantes e discordantes que politicamente os envolvem, e de certas atitudes e procedimentos seus que estabelecem entre eles um nexo lógico suficiente para, no tocante a considerações conjuntas sobre eles, agrupá-los numa tríade.

Importa, por esse ângulo, considerar FLÁVIA GALDINO no seu comportamento político-administrativo; REMÍGIO JÚNIOR, na sua dissimulada ingerência política; PÁDUA, no seu empenho de combater a corrupção em Piancó.

FLÁVIA GALDINO

Os dois mandatos de Flávia mostraram suficientemente a Piancó os prós e os contras do procedimento político-administrativo dela.

Eleita, primeiramente, à custa da preponderância política de seu pai, Gil Galdino, Flávia foi tida pela população como uma opção de mudança para a conservadora política de Piancó. Secundariamente, foi ela eleita, ainda sob a égide do pai, talvez como opção mais plausível dentre os demais candidatos, mas, sem dúvida, também em virtude de intenso bombardeio de promessas utópicas, do uso producente e oportuno da máquina administrativa, de alianças com certos grupos imediatistas e interesseiros em outros assuntos que não o progresso de Piancó.

Quem, conhecedor da realidade político-administrativa daqui, for capaz de negar ou esconder isso é um mentiroso, um covarde. Mas eu não duvido de que haja aqui alguém capaz de negar ou esconder isso... Aqui já se viram coisas muito piores, que atestam claramente o nível de degradação moral e política a que chegou o velho e deprimido Piancó...

Exímia médica, cativante e fraterna criatura, de brilhante inteligência e excelente desenvoltura social, dotada de invejáveis qualidades para a política, tais como carisma e eloquência,
Flávia, no entanto, não se revela como verdadeira política para os padrões do início do Terceiro Milênio.

A despeito de haver trazido benefícios para Piancó como, dentre outros, o SAMU (indiscutivelmente importantíssimo), mas arraigadamente afeita ao mero sensacionalismo de resultados, Flávia, ao contrário de mobilização e arregimentação eleitoral pela verdadeira liderança e identificação popular, vale-se (contraditoriamente a seus atributos carismáticos) de outros meios (todos sobejamente sabidos e prováveis, mas dos quais, por questão de brevidade, não vem a propósito citar exemplos agora) para se fazer ouvir, para se fazer obedecer, para se fazer temer...
Só mesmo um mentiroso e covarde seria capaz de negar isso...

Outro ponto que mostra plenamente a inaptidão ou indiferença de Flávia para adequar-se à nova consciência política deste início de século foi haver ela entrado politicamente em desconcerto com seu pai. A ouvir o experiente e veterano Gil Galdino, conhecedor íntimo e profundo do quadro político-social de Piancó, e – muito particularmente – das surpresas que nossa imprevisível política pode trazer aos menos avisados, preferiu Flávia seguir orientações outras, conquanto aparentemente atrativas e convincentes, não coadunadas, contudo, com o emaranhado das atitudes adequadas para a sustentabilidade política em Piancó. Deixou-se Flávia iludir pelo aparente, pelo novo, pelo avançado. E tanto assim o fez que chegou a induzir em sua gestão pública um “novo modelo” administrativo, extravagante e contraditório a ponto de, por exemplo, adotar o princípio de que não deveria ela manter assiduidade em seu gabinete governamental, mas, sim, ao invés disso, estar sempre a buscar em outras localidades benefícios para o Município. No “novo modelo” de Flávia, o diálogo do dirigente municipal com a população tornou-se irrelevante. Incrivelmente, não se afigurou possível no “novo modelo” de Flávia conciliar interação do governo municipal com a população com
busca de melhorias para o Município.

A intolerância de Flávia para debater com a oposição os problemas fundamentais do Município salienta-se, talvez, como o emblema das falhas de sua administração. É o caso, por exemplo, da obsessiva pressão por ela exercida em seus súditos contra as ações parlamentares do vereador Antônio de Pádua.

Rigorosamente falando, não se viu até agora, pelo menos nesta segunda gestão de Flávia, em nenhum momento e em nenhum lugar, o debate cristalino, coeso, responsável, entre a situação e a oposição sobre assuntos relevantes para o Município. O que se tem visto (já enjoativamente) é a tenaz insistência da bancada da situação (subjugada a Flávia evidentemente) em cercear as iniciativas parlamentares do vereador Pádua, escudada no incoerente argumento de que aquele vereador, ao trazer à tona certos assuntos para debate na Câmara, quer tão somente aparecer, fazer-se notar.

Não se sabe se a Flávia não ocorre perceber que tal atitude é, no mínimo, ridícula e ofensiva à inteligência da população, além de macular a imagem de nosso Poder Legislativo, que, aos olhos das pessoas sérias e conscientes, está declinando para a mediocridade parlamentar. Também não se sabe se não ocorre a Flávia perceber que tal atitude pode trazer-lhe resultados eleitorais adversos.

Finalmente, para não ir mais além, Flávia – no cunho coronelista que vem imprimindo à sua atuação político-administrativa – tanto perpetrou quanto permitiu (e é o próprio Gil Galdino que reconhece e repudia) perseguições políticas que prejudicaram a liderança pública de seu pai. Flávia parece ignorar que Gil, embora à margem do poder, não perdeu ainda de todo a eminência de expoente eleitoral de Piancó. Ou Flávia, mesmo sabendo disso, não o leva a sério. Em ambos os casos, fica evidente sua imaturidade política.

Contrafeito, Gil sabe muito bem que, a continuar seguindo a impulsiva e imprudente linha política de Flávia, é bem possível que a liderança Galdino em Piancó venha a ruir. Sabe também muito bem Gil que há os que, como abutres, espreitam e maquinam a queda dessa liderança. Inquietante dilema político de Gil Galdino: continuar ou não apoiando eleitoralmente Flávia!... E as eleições de 2010 se aproximam...

REMÍGIO JÚNIOR

Foi realmente original e impressionante a imersão de Remígio Júnior nos últimos tempos na política de Piancó, ou, dizendo mais acertadamente, a apropriação por parte dele do poder político atual de Piancó. Não se pode esconder que hoje o homem forte dos Poderes Executivo e Legislativo de Piancó é Remígio Júnior. Quem ousar duvidar disso é um tolo, ou não conhece a contento a tessitura política de Piancó.

Como se movesse pacientemente as peças de um xadrez, Remígio Júnior, no seu intento de chegar a galgar predominância no Poder Público de Piancó, achou por bem ousar o lance de aproximar a prefeita Flávia Galdino do então governador Cássio Cunha Lima. E conseguiu. Flávia foi para Cássio.
Simplesmente ela deu as costas a José Maranhão.

Mas é bom frisar (e muito bem) que a responsabilidade de apoio eleitoral a Cássio em Piancó compete fundamentalmente a Remígio Júnior. Ele é o testa de ferro, o vento a favor de Cássio Cunha Lima em Piancó. E também é bom frisar (e muito bem) que Flávia, nas eleições de 2010 e 2012 será simplesmente cabo eleitoral

Flávia assumiu compromissos eleitorais com Cássio, e o endossante desses compromissos foi Remígio Júnior. Ao bom entendedor isso basta para mostrar a quantas anda a influência política de Remígio Júnior em Piancó.

Há mais um fato significativo para essas considerações sobre a influência de Remígio Júnior em Piancó: a vereadora Cristiane Remígio, sua irmã, que (apesar da tensão e perplexidade por ela provocadas na população ao ir para Flávia) é, no quadro político atual de Piancó, um nome de forte projeção para disputar o Poder Executivo. Política à parte, convém notar que Cristiane tem um círculo de amizades muito sólido em Piancó, é carismática, meiga e envolvente, e dotada de impressionante sensibilidade humanística. Não resta dúvida de que isso, combinado com outros ingredientes da logística política de Piancó, é de suma importância para o caso de vir Remígio Júnior a lançar Cristiane como candidata a prefeita em 2012. E é óbvio que Cássio Cunha Lima sabe da potencialidade política de Cristiane Remígio em Piancó...

Mas, diante de tudo isso, surge um problema: a ligação de Cristiane a Flávia. É que muitos eleitores e simpatizantes de Cristiane não aprovaram tal ligação... Mais uma peça do xadrez político de Piancó para Remígio Júnior mover...

ANTÔNIO DE PÁDUA

Irredutível combatente da improbidade administrativa em Piancó, Pádua tornou-se uma espécie de espinha na garganta, de pedra no sapato de Flávia. E, por conexão, bem assim, igualmente, de Cristiane Remígio e de Remígio Júnior. Qualquer ato desses três que pelo menos potencialize improbidade será prontamente censurado por
Pádua.

Tudo o que Pádua até agora já levou a efeito nessa direção de combate à corrupção em Piancó (veja-se seu site Pádua Leite.com) indica claramente que se estabeleceu uma ferrenha contenda político-administrativa ente Pádua, Flávia e Remígio Júnior. Tão ligados pelas circunstâncias e tão separados pelas ideologias. E aqui fica explicado o título desta matéria.

Se, por um lado, Flávia e sua obediente tropa de choque procuram – por todos os meios (muitos deles escusos) – obliterar a imagem político-parlamentar de Pádua, a população, por sua vez, vem-se voltando para Pádua e demonstrando ver nele um referencial de mudança do continuísmo político de Piancó. A quem quiser comprovar isso é muito simples: basta fazer uma pesquisa séria de opinião a respeito da projeção político-parlamentar de Pádua. Eu estou, a meu modo, fazendo isso pacientemente. E os que me imitarem haverão de dar-me razão.

A essa altura, bem posso dizer que, assim como seria indolência negar a evolução de Remígio Júnior e de Cristiane Remígio no cenário eleitoral do Piancó de hoje, também seria indolência maior negar que
Flávia e seus seguidores estão-se transformando nos melhores cabos eleitorais de Pádua.

Remígio Júnior (pela sua larga experiência na vivência da sociologia política de Piancó) é suficientemente perspicaz e inteligente para perceber essa projeção de Pádua. Louco seria quem pensasse o contrário...

E Flávia – a contraditora número um de Pádua – nada mais é agora do que cabo eleitoral. Candidatos a prefeito de Piancó poderão ser Pádua, Cristiane Remígio, Remígio Júnior e tantos outros... só não Flávia... Isso fará diferença em muitos pontos da campanha eleitoral de 2012...

Mas é bom não esquecer que há muita gente a chamar a cabo eleitoral Flávia Galdino de “Guerreira”, “Anita Garibaldi”, “Joana d´Arc” e “Maeinha”... e isso também poderá fazer muita diferença na campanha de 2012. Afinal, os que tratam Flávia assim têm título eleitoral... Aos maus entendedores da política de Piancó vem-me a propósito agora dizer: eu não trato Flávia assim, apenas digo (e todos sabem) que há muita gente que a trata assim...

Dispondo de Cristiane Remígio como potencial forte candidata a prefeita de Piancó, e percebendo quanto Pádua vem evoluindo na aceitação da população para pleitear nosso Poder Executivo, vai ter Remígio Júnior muito em que pensar daqui para 2012... E nós, eleitores de Piancó, também...

Pelo exposto, presumo não haver sido despropositada minha afirmação intituladora desta matéria de que Flávia, Remígio Júnior e Pádua constituem a
CONTROVERTIDA TRINDADE DA INQUIETAÇÃO POLÍTICA DE PIANCÓ.